Com frequência se fala sobre os DEZ MANDAMENTOS (Êxodo 20: 3-17) como um código MORAL que perdeu sua validade original. Muitos já não creem no conteúdo completo desse Decálogo Divino. Outros afirmam que Jesus o cumpriu por nós e que, portanto, estamos desobrigados de guardá-lo. Entretanto, O Mestre ensinou: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir”. E acrescentou: “Porque em verdade vos digo: até que o Céu e a Terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra (Mateus 5: 17-18)
Se recordarmos que os DEZ MANDAMENTOS foram escritos “com o dedo de Deus” (Êxodo 31: 18), e se recordarmos que “a Lei do Senhor é perfeita, e restaura a alma” (Salmos 19: 7), não resta margem para pensar que essa admirável Lei de Amor (Mateus 22: 37-40) tenha perdido sua vigência e relevância. Graças a Deus porque Sua ETERNA LEI continua em pé, e porque seus sábios preceitos defendem a VIDA, o AMOR, a FAMÍLIA, a PUREZA, e a INTEGRIDADE em todas as suas formas.
Quantos MANDAMENTOS devemos guardar? A maioria deles ou todos? Sem dúvida, quando a Bíblia Sagrada diz: “Bem-venturados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na Lei do Senhor (Salmos 119: 1), está se referindo a todos os mandamentos. Por isso, o apóstolo Tiago escreveu: “Pois qualquer que guarda toda a Lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos”. (Tiago: 2: 10). Que privilégio e que benção têm os que procuram guardar a TOTALIDADE da Lei de Deus! Isso inclui o QUARTO MANDAMENTO, que estabelece o sétimo dia da semana, o sábado, como o dia de descanso para a felicidade dos filhos de Deus.
Quando Deus, em Sua onisciência e bondade, viu a necessidade de criar o mundo e fazê-lo em seis dias, também achou por bem acrescentar um dia a mais, um dia de “descanso” ou “repouso”, para completar a semana de sete dias. Esse dia se torna ainda mais especial porque o Senhor o abençoou e o SANTIFICOU (Gênesis 2: 3). Quando, pela graça de Cristo, aceitamos a alegria do sábado e vivemos a felicidade de observá-lo, ele verdadeiramente se torna a coroa de nossa semana.
É óbvio que, ao contrário do que muitas IGREJAS CRISTÃS ensinam hoje, Jesus veio ao mundo não para abolir a Lei ou mudar o dia de adoração do sábado para o domingo. Ele veio para cumprir a Lei e mostrar seu verdadeiro sentido (Mateus 5: 17). Se a Lei pudesse ser ABOLIDA, Jesus não precisaria ter MORRIDO em nosso lugar.
A teoria de que a morte de Jesus na cruz teria abolido o Decálogo é destituída de significado e acaba rompendo o relacionamento tipológico entre o Santuário da Antiga Aliança (terrestre) e o Santuário da Nova Aliança (celestial). Se a aspersão do sangue sobre o propiciatório da Arca da Aliança no Santuário Terrestre (Levítico 16: 14-15) não abolia a Lei que estava contida dentro da mesma (Êxodo 31: 18 ; 40: 20), por que então o sangue de Cristo deveria abolir a Lei contida na Arca da Aliança do Santuário Celestial? (Apocalipse 11: 19)
Portanto, nos ensinamentos de Jesus encontramos a verdadeira dimensão ESPIRITUAL do Decálogo livre das tradições e doutrinas que são preceitos de homens (Mateus 15: 9). Essa dimensão espiritual abrange também o quarto mandamento, que ordena a observância do sábado (Êxodo 20: 8-11)
O sábado é um dia de DESCANSO, LIBERTAÇÃO, CURA, RESTAURAÇÃO e ESPERANÇA. Por isso, Jesus fez pelo menos SETE milagres no dia de sábado. Embora os líderes judeus tenham criticado O Mestre por fazer curas no sábado, “em nenhum dos casos o ponto em discussão foi a validade do sábado como dia de guarda, mas apenas a forma de ele ser observado”. Enquanto para os fariseus o sábado era uma dia de REGRAS e RESTRIÇÕES, para Jesus ele era um dia de VIDA e ALEGRIA, o símbolo do descanso na graça.
Longe de ser um peso, a Lei nos traz a verdadeira LIBERDADE em Cristo. O salmista diz: “Andarei em liberdade, pois busquei os Teus preceitos”. (Salmos 119: 45). E Tiago se refere ao Decálogo como a “Lei régia”, “Lei perfeita”, Lei da liberdade” (Tiago 2: 8 ; 1: 25). Por isso, a Bíblia Sagrada declara “bem-aventurados” a todos “os que andam na Lei do Senhor” (Salmos 119: 1), cujo “prazer está na Lei do Senhor” e que meditam “na Sua Lei de dia e de noite” (Salmos 1: 2)
Esse é um ENSINO ETERNO de Jesus que devemos observar.
Após alguns anos de de estudo percebi que que Jesus mesmo não aboliu nenhuma lei de Deus, pois sendo ele mesmo judeu ele seguia a Torá e não somente os 10 mand, e como ficamos então com relação aos outros mandamentos , leis,e festas?
O que representa o véu do templo ter se rasgado de cima a baixo? O que dizer do livro aos Hebreus?