A imposição de valores da maioria é fenômeno social e universal. Mas misturar ambições políticas e econômicas, com intolerância religiosa é extremamente perigoso, para não dizer trágico. E há muita gente vibrando com essa aparente “guerra santa”, principalmente aqueles que adoram o “poder” acima de tudo. Inseridos numa sociedade moralmente arruinada, com valores espirituais desprezados, a instituição da família praticamente falida, a infância abandonada, o desemprego, a fome, a miséria e a violência. Não podemos como cristãos perder tempo com problemas menores, principalmente com questiúnculas religiosas. É necessário somar e reforçar virtudes. Aprendemos nos evangelhos que combater outras religiões e ofender os seus fiéis não produz o fruto desejado. Jesus combateu aqueles que tinham a Palavra de Deus, que professavam a sua religião e não praticavam. Nossa mensagem deve ser centralizada em Jesus Cristo e nos seus ensinamentos. E a transformação vem pelo espírito de Deus no interior de cada um. O povo não vai abandonar que é desprezível, se não vier a conhecer verdadeiramente o Senhor Jesus Cristo.
Protestar é uma coisa, desrespeitar, ferir os sentimentos alheios é outra. Os pregadores das Boas Novas devem se preocupar em viver a vida de Jesus e não fazer prosélitos, em fazer discípulos e não em perpetuar suas denominações religiosas, gastando suas energias em guerras fúteis. Na verdade, a igreja (povo) deve buscar sempre, em primeiro lugar o seguimento de Jesus Cristo no hoje da história. A ênfase tão acentuada na expulsão de demônios, não estaria dando ao diabo uma exposição que ele não merece? É óbvio que a possessão demoníaca é uma realidade e que a libertação é uma prerrogativa profundamente cristã. Basta ler os evangelhos pra se convencer disso. Mas Jesus nunca lhe deu espaço e nem valor que não lhe cabe. Só a Deus cabe a Soberania, a Glória e a Invocação. Será que o uso dos meios massivos de comunicação, tais como televisão e rádio, não se dão sob a manta do espírito das cruzadas? Apenas a arma seria outra, mas o espírito seria o mesmo, a conquista a qualquer preço. É verdade que nossas mensagens devem ser ousadas, mas o evangelho que pregamos tem que ter a característica da marca do amor. A pregação que visa à conquista do outro e de seu respectivo espaço de movimento, sem fundamento nas Escrituras Sagradas seja individual ou coletiva não é digna do evangelho de Jesus Cristo. Se você é pregador do evangelho e não cuidar de sua vaidade latente, e fores capaz de aproveitar-te de uma situação qualquer feita em nome de Jesus para te promover, andar de “anéis de ouro e trajes de luxo” (Tiago 2:2). Guardares distância entre o povo, entre tu e teus comandados, entre tu e os pobres financeiramente. Serás incapaz de rasgar a tua veste, saltar para o meio da multidão que te vê, e te chama de deus, e clamar: “Eu também sou humano como vocês!”. Como agiram Paulo e Barnabé (Atos 14:14-15).
E dirás no teu íntimo: “Eu subirei aos céus acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo”. E serás lançado a mais profundo abismo, que é o destino inevitável do orgulhoso (Isaias 14: 13-15). Irmão e pregador, o meu desejo é que tu tenhas a mesma humildade de João Batista. Ele nunca se envaideceu nem perdeu a noção que a glória pertence somente a Deus. João tinha uma regra de vida bem clara e firmada a respeito de sua missão, a qual se submetia alegremente. Podemos ver bem sua humildade em João 3:30 (versão BLH) ao se referir a Jesus, ele diz: “Ele tem de ser mais importante, e eu menos importante”. A mensagem de Jesus, hoje é a mesma, para ter o perdão do pecado e a salvação, todos devem arrepender-se e crer que JESUS é o Senhor e Salvador. Que levou a culpa dos nossos pecados lá na cruz. Que o amor a Cristo prevaleça sobre a superstição, sobre a ignorância, sobre o preconceito, sobre a discriminação e outras ênfases. Sobre a pressão da sociedade corrompida, sobre a incredulidade, e o desânimo, sobre a tentação do poder religioso, político e econômico. Que a igreja (povo de Deus) viva e pregue mais a vida de Jesus e fale menos da história de sua denominação. Que o povo de Deus venha redescobrir JESUS, Sua Divindade, Sua encarnação, Sua morte, Sua ressurreição, Sua ascensão, Sua intercessão, Seu senhorio e Sua volta gloriosa.
O povo de Deus (igreja) deve voltar às veredas antigas, falar mais sobre o pecado, justificação pela fé, arrependimento, conversão e santidade. Anunciar a Jesus como o único e suficiente Salvador, e que é pela fé (que produz boas obras), somente pela fé somos salvos. Que Deus nos ajude a gerar convicções pessoais à respeito de Cristo. Fornecer esperança em nós e nos nossos ouvintes, bem fundamentadas no Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. E nos firme nossa fé na ressurreição vindoura, dos Novos Céus e Nova Terra. Desperte em nós o desejo pela leitura diária da Bíblia e pela oração. Enfim, uma real conduta cristã! Por causa do enfraquecimento deste tipo de pregação, os templos estão “inchando” de pessoas que procuram a Igreja por causa de enfermidades, problemas financeiros e casamentos em ruínas, etc… (João 6:26). Todas estas circunstâncias e estados de espírito podem levar tais pessoas a Deus, mas a Palavra de Deus nos mostra que Deus não dispensa o arrependimento, conversão e santidade. No afã de ver aumentar o número de membros em suas denominações, líderes e pregadores têm feito exatamente o contrário do que Jesus ensinou. Estão dando pouca ou nenhuma ênfase ao negar a si mesmo, e tomar dia a dia a cruz a seguir os passos de Jesus (Lucas 9:23). Pregam a bênção da conversão, mas não os compromissos da mesma. E alargam a porta e o caminho que JESUS fez estreito (Mateus 7: 13-14)
Pense nisso….
Além disso, veja também:
O Evangelho Negligenciado
junta-se @religiaopura no Telegram
O “Porquê” Por Traz da Mentira
junta-se @religiaopura no Telegram