De acordo com fontes oficias da Comunidade Europeia, carne e leite de crias de animais de quinta clonados deverão estar à disposição do consumidor completamente desprovidos de rótulos que identifiquem sua origem e qualidade.
As propostas, que deixarão as famílias completamente no escuro sobre o que estão comendo e bebendo, foram assinadas no dia 18 de dezembro de 2013 em uma movimentação sem precedentes que se tornou polêmica nas voes dos grupos de defesa do consumidor.
A ideia de clonar animas para consumo humano pode, à primeira vista, parecer bizarra e próxima da ficção científica, no entanto, já é possível que carnes e leite de crias de animais clonados estejam sendo importados para a Europa dos EUA e outros países na frente de distribuição como a Argentina. Além disso, já há relatórios de animais clonados estarem em testes no Reino Unido para produção em massa de leite desde 2008.
Há 3 anos, se tornou de conhecimento geral que um escocês havia comprado dois touros, crias de clones e que depois foram misturados reprodutivamente com 92 vacas leiteiras Holstein. Inicialmente, ele planejou vender o leite no Reino Unido, no entanto, a movimentação de grupos de defesa do consumidor levou a que quase 40 vacas fossem mortas, mas não a tempo de evitar a exportação de 30 delas para Portugal. O corpo de investigação para o consumidor europeu, BEUC, condenou qualquer proposta que não exija a devida rotulagem de produtos alimentares advindos destas cria de animais clonados. Muitas experiências com clonagem no passado, demonstraram a associação desta alimentação com o risco elevado de abortos espontâneos e órgãos com más formações em fetos. Também o gigantismo revelou ser um problema presente sendo que as crias nasciam tão grandes que tinham que ser removidas por cesariana. Alguns animais, incluindo o clone original e a famosa ovelha Dolly, e que foram criados pelo Instituto Roslyn na Escócia, sofreram de artrite precoce paralisante.
Em 2008, o Grupo Europeu para a Ética na Ciência e Novas Tecnologias expressou suas profundas dúvdas sobre a clonagem de animais para consumo humano justificando que o “sofrimento envolvido devido as doenças e problemas de saúde eram preocupantes“. Por outro lado, a britânica FSA (Food Standards Agency) demonstrou em sondagens cuidadas que a esmagadora maioria dos consumidores se opunham ao consumo de “alimentos clonados” devido a questões dos direitos dos animais ou preocupações sérias com a saúde humana. Se a clonagem é permitida, as pesquisas mostram que as pessoas exigem que a carne e o leite dessa origem sejam devidamente rotulados.
As novas propostas da Comissão Europeia baniria então, alimentos de origem clonada, no entanto, e, como não existem formas de controle de animais clonados com grane facilidade, as grandes corporações ultrapassam esta diretriz. A supracitada BEUC, condenou qualquer proposta que não inclua a rotulagem devida, mas é aqui que surge o problema técnico que vai permitir a entrada destes alimentos no consumo regular.
“Tanto quanto sabemos a clonagem para consumo humano não é usada na União Europeia. No entanto, as importações – essencialmente de carne – vinda dos EUA, Brasil e Argentina, podem perfeitamente já serem de origem de crias de animais clonados“.
Sem rotulagem efetiva e fiscalização funcional, os consumidores europeus não têm qualquer conhecimento sobre a verdadeira origem de seu bife americano, ou carne da Argentina. Proceder ao rastreamento destas carnes é impossível, já que não existem registros nesses países.
Se a Europa está à mercê destes alimentos, o mínimo que os consumidores merecem é que exista indicação disso mesmo na rotulagem. Uma esmagadora quantidade de consumidores, 83% disse um claro NÃO à carne e ao leite de animais clonados. Se assim foi, não percebemos o porquê ainda está em debate toda esta loucura.
FONTE: Notícias Naturais
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