Médico alerta que os medicamentos com prescrição estão nos matando

doctorQuando se trata da nossa saúde, tomar a palavra de uma pessoa como doutrina pode não ser a melhor ideia, sejam eles médicos ou não. O que uma pessoa realmente acredita ser o melhor rumo no tratamento de uma doença pode ser a algo que outra pessoa não recomendaria, dependendo de uma gama complexa de fatores, incluindo onde e como eles foram educados e em particular, quem financiou sua educação. Na verdade, muitas preocupações foram levantadas sobre o uso de produtos farmacêuticos recomendados pela indústria, muitas vezes pelos próprios médicos que foram orientados a usá-los. Temos agora, além disso, uma enorme quantidade de evidências para corroborar o que muitos destes profissionais têm tentado nos dizer ao longo de décadas:

A profissão médica está sendo comprada pela indústria farmacêutica, não só em termos das práticas na medicina, mas também em termos de ensino e pesquisa. As instituições acadêmicas estão atuando como força de venda da indústria farmacêutica. O que eu acho uma vergonha.

– Arnold Seymour Relman (1923-2014), Professor de Medicina de Harvard e ex-editor-chefe do New England Journal (Fonte) (Fonte)

Existe uma razão para o artigo mais lido na história da Public Library of Science (PLoS ) intitular-se “Porquê a maioria dos resultados de pesquisas são falsos”. No relatório, os pesquisadores afirmam que a maioria dos resultados publicados das pesquisas atuais são falsos, e estamos falando de mais de 10 anos atrás.

O Dr. Peter Gotzsche, co-fundador da Cochrane Collaboration (a organização mais proeminente do mundo na avaliação das evidências médicas), espera tornar claro este problema. Ele está atualmente trabalhando para informar o mundo sobre os perigos associados a vários medicamentos farmacêuticos. Com base em sua pesquisa, ele estima que 100.000 pessoas, somente nos Estados Unidos, morrem a cada ano devido aos efeitos colaterais de medicamentos usados ​​corretamente, realçando que “é impressionante que ninguém tenha levantado ainda uma sobrancelha quando matamos muitos dos nossos próprios cidadãos com fármacos”. Ele publicou um artigo no ano passado na revista Lancetargumentando que o uso de antidepressivos fazendo mais mal do que bem, e tendo em consideração as  recentes divulgações sobre os fármacos antidepressivos, parece estar correto.

O exemplo mais recente deste tipo de corrupção relativa aos antidepressivos, vem de um estudo que foi publicado na semana passada no British Medical Journal por pesquisadores do Centro Cochrane Nordic em Copenhague. O estudo demonstrou que as empresas farmacêuticas não divulgaram todas as informações sobre os resultados dos testes com fármacos:

[Este estudo] confirma que a dimensão efetiva dos danos causados por antidepressivos não é relatada. Eles não são relatados na literatura publicada, nós sabemos disso – e parece que eles não estão devidamente relatados nos relatórios de estudos clínicos  que vão para os reguladores e que são a base das decisões sobre o licenciamento (fonte).

Os investigadores analisaram documentos de 70 diferentes estudos aleatórios controlados por placebo sobre inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) e inibidores da recaptação de noradrenalina (IRSN), e descobriram que a extensão dos efeitos secundários graves reportada pelos relatórios de estudos clínicos foi subestimada. Estes são os relatórios que são enviados para as principais autoridades de saúde como a Food and Drug Administration dos EUA.

Tamang Sharma, um estudante de Doutorado em Cochrane e principal autor do estudo, disse:

Nós descobrimos que muitos dos apêndices muitas vezes só estão disponíveis mediante pedido às autoridades, e as autoridades não os tinham requerido. Na verdade eu fiquei um pouco receoso sobre o quanto a realidade poderia ser má, se tivéssemos os dados completos (fonte).

Esta não é a primeira vez que as companhias farmacêuticas têm tentado manipular a ciência, a fim de colocarem antidepressivos nas prateleiras. Foi à apenas um par de meses atrás que uma revisão independente descobriu que o vulgarmente prescrito antidepressivo Paxil (paroxetina) não é seguro para os adolescentes, apesar da grande quantidade de literatura que já havia sugerido isso anteriormente. O estudo de 2001 que foi financiado pela GlaxoSmithKline, descobriu que esses fármacos eram completamente seguros, e usou essa “ciência” para comercializar o Paxil, rotulando-o como seguro para os adolescentes.

As duas principais áreas de interesse da Götze são antidepressivos e “não-esteróides anti-inflamatórios” analgésicos como o ibuprofeno, Tylenol, celecoxib, e diclofenaco. O vioxx é outro, que foi efetivamente retirado depois de ter sido descoberto que causou mais de 100.000 casos de doença cardíaca grave nos Estados Unidos, durante os cinco anos que circulou no mercado.

De acordo com Gotzche, essas mortes são apenas a ponta do iceberg quando falamos do fracasso do processo de regulamentação de medicamentos para proteger os pacientes:

Estes termos para os nossos medicamentos são inventados pela indústria farmacêutica. Eles têm um enorme interesse financeiro em rotular essas coisas como anti-inflamatórias. Eles levaram os médicos a acreditar que esses fármacos, de alguma forma, também tinham um efeito sobre o processo da doença e seriam capazes de reduzir os danos às articulações.

No seu artigo, ele também destaca que os antidepressivos têm substituído os fármacos que foram identificados como prejudiciais, como o Valium e o Xanax, mas muito viciantes e os seus efeitos colaterais tão perigosos quanto os anteriores.

Segundo o Professor Gotzche, aqui está uma lista de coisas que você quer evitar:

  • Antidepressivos, porque eles provavelmente não funcionam em casos graves de depressão;
  • Todas os remédios que aumentam a atividade cerebral de crianças;
  • Os antipsicóticos e outros medicamentos ativadores de atividade cerebral para idosos. As drogas psicotrópicas devem ser utilizadas tão pouco quanto possível, principalmente em situações muito agudas, visto que são muito prejudiciais quando utilizadas durante períodos muito longos;
  • Antiinflamatórios não-esteroidais usados ​​para artrite, dores musculares e dores de cabeça, incluindo a utilização de ibuprofeno sem receita. Estes fármacos devem ser utilizados tão pouco quanto possível;
  • Exames de mamografias, uma vez que não prolongam a vida, tornam as muitas mulheres saudáveis em mulheres ​​doentes através de diagnósticos excessivos e levam à morte prematura de algumas, porque a radioterapia e a quimioterapia aumentam a mortalidade, quando utilizada para combater tumores inofensivos detectados na mamografia.
  • Medicamentos para a incontinência urinária, uma vez que muito provavelmente não funcionam.

“As provas contra a ciência são simples: grande parte da literatura científica, talvez metade, pode ser simplesmente falsa. Estudos duvidosos com amostras de tamanho reduzido, efeitos reduzidos ou irrelevantes, análises exploratórias inválidas, e os conflitos flagrantes de interesse, juntamente com uma obsessão para perseguir as tendências da moda com relevância duvidosa, encaminharam a ciência de volta para a escuridão”- Dr. Richard Horton, atual editor-chefe da Lancet (fonte).

Sobre Max Rangel

Servo do Eterno, Casado, Pai de 2 filhas, Analista de Sistemas, Fundador e Colunista do site www.religiaopura.com.br.

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