EXPECTATIVA DE VIDA
19/08/2014 – 10h31
Papa Francisco acredita que terá apenas mais dois ou três anos de vida
O líder pontífice mais carismático da História recente da Igreja Católica, papa Francisco, afirmou publicamente que espera viver apenas mais dois ou três anos.
De acordo com informações do site O Globo, Francisco conversou com jornalistas quando voltava para o Vaticano, depois de passar cinco dias na Coreia do Sul, e comentou sua popularidade global, que ficou ainda mais evidente depois da histórica visita ao país asiático.
“Vejo isso como generosidade do povo de Deus. Tento pensar em meus pecados, meus erros para não me tornar orgulhoso. Porque eu sei que vai durar apenas um curto período de tempo. Dois ou três anos, e depois vou embora para a casa do Pai”, disse o papa.
Francisco comentou também a possibilidade de se aposentar, caso sinta que não pode mais desempenhar suas funções como esperado. Depois que seu predecessor, Bento XVI, anunciou aposentadoria no último ano, o papa Francisco afirma que renunciar ao papado seria uma possibilidade, já que Bento “abriu uma porta”.
Sobre seu estado de saúde, o pontífice admitiu que já enfrentou “alguns problemas nos nervos”, e que tenta se cuidar, tomando mate todos os dias, acrescentou em tom de brincadeira.
Ainda segundo o site O Globo, antes da declaração do papa sobre sua expectativa de vida ser de mais dois ou três anos, uma fonte do Vaticano já havia revelado anteriormente esse pensamento de Francisco.
Internacional
18/08 às 15h54 – Atualizada em 18/08 às 15h56
“Vivemos a 3ª Guerra Mundial”, diz papa Francisco
Após uma viagem de cinco dias à Coreia do Sul, o papa Francisco voltou nesta segunda-feira (18) à Itália, mas não sem fazer duras críticas aos confrontos mundiais durante seu voo de regresso a Roma. “Vivemos a Terceira Guerra Mundial, mas em fragmentos”, disse o Pontífice.
Destacando que as guerras estão atingindo “um nível de crueldade espantoso”, Francisco afirmou que “é lícito interromper uma agressão, mas não bombardear”.
“Quando há uma agressão injusta, posso dizer que é lícito parar o agressor. Mas ressalto o verbo parar, porque isso não significa bombardear ou fazer uma guerra”, afirmou o papa sobre os ataques norte-americanos ao Iraque com o objetivo de destruir rebeldes jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isis), que recentemente declarou a criação de um califado e começou a perseguir civis e cristãos.
“A tortura se tornou quase um meio ordinário. Esses são os frutos da guerra. Estamos em guerra, há a Terceira Guerra Mundial, mas em fragmentos’”, disse o papa, referindo-se aos conflitos simultâneos que atingem o mundo, como as crises na Síria, no Iraque, na península coreana, no continente africano e na Faixa de Gaza.
No último mês, Francisco fez constantes apelos de paz para o Iraque e até enviou um representante do Vaticano ao país para entregar apoio financeiro e emocional aos cristãos perseguidos pelo Isis. Ele também promoveu um encontro entre lideranças palestinas e israelenses para incentivar o diálogo no Vaticano.
“O encontro no Vaticano entre o presidente israelense Shimon Peres e o palestino Mahmoud Abbas não foi inútil, apesar de hoje a situação na Terra Santa ter se deteriorado”, disse o Papa em seu voo da Coreia do Sul. “Foi aberta uma porta, mas, agora, a fumaça das bombas não permite que esta porta seja vista”, completou, no mesmo dia em que um novo balando aponta para dois mil mortos na Faixa de Gaza na última ofensiva israelense.
Ainda na conversa com a imprensa dentro do avião, Francisco contou que tem vontade de visitar a China e que, se “pudesse, viajaria amanhã”. “Estou disposto também a ir ao Curdistão, se houver possibilidade”, disse Jorge Mario Bergoglio.
Francisco aterrissou em Roma por volta das 18h10 locais, no aeroporto de Ciampini. Ele trouxe um ramo de flores que recebeu de uma menina sul-coreana chamada Mary Sol, de 7 anos de idade. O Pontífice pretende depositar as flores no altar da Basílica de Santa Maria Maggiore.
Pontificado
Questionado pelos jornalistas que o acompanhavam no voo de volta a Roma, o papa Francisco comentou que tenta levar “uma vida normal” no Vaticano. “Em 1975, sai de férias com a comunidade de jesuítas. Desde então, não tiro férias, mas mudo meu ritmo de vida: durmo mais, leio mais, ouço mais músicas… e isso me faz bem”, comentou.
Renúncia
Na mesma entrevista dentro do avião, Francisco disse que a renúncia de seu antecessor, Bento XVI, abriu um precedente na Igreja Católica e que ele mesmo pode abdicar do cargo caso sinta necessidade.
“Há 70 anos, os bispos eméritos eram uma novidade. Hoje, são uma instituição. Penso que o papa emérito será a mesma coisa. Com o tempo, a expectativa de vida aumenta e, em uma certa idade, não temos capacidade de governar bem. Mesmo se a nossa saúde for boa, não temos capacidade de levar adiante o governo da Igreja”, comentou Francisco.
“Alguns teólogos talvez digam que não é certo, mas eu penso assim: faria a mesma coisa que Bento XVI. Ele abriu uma porta que é institucional, não excepcional”, afirmou.
Conhecido por sua simplicidade, Jorge Mario Bergoglio assumiu a liderança da Igreja Católica em março de 2013, após a renúncia de Bento XVI.
Coreia: Papa cumprimentou líderes religiosos
Agência Ecclesia 18 de Agosto de 2014, às 11:36
Seul, 18 ago 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco encontrou-se hoje em Seul com um grupo de responsáveis de Igrejas cristãs e outras religiões antes de deixar a Coreia do Sul, na Catedral de Myeong-dong.
O pontífice esteve reunido numa sala da catedral de Myeongdong com os líderes das principais ordens do budismo — que conta com o maior número de fiéis no país — e das restantes religiões com importante presença, como protestantes, ortodoxos e confucionistas.
O Papa Francisco aproveitou a ocasião para fazer um breve discurso improvisado.
“Quero agradecer-vos pela gentileza e pelo afecto que demonstrastes vindo aqui para me encontrar. A vida é um caminho, um caminho longo, mas um caminho que não se pode percorrer sozinhos. É preciso caminhar com os irmãos na presença de Deus. Por isso agradeço o vosso gesto de caminhar juntos na presença de Deus: é isso que pedira Deus a Abraão. Somos irmãos, reconheçamo-nos como irmãos e caminhemos juntos. O Senhor nos abençoe. E, por favor, peço-vos que rezem por mim. Muito obrigado!”
O programa de cinco dias do Papa na Coreia do Sul esteve concentrado na comunidade católica, que representa 10,7% da população no país.
Papa Francisco diz que lhe restam “2 ou 3 anos” de vida
Francisco tem 77 anos e é um dos mais ativos que já passaram pelo cargo
De maneira inédita, o Papa Francisco conversou com jornalistas sobre sua saúde e perspectiva de vida. Durante coletiva de imprensa que aconteceu no voo de retorno ao Vaticano da viagem à Coreia do Sul, nesta segunda-feira (18), ele disse que tenta observar seus erros e pecados para não ser orgulhoso, já que lhe restam apenas “dois ou três anos de vida”. As informações são do Daily Mail.
Francisco tem 77 anos e, apesar da idade avançada, é um dos mais ativos que já passaram pelo cargo. Na entrevista, ele considerou a possibilidade de se aposentar, caso suas condições de saúde física e mental lhe sirvam como obstáculo para concluir suas ações. No ano passado, o Papa Bento XVI renunciou ao cargo, sendo o primeiro em mais de 600 anos a tomar tal atitude (o último que havia abdicado foi Celestino V, em 1294, por causas políticas). Francisco disse que “há 60 anos, era praticamente impossível um bispo católico se aposentar, mas hoje em dia é comum”.
O Papa argentino teve de retirar um de seus pulmões durante a adolescência por causa de uma infecção grave. Porém, ele contou aos jornalistas nesta segunda-feira, que sofre por doenças de nervos e que, de vez em quando, precisa tratá-los com mate (o chá bastante tomado em seu país de origem). “Uma dessas minhas neuroses é ser muito caseiro”, brincou já que suas últimas férias fora da Argentina foram em 1975, quando visitou uma comunidade jesuíta.
Ainda nesta viagem, ele afirmou que pretende se aproximar dos católicos na China, que, desde a instauração do comunismo, não obedecem à autoridade máxima de sua Igreja e, sim, à supervisão da Administração Estatal para Assuntos Religiosos.
Papa mostra preocupação com a saúde: “Sei que vou durar pouco tempo”
O pontífice já teria falado a pessoas próximas que ficará à frente da Igreja Católica por poucos anos
18/08/2014 | 18h19
O papa Francisco mencionou pela primeira vez publicamente a perspectiva de sua morte ao afirmar que não viverá por muito tempo, e reiterou que não descarta uma possível renúncia.
Durante uma coletiva de imprensa no avião que o levava da Coreia do Sul a Roma, o Papa de 77 anos, em aparente bom estado de saúde, respondeu a perguntas sobre sua popularidade e o efeito desta sobre ele.
– Eu a encaro como uma generosidade do povo de Deus. Interiormente, tento pensar em meus pecados, em meus erros, para não ficar orgulhoso, porque sei que vou durar pouco tempo. Dois ou três anos. E, depois, vou para “a Casa do Pai!” – afirmou, em tom de brincadeira.
Esta é a primeira vez que o pontífice fala da perspectiva de sua morte. Segundo uma fonte do Vaticano, ele teria confiado aos seus íntimos que acha que ficará à frente a Igreja Católica apenas por alguns anos.
Dessa forma, é reavivada a possibilidade de uma renúncia, como a de seu antecessor, Bento XVI, em 2013. A renúncia de um Papa é uma instituição e não mais uma exceção, apesar disso não ser do gosto de alguns teólogos, afirmou Francisco, lembrando que os bispos eméritos (aposentados) eram uma exceção há 60 anos e que agora esta é uma prática habitual.
– Vocês podem me perguntar: se um dia não se sentir capaz de seguir adiante, faria a mesma coisa? Sim. Eu faria a mesma coisa. Bento XVI abriu uma porta, que é institucional – acrescentou.
Indagado sobre suas férias deste ano, o Papa disse que vai passá-las “em casa, na residência de Santa Marta, onde mora”.
– Sempre tiro férias. Então mudo de ritmo. Leio coisas de que gosto, ouço música. Acima de tudo, rezo – explicou, admitindo “sofrer de alguns problemas de nervos que devem ser tratados”.
– Tenho que dar mate a eles todos os dias. Uma de minhas neuroses é que sou muito caseiro (…) A última vez que tirei férias fora de Buenos Aires foi em uma comunidade jesuíta em 1975. *AFP