CRISTÃO DE BOCA DE URNA

 Daqui a menos de trinta dias acontecerão as eleições no Brasil. Política envolve altos graus de emoções, cores partidárias, ideais, falcatruas, falsidade, rixas, brigas, troca de lados sem pudor e até polícia. É um tempo que exige a máxima cautela do povo de Deus, o verdadeiro povo de Deus.

Líderes cristãos têm dado os piores exemplos em todas as eleições e são posturas “democráticas”, atingem quase todas as denominações cristãs. É triste, mas é verdade. A barganha política (troca de influência, ou de benefícios) em cima dos votos dos cristãos desavisados tem garantido vantagens pessoais a muitos “líderes”. Não é uma boa ideia.

Política sempre existiu e todos nós somos animais políticos por essência. Tudo é política. Antes de nascermos já somos considerados cidadãos pela Constituição e gozamos dos direitos de cidadania, protegidos pela lei. Não é errado fazer política, só não é recomendável fazê-la dentro dos arraiais cristãos, porém é o que mais acontece. É o pecado da nação, de um grupo de pessoas que se une em torno de uma bandeira, ainda que tal bandeira seja uma denominação cristã.

Os candidatos se esmeram em propor soluções para todos os setores, mesmo sabendo que não pretendem executar nem a metade de suas propostas. Política partidária, aquela regida por um ideal é coisa raríssima no Brasil, nós costumamos votar por simpatia, por interesse na eleição de alguém, ou porque, alguém querido nos pediu, ou para ser contra o atual gestor nas três esferas de poder, ou pior, porque o pastor, ou o padre mandou.

Ainda tem o pessoal que se compromete em votar em cinco, seis, dez candidatos ao mesmo tempo, o que é impossível, porque cada um tem direito a um único voto. Onde fica Jesus em tudo isso? É tão fácil ferir a santidade de Deus em período eleitoral, quanto é fácil beber um copo d’água.

Jesus foi executado por questão política, Ele contrariava os interesses dos judeus junto ao Império Romano e o Sinédrio decidiu matar o Filho de Deus. A política de Jesus sempre foi consumar a Obra de Salvação e proclamar a mensagem de salvação, por isso Jesus nunca condenou ninguém e praticou a misericórdia como estilo de vida.

No Sermão da Montanha, o mais belo discurso de Jesus, Ele disse: “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.” (Mateus 5:37). Jesus estabeleceu o padrão cristão da palavra empenhada e ainda disse que o que passar disso procede do diabo.

É lícito participar de política partidária, o que não é legal é se envolver na lama da politicagem, da venda e troca de votos e favores, também não podemos usar a falsidade como método de atingir nossos objetivos e muito menos envolver nossas igrejas nisso.

Jesus deixou bem claro Sua posição de Senhor, quando foi indagado sobre o tributo que os judeus pagavam ao Império Romano, leia: “Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E maravilharam-se dele.” (Marcos 12:17b). Em outras palavras Jesus disse que não se mistura Deus e política.

Isso não significa dizer que ser cristão é ser alienado, não discernir os fatos da vida e não exercer nossos deveres de cidadania. Significa, sim, que todo e qualquer gesto, posicionamento e voto nosso, tem que obedecer aos princípios estabelecidos pelo nosso Deus. Não podemos ser cristãos de boca de urna, do tipo que fica na espreita de auferir vantagem em troca do voto. Isso, sim, procede do maligno.

Sobre João Rangel

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Um Comentário

  1. parabéns,excelente conteúdo.

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