Será que os jihadistas irão raptar o Ano Jubileu do Vaticano? 25 milhões de peregrinos católicos podem virar presas dos terroristas… e caírem dentre as ruínas enquanto “O Bispo de Branco” faz a sua histórica caminhada nas ruas da cidade.
Roma se prepara para a abertura de seu ano de celebração preocupada, pois 25 milhões de peregrinos católicos poderão virar presas de terroristas.
Muitas vezes é melhor ficar em silêncio do que chamar atenção a falhas óbvias. E esse com certeza pode ser o caso quando falamos sobre o preparo de Roma (ou a falta dele) quanto ao “Santo Ano Jubileu do Vaticano da Misericórdia” que começa no dia 8 de dezembro de 2015 com a abertura das portas da Basílica de São Pedro.
A cidade não é só um verdadeiro canteiro de obras com a maioria dos projetos do jubileu atrasados ou prevista para serem concluídas no ano novo, mas as forças de segurança admitem que não há nenhuma maneira deles eventualmente protegerem os peregrinos de se tornarem presas fáceis dos terroristas.
O Jubileu anterior, sob a regência do Papa João Paulo II no ano de 2000, coincidiu com as celebrações do milênio, e a cidade levou mais de sete anos se preparando. O evento da igreja desse ano vem logo depois de um dos piores ataques terroristas na Europa, e a cidade tem menos de um mês para, de alguma forma, preparar sua segurança o suficiente para detectar e deter quaisquer ameaça de ataque. O encontro esperar reunir 25 milhões de peregrinos católicos durante 12 meses, nos quais eles terão 3 oportunidades por semana de ouvir o Papa Francisco da Praça de São Pedro, a qual tem sido descrita como um cercado preparando ovelhas para um abate.
Desde os ataques em Paris, muitos hotéis e grupos de turismo têm reportado cancelamentos.
“Estamos nos preparando para um Jubileu nos tempos do ISIS”, disse o secretário de segurança italiano Franco Gabrielli, ao qual foi dada a dura tarefa de gerenciar a segurança para o evento em Roma na ausência do um prefeito, disse ele numa conferência à imprensa ao apresentar um dossier de 128 páginas com planos na sexta-feira. “Temos 2000 homens extras dedicados à segurança. ”
Esses 2000 não estarão trabalhando ao mesmo tempo, “ao menos que aconteça alguma coisa”, e isso inclui oficiais antiterrorismo, policiais à paisana, e atiradores de elite que estarão no topo das igrejas romanas durante os eventos do Jubileu. Gabrielli disse que a maior parte da cidade de Roma também será uma “no-fly-zone”, por onde não poderão passar aviões durante um ano inteiro, bloqueando a maior parte do tráfego aéreo dos principais aeroportos da cidade, além de drones de aeromodelos, onde essas duas últimas categorias estarão sujeitas a serem alvejadas se forem encontradas.
Ele também disse que haverá “patrulhas especiais na periferia da cidade baseadas em problemas demográficos”, que não é uma maneira muito sutil de dizer que eles estão prestando atenção as áreas onde grupos étnicos tendem a viver. Essas áreas incluem os centros de refugiados da cidade, mesquitas, e casas de adoração. E haverá checagem extra nos aeroportos e portos, sem que haja interferência nas regras de Schengen sob as quais os europeus podem viajar livremente, disse ele, não deixando claro como essa checagem extra será feita.
Mas mesmo com todas essas precauções com segurança sendo providenciadas, a preocupação nunca será suficiente. Na conferência de imprensa da sexta-feira, o grupo de segurança do Jubileu teve que defender sua postura de alerta de tal maneira que parecia que eles estavam tentando se convencer a eles mesmos, não à imprensa, de que estão preparados. Depois de alertarem contra rumores reportados e alarmes falsos sem “uma checagem extra para validar”, eles levantaram questões como colocando em dúvida se os coletes a prova de balas dos policiais de Roma estariam obsoletos. (Aparentemente eles têm uma duração de 10 anos). Eles também foram bombardeados com perguntas sobre o tipo de vigília que fariam no caso de ataque estar em acontecimento e o quão efetivo eles seriam, e se já tinham alguém sob vigilância nesse momento, depois do Ministro das Relações Exteriores da Itália, Paolo Gentiloni dizer no noticiário da RAI3 que as autoridades já estavam ativamente à procura de cinco jihadis, cujos nomes foram fornecidos a eles pelo FBI. A equipe de segurança do Jubileu parece ter sido pega de surpresa pela notícia.
Uma das razões pelas quais a Itália está defasada, junto a muitas outras nações da Europa, é que ela teve que apertar seus gastos nos últimos anos. No aeroporto Fiumicino de Roma, o pessoal da segurança está com baixa de 40% do efetivo, quando comparado ao último Jubileu, disse Alessandro Di Battista, membro do parlamento do movimento FiveStar, dizendo ainda que “a maioria deles é incapaz de acertar um alvo em movimento.”
Não é de se espantar que o FBI alertou as autoridades italianas (e americanas) na última semana que a Praça de São Pedro é um alvo de alta prioridade para os terroristas que “deve ser evitado”, junto ao Duomo e a casa de ópera La Scala em Milão. Num e-mail de alerta enviado a todos os cidadãos americanos na Itália, o embaixador dos EUA em Roma alertou sobre potenciais ataques nesses locais populares, além de “locais de encontros gerais como igrejas, sinagogas, restaurantes, teatros e hotéis em ambas as cidades, os quais também são possíveis alvos.”
“Os grupos terroristas poderão se utilizar de métodos similares dos de Paris recentemente”, lia-se no alerta. “As autoridades italianas estão alertas sobre essas ameaças.”
Viajar para a Itália parece não ser uma boa.
O que deixa as coisas ainda piores é a sensação palpável da paranoia ao redor do país que já se inicia no topo. O correspondente do La Stampa disse ao The Daily Beat que na ilha da Sicília, uma mulher foi levada à estação de polícia por estar ouvindo música árabe em volume alto no carro. Lojistas muçulmanos reportaram uma grande baixa nos negócios e grafitagem racista nos muros.
Ta quinta-feira, Gabrielli parou por uns instantes durante uma forte acusação quando ele perguntou à comunidade Islâmica na Itália para que “tomassem uma posição” nesse mês de ataques terroristas. “É um absurdo dizer que todos os muçulmanos são terroristas”, disse ele à câmera de um jornalista italiano. “Mas é inegável que todos os terroristas vêm desse contexto.” Quando pressionado pelo repórter que perguntou se todos os muçulmanos estariam sob vigilância, ele primeiro respondeu que a Itália não tinha efetivo para isso e depois amenizou seus comentários. “Isso seria discriminação”, disse ele com um sorrisinho. “Isso não pode ser feito.”
Desde os ataques a Paris em novembro, houveram dúzias de alarmes falsos, incluindo oito chamadas de emergência só na quinta-feira em Roma, que incluíam a descoberta de uma mala esquecida em Fiumicino, uma bolsa esquecida num bar perto do Vaticano, e nada mais nada menos que cinco bagagens suspeitas nos metrôs da cidade, que levaram a polícia a suspender todo um sistema inteiro por quatro vezes. Na sexta-feira, mas bagagens abandonadas foram encontradas no subsolo da cidade, levando alguns a fazerem piada sobre porque ninguém havia notado todo esse lixo antes. Um homem doente mental deu um tiro no hospital de Roma San Giovanni, o que fez com que a embaixada dos EUA enviasse outro alerta sobre o assunto: “Mensagem de Emergência para os Cidadãos dos EUA: um Indivíduo Armado no Centro de Roma”, e esse não é exatamente o tipo de coisa que uma pessoa gosta de ver na sua caixa de entrada.
Os cidadãos estão tão nervosos que muitos estão pedindo para o Vaticano cancelar por completo o Jubileu. Afinal de contas, o Vaticano tem estado na mira dos terroristas já a algum tempo. Como a reportagem que sair no The Daily Beast em Outubro de 2014, a revista de propaganda do ISIS Dabiq colocou uma foto de uma bandeira preta jihadi colocada sobre a Praça de São Pedro sob o título “A Derrota da Cruzada”. “Conquistaremos sua Roma, quebraremos suas cruzes, escravizaremos suas mulheres, pela permissão de Alá, o Exaltado. Se nós não conseguirmos, nossos filhos e nossos netos conseguirão, e eles irão vender seus filhos como escravos no mercado de escravos,” de acordo com a reportagem na Dabiq que acompanhava a foto da capa. “Todo muçulmano deveria sair de sua casa, achar um cruzador e mata-lo… E o Estado Islâmico permanecerá até que sua bandeira balance sobre Roma.”
Para deixar as coisas ainda mais delicadas, na última semana, o Secretário de Estado do Vaticano Pietro Parolin, disse que a Santa Sé apoia a ação militar contra o ISIS. “A defesa do bem comum requer que um agressor injusto deva ser incapaz de causar dano”, disse Parolin, citando um velho ensino da igreja, relembrando as Cruzadas. “Por essa razão, aqueles que legitimamente possuem autoridade também têm o direito de usar armas para repelir os agressores contra a comunidade civil confiada à suas responsabilidades.”
Para Francisco, que há algum tempo atrás vendeu os carros blindados papais (e que se recusa a vestir um colete a prova de balas, pois, segundo o que seu porta-voz disse recentemente, esse é o propósito dele andar num veículo conversível), o show deve continuar. “Por favor, sem portas de segurança na igreja”, disse ele em sua audiência geral na quarta-feira, onde haviam notavelmente muitos poucos fiéis na praça e forte segurança. “A igreja deve estar aberta.”
Outros oficiais do Vaticano disseram que um Jubileu é justamente o que o mundo precisa agora para dar esperança às pessoas. “Cancelar o Jubileu seria um erro crasso”, disse o Cardeal Italiano Angelo Bagnasco. “Não deve haver nenhum tipo de pânico por parte das pessoas, vocês devem valorizar Roma, a peregrinação até o Santo Portão, com a serenidade usual.”
Enquanto isso, o pontífice visitou o Quênia, Uganda e a República da África Central numa viagem arriscada de cinco dias que começou em 25 de novembro. Depois disso ele retornou a Roma para dar início ao Jubileu, que esperamos ocorra sem nenhuma explosão.
O pastor Doug Batchelor revisa os progressos históricos do papa em 2014, manchete por manchete. Mantenha-se alerta, conheça seu inimigo.
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FONTE: EFÉSIOS 612
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