Lemos na Palavra de Deus: “E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro”. 1 Coríntios 4:6.
“Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus”. 1 João 4:15.
“Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo”. Hebreus 2:17.
“Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de equidade é o cetro do teu reino”. Hebreus 1:8. (ACRF)
“Teu trono é de Deus, para sempre e eternamente”. (BJ)
“A respeito do Filho ele diz: ELohim é seu trono pelos séculos dos séculos, cetro de equidade e o cetro do seu malchut”. (Bíblia Israelita).
A igreja adventista ensina: “Ao experimentar a encarnação, Cristo não deixou de ser Deus, tampouco foi sua divindade reduzida ao nível da humanidade. Ambas as naturezas continuaram a existir. Diz Paulo: “Nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade” (Col. 2:9). Durante a crucifixão a Sua natureza humana morreu, e não a Sua divindade, pois isso seria algo impossível”. Nisto Cremos, p. 77.
“Ele morreu como homem por todos os seres humanos. Além disso, Cristo morreu a “segunda morte” (Apocalipse 2:11; 20:6 e 14; 21:8) da qual não existe ressurreição de criaturas. Como essa morte representa a eterna alienação da criatura do seu Criador, somente Aquele que tem vida em Si mesmo poderia ressuscitar dessa morte”. Alberto Timm, “Revista do Ancião”, abril – junho de 2009.
Ora, se Cristo é Deus, Deus morre? Se Cristo morreu a segunda morte e ressuscitou com a vida que tinha nele mesmo, teria morrido ou encenado teatralmente? Se Cristo era Deus-homem e na cruz morreu o homem e ficou o Deus vivo, era Cristo em tudo semelhante a nós como está Hebreus 2:17? Se era em tudo semelhante a nós, podia uma parte morrer e outra ficar latente, “velada”? Não é isso espiritismo?
Se a vida de um anjo ou de um homem não servia para morrer de modo substituinte pelo ser humano caído e na cruz quem morreu foi o Jesus homem enquanto o Jesus Deus ficou vivo, a morte do Jesus homem não teria sido vã?
SE JESUS, O DIVINO FILHO DE DEUS, TAMBÉM É DEUS COMO O PAI, ELE ATENDE AOS PRESSUPOSTOS DE I TIM. 6:16?
“Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém”. 1 Timóteo 6:16.
Elpídio da Cruz, escreveu: “A IASD, ao defender o dogma das duas naturezas simultâneas de Cristo, defende na realidade, um ensino genuinamente católico e não acrescenta nesta defesa que faz, nenhum elemento de originalidade. Simplesmente repete o que o catolicismo tem ensinado nos últimos 1800 anos na história do Cristianismo.
Apesar de estar historicamente definido que o referido dogma foi proposto pela Igreja Católica, a IASD, defende o mesmo dogma como se ele fizesse parte do ensino bíblico e no livro A Trindade, o dogma das duas naturezas de Cristo é mostrado como sendo parte de uma suposta “evolução” do Espírito de Profecia em direção à ideia trinitariana de Deus.
Para refletir sobre este assunto, vou apresentar as idéias centrais do dogma que, foram propostas pelo Papa São Leão I, papa de Roma, em carta ao bispo Flaviano de Constantinopla no concílio de Calcedônia em 451.
“No concílio de Calcedônia (451) estabeleceu-se definitivamente a doutrina cristológica. Na primeira sessão leu-se a carta de Leão I, papa de Roma, ao bispo Flaviano de Constantinopla, na qual estabelecia que apesar das duas naturezas e substâncias na única pessoa de Cristo, não se verifica nenhuma mistura das duas naturezas, mas que cada uma atua em relação àquilo que lhe é próprio. Calcedônia fixou um símbolo que declara: ‘Nós ensinamos e professamos um único e idêntico Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, completo quanto à divindade e completo quanto à humanidade em duas naturezas, inconfusas e intransmutadas (contra os monofisistas), inseparadas e indivisas (contra os nestorianos), já que a união das naturezas não suprimiu suas diferenças, mas que cada natureza conservou suas propriedades e uniu-se com a outra numa única pessoa e numa única hipóstase.” DUÉ, Andrea. Atlas Histórico do Cristianismo. Petrópolis: Vozes, 1999. p. 51
“A verdadeira doutrina fora magistralmente exposta, dois anos antes, pelo papa São Leão, numa carta que se tornaria célebre, dirigida ao Patriarca Flaviano. Referia-se aos seguintes pontos que continuam sendo o resumo da fé católica: 1) Em Jesus Cristo, há uma só pessoa, a pessoa do verbo encarnado em nossa natureza; 2) Nesta pessoa única do verbo, após a encarnação, há duas naturezas, a natureza divina e a humana, sem mistura e sem fusão possíveis; 3) Cada uma das naturezas mantém atividade própria, atividade que exerce em comunhão com a outra; 4) Em virtude da união substancial das duas naturezas, devemos atribuir só ao Verbo o que, em Cristo, pertence ao Filho de Deus e ao Filho do Homem.”
“Ensinamos unanimemente que há um só e mesmo Filho, Nosso Senhor, perfeito em sua divindade e perfeito em sua humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, composto de alma racional e de corpo, consubstancial ao Pai, segundo a divindade e consubstancial a nós segundo a humanidade, semelhante a nós em tudo, exceto o pecado.” CRISTIANI, Monsenhor. Breve História das Heresias. São Paulo: Livraria Editora Flamboyant, 1962. p. 40, 41.
Nos dois textos que são apresentados, percebe-se claramente as premissas do doutrina da duas naturezas de Cristo.
1- A existência de uma única pessoa, a pessoa do Logos, do Verbo, Jesus Cristo.
2- A existência de duas naturezas, (dois corpos) uma divina e uma humana.
3- A separação completa entre as duas naturezas. A inexistência de união ou fusão entre uma natureza e outra. Cada natureza mantém seus atributos peculiares e não interfere e não recebe interferência da outra.
4- A natureza divina preserva sua essência ou seja, os atributos incomunicáveis da divindade.
5- A natureza humana é semelhante a que Adão possuía antes da queda. “…segundo a humanidade, semelhante a nós em tudo, exceto o pecado.”
O que determinou o surgimento desta doutrina? Duas correntes diferentes de pensamento em que uma negava a humanidade e a outra negava a divindade de Jesus Cristo, e que pode ser resumida na seguinte proposição: “Se era Deus, não poderia sofrer, se sofreu, não era Deus.”
Para resolver o problema que a proposição exposta acima sugere, foi então criada a doutrina das duas naturezas simultâneas de Cristo”. http://www.adventistas.com/setembro2003/elpidio_livrotrindade3.htm
Um pioneiro adventista escreveu: “As Escrituras ensinam abundantemente a preexistência de Cristo e a sua divindade, mas são inteiramente silenciosas quanto à Trindade. A declaração que o divino Filho de Deus não morre, está tão longe dos ensinamentos da Bíblia como as trevas da luz. Eu perguntaria aos trinitarianos: A qual das duas naturezas devemos a redenção? A resposta seria obviamente a natureza que morre e que derramou seu sangue por nós; “pela qual tivemos redenção pelo seu sangue”. Então fica evidente que unicamente a natureza humana morre, e o nosso redentor é unicamente humano. O divino Filho de Deus não teve parte na nossa salvação, pela qual não morreu e nem sofreu. Eu estava certo, quando disse que a doutrina da Trindade degrada a expiação, trazendo o sacrifício, o sangue pelo qual fomos comprados, para baixo num padrão de comprometimento”. R.F. Cottrell – Review and Herald – 06 de julho de 1869.
Ora, JESUS ERA VISTO POR HUMANOS ANTES DA ENCARNAÇÃO, DURANTE A ENCARNAÇÃO E APÓS A CRUCIFIXÃO E GLORIFICAÇÃO, POR ABRAÃO, JACÓ, MOISÉS,…ESTÊVÃO, PAULO, JOÃO,… ENTRETANTO, DEUS NÃO PODE SER VISTO.
No Antigo Testamento, Jesus era mostrado como anjo do Senhor: “Eis que eu envio um anjo diante de ti, para que te guarde pelo caminho, e te leve ao lugar que te tenho preparado”. Êxodo 23:20.
“Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou”. João 1:18.
“Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou”. João 8:58.
“E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós”. Êxodo 3:14
O Eu Sou de João 8:58, não é o mesmo Eu Sou de Êxodo 3:14. Ver http://www.unitarismobiblico.com/w/2010/05/03/jo-8-58/
A expressão Eu Sou de João 8:58 é semelhante à de João 9:9.
“Uns diziam: É este. E outros: Parece-se com ele. Ele dizia: Sou eu”. João 9:9.
Conclusão
Entendemos ser melhor acreditarmos que Jesus é divino (não o Deus Filho, 2ª. pessoa de uma trindade) por ser o Filho de Deus desde a Eternidade como as Escrituras ensinam e, como homem deu a sua vida na cruz do Calvário, quando disse ao Seu Deus e Pai, “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”? Foi o Pai quem o ressuscitou ao 3º. dia, pois foi quem lhe deu a vida e quem recebeu sua vida ao seu filho morrer.
Glória e louvores a Deus e a Jesus.
“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem”. 1 Timóteo 2:5.
Paulo A. da C. Pinto
Fonte: http://aodeusunico.com.br
Fortaleza, CE, 6 de setembro de 2021.
Caro Max Rangel,
Em determinada fase de minha vida, passei a questionar a divindade de Jesus. Mas não fiquei no meio do caminho, acreditando que ele é filho de Deus sem ser divino, mas é um ser espiritual único e especial, criado por Deus. Nada disto. Jesus foi um judeu, um tanto radical, e principalmente sua mãe era uma judia convicta e muito radical.
E então optei pela única alternativa que julguei válida: converti-me ao Judaísmo. E estou muito feliz da vida, acreditando que não só os que crêem na minha crença atual se salvam. Não, o que interessa a Deus é a sinceridade do crente, seja ele católico, protestante, muçulmano, hinduísta, etc.