Adoração extravagante

Um dos religiosos (fariseu) da época do Senhor Jesus o convida para ir ter com ele em sua casa para uma refeição. E certa mulher, pecadora, ao saber da visita entra e fica aos pés do Cristo chorando, beijando-o, e molhando-lhe os pés com um perfume caríssimo.

A cena é forte! Aquela mulher não somente regava os pés do Nazareno como também usava os próprios cabelos para enxugá-lo.

O cenário aqui é incrível, e para compreendermos melhor o que se passa temos que fazer uma viagem no tempo e analisar como e quais eram os costumes da época. Um exemplo é a forma como a mulher era tratada a uns 2 mil anos atrás, em Israel, elas eram como um objeto para o marido e existiam somente para atender as vontades do seu “dono” esposo. Durante as refeições por exemplo, a mulher esposa nem sequer podia sentar a mesa, deveria se manter de pé por perto, no caso do cônjuge (rei) precisar de algo. E o agravante aqui é claro, esta nem mesmo era esposa do fariseu que estava oferecendo o jantar, era uma pobre pecadora sem marido.

Mas, o que ela estava fazendo ia entrar para a história da cristandade. Apesar de sua forma extravagante de adorar ao mestre da Vida e até mesmo escandalizar um dizimista fiel ali presente, aquela pobre mulher não se importa com os comentários e com os maus pensamentos que poderiam ter a seu respeito. Ela acima de tudo mostra submissão, quebrantamento e devoção àquele que mais tarde perdoaria seus pecados e salvaria a sua vida.

O devoto à Torá (cinco primeiros livros da Bíblia Sagrada) diante da cena, pensa consigo mesmo:

* Se este homem fosse profeta, saberia quem é a que o toca e que sorte de mulher é, pois é uma pecadora.

Assim como muitos ainda hoje, duvidam da fé de outros por causa de sua misericórdia para com os pecadores, aquele senhor não somente desacredita em Jesus como messias, ele duvida até mesmo da possibilidade deste ser um simples profeta. Imagina, como pode um profeta não saber de quem se aproxima? Isso é um absurdo, deve pensar ele.

O nosso Senhor conhecendo os pensamentos dele, confronta-o perguntando:

– Simão, tenho uma coisa para te dizer; Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinquenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou a dívida a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais?

A resposta de Simão não poderia ser outra, o que devia mais! Jesus começa a mostrar-lhe o quão falho o anfitrião estava sendo se comparado àquela mulher. Ele nem mesmo ofereceu água para lavar os pés do Senhor Jesus, a mulher, regava-lhe com lágrimas e enxugava com os cabelos; isso sem falar nos beijos constantes que ela dava nos pés do mestre, no perfume caro que ela desperdiçou (se é que posso usar essa palavra aqui).

O nosso Salvador ali presente, não se contenta apenas com a aparência das pessoas, Ele procura o que realmente está no interior de seus corações, e se houver, com certeza Ele enxergará o que há de mais precioso em cada pecador que encontra. Ele também nos ensina uma grande lição: quanto maior a dívida perdoada de alguém, maior será a gratidão dessa pessoa, maior será sua devoção, sua atitude como resposta ao presente recebido.

Aqui, não foi o religioso Simão que nos deixou uma mensagem de gratidão, de amor, e de submissão a Deus, foi uma pecadora quebrantada diante de Cristo.

Já pensou em adorar ao Seu Salvador independente do que digam ao seu respeito? Já pensou em se humilhar aos seus pés e reconhecer que só Ele é digno de honra e de adoração?

Saiba, o nosso Deus, Jeová, não resiste a um coração quebrantado! Que o Senhor te abençoe e te guarde.

Texto base: Lucas 7:36-50

Sobre Max Rangel

Servo do Eterno, Casado, Pai de 2 filhas, Analista de Sistemas, Fundador e Colunista do site www.religiaopura.com.br.

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