A VERDADEIRA CEIA

“Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito Santo, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, enquanto ele por ninguém é discernido.” I Cor. 2:14, 15.

 

O assunto que vou abordar agora é algo muito sensível, e que vem criando um reboliço nas estruturas religiosas do cristianismo (catolicismo e protestantismo).

A “Santa Ceia” (ou Eucaristia).

Será que é santa mesmo?

Para muitos, o que vou dizer agora será uma blasfêmia inimaginável, para outros, será um assunto que após um estudo e uma análise mais profunda das Escrituras, pessoas tem sido despertadas.

Mas só agora alguns querem “descobrir a roda”?

Descobrir não, mas muitos pertencentes a Igreja verdadeira, tem redescoberto algo que estava extremamente nítido na nossa frente, mas que foi “revestido” com liturgias e rituais provenientes da  religiosidade pagã-romana.

O Espírito Santo tem aberto os olhos de muitos…

Tenho dito que o evangelho é algo simples e espiritual.

Os ensinamentos de Yahúshua no evangelho são constituídos unicamente para uma prática espiritual, e não de aparências, liturgias e rituais!

O Messias nunca mandou fazermos rituais! Mas através de certas atitudes descritas na Palavra, Ele nos deixa o exemplo de transferi-las para uma linguagem espiritual em nosso dia-a-dia.

Exemplo. O ato de lavar os pés dos discípulos – Ele não ensina o ritual, mas ensina que devemos nos humilhar, nos sujeitar e servir o próximo em amor.

Diversas liturgias e rituais que muitos do catolicismo e protestantismo contemporâneo praticam e as tem como comuns e importantes, são originárias do Império romano, quando o imperador Constantino formou o cristianismo, por volta do ano 300 D.C. (Cristianismo = Cristo = Kristós = Ungido pelas cristas do deus Sol), O cristianismo de Constantino é um verdadeiro pacote de rituais e costumes de outras culturas pagãs, como por exemplo: Grega e Mitraíca (religião romana pagã).

MITRA CEIAO ritual religioso, que agrega um “poder” em si mesmo, de comer um pão físico e beber o vinho (suco de uva) foi introduzido pelo catolicismo de Constantino, copiando um ritual ao deus chamado “Mitra”.

Mas não quero por enquanto me aprofundar no contexto histórico. Mas sim me focar naquilo que o Messias verdadeiramente nos ensinou, sem a intromissão de ensinos impostores do passado.

Sei que a “Ceia”, ou a Eucaristia (o ritual de comer do pão e beber do vinho físico) é um dos pilares do cristianismo, mas a grande verdade é que este e muitos outros ritos praticados hoje, são cópias do catolicismo romano.

Martinho Lutero, idealizador da “reforma protestante”, morreu ainda sendo padre católico. Ele apenas reformou algo já existente, mas não se desapegou das antigas estruturas.

Quando você reforma uma casa, você pode modificar algumas características dela, mas não muda suas estruturas. Pois foi isto que aconteceu na suposta “reforma protestante”. Uma das provas que podemos observar na história, foi que mesmo após a reforma de Lutero, ainda era feito pelos protestantes, o ritual da Eucaristia, na qual, a cada rito, refazem simbolicamente o sacrifício já realizado e consumado por Yahúshua.

A “Ceia do Senhor” (nome dado pelo catolicismo), era simplesmente, no tempo de Yahúshua,  uma refeição noturna durante a páscoa judaica. “Chegou, porém, o dia dos ázimos, em que importava sacrificar a páscoa. E mandou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a páscoa, para que a comamos.

E eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos? E ele lhes disse: Eis que, quando entrardes na cidade, encontrareis um homem, levando um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar.

E direis ao pai de família da casa: O Mestre te diz: Onde está o aposento em que hei de comer a páscoa com os meus discípulos? – Lucas 22: 7 ao 11.

Existe algo simples e necessário que desejo expor antes de falar sobre o significado desta “Ceia”;

Os padres católicos que traduziram e criaram o livro Bíblia, a organizaram de forma errada. Estamos acostumados a começar a ler o Novo Testamento à partir do nascimento do Messias. Isto é um grande erro. Você pode dizer que isto não afeta a “inerrância” deste livro, pois é apenas uma ordem na impressão. Mas já é suficiente para levar as pessoas ao engano. É importante sabermos disto. O “Novo testamento” se inicia após a morte de Yahúshua, e não no nascimento, como foi colocado na Bíblia. Após sua morte, se iniciou uma nova aliança…

Devemos saber também que o Antigo Testamento é sombra das coisas futuras (Novo Testamento).

Se a “Ceia” foi realizada antes da morte do Messias, então devemos entender que ela foi feita ainda durante a Velha Aliança, por isso, este ato é apenas uma sombra da revelação espiritual trazida no Novo  Testamento.

Pois bem, foi exatamente o que Yahúshua quis nos trazer. Ele não nos ensinou um ritual, mas sim um entendimento espiritual de como seria a vida de sua Igreja após Sua morte e ressurreição.

Através daquela simples refeição, Ele nos ensinou como deveríamos viver espiritualmente…

“Porventura o cálice de bênção que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Yahúshua? O pão que partimos, não é porventura a comunhão do corpo de Yahúshua? 1 Coríntios 10:16

Enquanto você ler o estudo, você pode perceber que o texto de I Coríntios 11: 23 em diante, não foi usado. Mas este texto será explicado depois.

Vamos agora analisar os textos:

O Pão:

“E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim.” Lucas 22:19.

YAHÚSHUA É O VERDADEIRO PÃO, O PÃO QUE DESCEU DOS CÉUS.

E não um pão físico (pão de forma, pão sovado, bisnaga da padaria).

O pão que Ele nos fala é espiritual, ou seja, Ele mesmo!

No dia da páscoa, Ele apenas usa o pão e o vinho para servir como simbolismo didático no momento, e nunca para ser um ritual, como é feito hoje!

“Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.” João 6:51.

“Porque o pão de Yahuh é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. Disseram-lhe, pois: Senhor, dá-nos sempre desse pão. E Yahúshua lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede. Mas já vos disse que também vós me vistes, e contudo não credes.” João 6:33.

“Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo. Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como nos pode dar este a sua carne a comer?” João 6: 49 ao 52.

Devemos nos alimentar do verdadeiro Pão que é espiritual, e não físico, Veja novamente neste versículo: “Este é o pão que desceu do céu (Yahúshua); não é o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre.” João 6:58

“Eu sou o pão da vida.” João 6:48 – Yahúshua é o verdadeiro Pão espiritual, e não um feito de trigo.

Mas porque “fazei isto em memória de mim”?

Certamente não é um ritual da qual Ele pede para que façamos.

Mas a Palavra também diz:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Yahuh, e o Verbo era Yahuh.” João 1:1

“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” João 1:14

“(Yahúshua) Estava vestido de um manto salpicado de sangue; e o nome pelo qual se chama é o Verbo de Yahuh.” Apocalipse 19:13

Yahúshua é O Verbo, é A Palavra! É o Pão!

O Pão espiritual é a Palavra.

Quando Ele nos pede que partíssemos e comamos do Pão, na verdade devemos comer e compartilhar a Palavra, O Verbo Vivo, o próprio Yahúshua!

Então o Pão que as Escrituras nos falam não é um pão fermentado que compramos na padaria e comemos como se fosse um pão “mágico”, não! Mas é o Pão espiritual! Yahúshua!

O Cálice:

“Então havendo recebido um cálice, e tendo dado graças, disse: Tomai-o, e reparti-o entre vós; Semelhantemente, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto em meu sangue, que é derramado por vós.” Lucas 22: 17 e 20.

Da mesma forma que o Pão descrito na Escritura é o Pão espiritual, ou seja, O Verbo Vivo – Yahúshua, o cálice descrito no texto acima também é espiritual, veja:

“E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e pondo-se de joelhos, orava,

dizendo: Pai, se queres afasta de mim este cálice (sofrimento); todavia não se faça a minha vontade, mas a Tua.” Lucas 22:41 e 42.

“Responderam-lhe: Concede-nos que na tua glória nos sentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda. Mas Yahúshua lhes disse: Não sabeis o que pedis; podeis beber o cálice que eu bebo (sofrimento futuro e morte), e ser batizados no batismo em que eu sou batizado? E lhe responderam: Podemos. Mas Yahúshua lhes disse: O cálice que eu bebo, haveis de bebê-lo, e no batismo em que eu sou batizado, haveis de ser batizados; mas o sentar-se à minha direita, ou à minha esquerda, não me pertence concedê-lo; mas isso é para aqueles a quem está reservado.” Marcos 10: 37 ao 40.

“Disse, pois, Yahúshua a Pedro: Mete a tua espada na bainha; não hei de beber o cálice (sofrimento futuro) que o Pai me deu?” João 18:11

Diante destes textos podemos verificar a linguagem espiritual da expressão “Cálice”.

O cálice de Yahúshua são Seus sofrimentos, Sua renúncia, morte, Sua vida…

Quando Ele pede para bebermos do seu cálice, é para que possamos alinhar nossa vida com a Vida dEle.. É que possamos imitá-lo em Suas atitudes.

Devemos nos alimentar do Pão (Sua Palavra), mas também praticarmos o que Ele fez, nos humilhando se preciso, até morte, para que Ele seja glorificado, assim como o Pai foi glorificado na vida e atitudes Dele.

Sobre I Coríntios 11: 17 em diante.

Mas desta vez vamos ler o texto por inteiro, e não somente a parte que é lida na liturgia!

“Nisto, porém, que vou dizer-vos não vos louvo; porquanto vos ajuntais, não para melhor, mas para pior.

Porque, antes de tudo, ouço que quando vos ajuntais na igreja há entre vós dissensões; e em parte o creio.

E até importa que haja entre vós facções, para que os aprovados se tornem manifestos entre vós.

De sorte que, quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a ceia do Senhor;

porque quando comeis, cada um toma antes de outrem a sua própria ceia; e assim um fica com fome e outro se embriaga.

Não tendes porventura casas onde comer e beber? Ou desprezais a igreja de Deus, e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto não vos louvo.

Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou pão;

e, havendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo que é por vós; fazei isto em memória de mim.

Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim.

Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha.

De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor.

Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice.

Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor.

Por causa disto há entre vós muitos fracos e enfermos, e muitos que dormem.

Mas, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados;

quando, porém, somos julgados pelo Senhor, somos corrigidos, para não sermos condenados com o mundo.

Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros.

Se algum tiver fome, coma em casa, a fim de que não vos reunais para condenação vossa. E as demais coisas eu as ordenarei quando for.” I Coríntios 11: 17 até 34.

Eu deixei este texto no final, pois irei explicá-lo de uma única vez…

Por causa das inúmeras repetições da liturgia da qual o líder lê este texto, muitos até o sabem “de cor” sintomatizando uma idolatria pelo texto.

Mas nesta parte da carta à Igreja de Coríntio, Paulo estava os orientando com muita simplicidade, não querendo lhes ordenar uma liturgia ritualística.

Paulo expõe esta Igreja da seguinte forma:

A comunidade de Corinto não sabia discernir o Corpo de Yahúshua….

Muitos formavam entre si, grupos para reunir-se comer e embebedar-se na casa de alguém (a famosa roda de irmãos que se formam depois da reunião para comer)…

Só que enquanto alguns se reuniam (“panelinhas”) para comerem sua refeição, outros da própria congregação estavam passando por dificuldade e fome. Ou seja, individualismo e egoísmo eram alguns pecados da Igreja de Corinto.

Paulo então diz, que se forem apenas para ajuntarem alguns para comer e deixar um outro irmão em dificuldade e sem ajuda, é melhor que comam em casa, pois eles não se reuniam para agradar à Yahuh, não praticavam a verdadeira refeição, para compartilhar da Palavra.

Por isso, Paulo cita a passagem da páscoa feita antes da morte de Yahúshua, da qual o Messias ensina qual é a verdadeira refeição, que é comer e beber Dele. Para que com isso, anunciar a morte de Yahúshua…

Como vamos fazer este anúncio (do evangelho) apenas enchendo o estômago de pão físico e suco de uva?

Paulo também nunca quis transmitir o ensino de uma liturgia ritualística.

Mas ele ensinava que, se somos o Corpo de Yahúshua, e o Messias “se partiu” por nós, devemos fazer como Ele, O Seu Corpo – a Igreja, também deve ser partida pelo próximo, através da pregação da Palavra, participando do seu cálice: dos seus sofrimentos, sua renúncia e seu modo de viver.

Por causa daqueles erros apontados por Paulo, A igreja de Corinto não sabia discernir o Corpo de Yahúshua, pois apenas comiam para si, e comiam para sua própria condenação, pois estavam em pecado. Por isso estavam espiritualmente fracos e doentes, e muitos dormiam na fé.

Então amados, ninguém quer introduzir algo novo no evangelho, mas verdadeiramente vamos voltar ao ensinamento original, sem a ritualização religiosa, na qual, o Messias nunca quis nos ensinar, mas que foi injetada durante a história da Igreja.

Muitos ainda vivem enganados, pensando que ao comerem um pão de trigo e fermento, e beberem um copo de suco de uva industrializado, serão salvos e perdoados, como se estes elementos ou o ritual em si, tivesse um poder mágico… Mas estão fracos e doentes porque não se alimentam e compartilham da Palavra (O Pão espiritual) e nem se tornam participantes do Cálice do Mestre (da vida e práticas de Yaohúshua).

Este ritual de comer pão físico e beber suco é inexistente perante as Sagradas Escrituras! E nunca devia existir, este rito foi introduzido por homens carnais de más intenções.

O comer e beber Dele deve ser espiritual! Uma atitude diária em nossa vida!

Então, tudo o que foi feito até hoje, de nada serviu?

“Mas Yahuh, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam;” Atos 17:30

Outrora, vivíamos no tempo da ignorância, mas agora o Espírito Santo está abrindo os olhos da Igreja!

Ouça-O! Vamos ver o que é espiritual com os olhos espirituais! E não carnais (segundo a nossa vontade).

“Pois os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.” Romanos 8: 5 e 6.

Chegou o tempo de voltarmos a pureza do evangelho, sem distorções históricas, sem invenções com más intenções. Apenas o evangelho! Nosso foco deve ser Yahúshua… Pare de pensar apenas em si mesmo! Vamos discernir o Corpo Dele! Vamos imitá-Lo, amando o próximo, e pregando as boas novas!

De novo: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito Santo, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, enquanto ele por ninguém é discernido.” I Cor. 2:14, 15.

Sobre Max Rangel

Servo do Eterno, Casado, Pai de 2 filhas, Analista de Sistemas, Fundador e Colunista do site www.religiaopura.com.br.

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