OS ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA NA ALEMANHA NAZISTA
Por Corrie Schroder
A Alemanha nazista era um lugar horrível para pequenas igrejas denominacionais porque não tinha nenhuma liberdade religiosa. Uma pequena denominação que sobreviveu foi a Adventista do Sétimo Dia. Quando Adolf Hitler subiu ao poder na Alemanha, a denominação dos Adventistas do Sétimo Dia na Alemanha (doravante chamada os adventistas) achava que era o momento para um líder forte na Alemanha. Hitler parecia o melhor candidato por causa de “sua dedicação pessoal e seu abstinência do chá, do café, do álcool e da carne, práticas compartilhadas pelos adventistas; [portanto,] foi recebido como salvador”. [1]
Espero assinalar isto por causa da disposição em transigir, por parte das pessoas decentes na denominação adventista alemã, em relação com os problemas morais que se enumeram mais abaixo, até ao ponto em que chegaram ao fim da Segunda Guerra Mundial.
Terminaram em acordo, perda de integridade pessoal e denominacional, cisma na denominação e dano racial como denominação cristã porque seus membros não puderam se manter fiéis aos princípios de suas crenças. Enlaçaram a denominação com o Estado alemão, renunciando à sua liberdade religiosa numa tentativa por sobreviver por meio de acordos ou pactos. Esta posição de transigir atraiu vergonha sobre a denominação alemã, bem como à denominação mundial, após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Os adventistas evoluíram doutrinariamente a partir do movimento interdenominacional millerista de 1831. Os adventistas crêem na liberdade religiosa, até ao ponto em que a igreja e o Estado devem permanecer separados. Também são objetadores de consciência. Quando aos adventistas se lhes requerem que ingressem na forças armadas, solicitam postos nos quais não têm que portar armas como, por exemplo, o corpo médico. Os adventistas têm 27 crenças fundamentais.
As seguintes quatro crenças fundamentais que se mencionam a seguir são as que correspondem a meu tema:
1. As “Sagradas Escrituras, o Antigo Testamento e o Novo Testamento, são a Palavra de Deus escrita”. [2]
2. A Deidade ou a Trindade: “Há um Deus: o Pai, o Filho, e o Espírito Santo, uma unidade de três Pessoas co-eternas”. [3]
3. Os dons espirituais e os ministérios. “Deus concede a todos os membros de sua igreja em todas as épocas does espirituais que cada membro deve empregar em amoroso ministério para o bem comum da igreja e da humanidade”. [4]
4. A conduta cristã. “Somos chamados a ser pessoas piedosas que pensam, sentem, e atuam em harmonia com os princípios do céu”. [5]
A denominação adventista não se organizou oficialmente senão em 21 de maio de 1863, ainda que o nome tinha sido escolhido em 1860. Nessa época, o movimento incluía 125 igrejas e 3.500 membros. [6] A Igreja Adventista estendeu-se primeiro por toda a América do Norte. Após 1874, a denominação se estendeu por toda Europa. Em 1888, L.R. Conradi se converteu no fundador da Igreja Adventista alemã. Conradi estabeleceu os escritórios principais da Igreja Adventista em Hamburgo, Alemanha, em 1889. [7] Conradi também estabeleceu a primeira escola adventista alemã próximo a Magdeburg, chamada Seminário Missionário Friedensau.
Um adventista na Alemanha tinha muitas dificuldades. As duas principais eram: uma, que seus filhos tinham que assistir à escola nos sábados, que os adventistas consideram como dia de repouso. A segunda, era o serviço militar obrigatório. [8] O recusar enviar aos filhos à escola e não ingressar ao serviço militar eram castigados com o cárcere. O problema com as escolas se resolveu com um arranjo. As autoridades governamentais permitiram aos meninos adventistas estudar suas Bíblias enquanto estavam na escola nos sábados. [9]
O serviço militar apresentava dois problemas: trabalhar aos sábados e portar armas. Estes problemas nunca se resolveram realmente, mas “os examinadores médicos do exército começaram a encontrar toda classe de desculpas para recusar aos recrutas adventistas”. [10] Esta rejeição dos varões adventistas terminou quando começou a Primeira Guerra Mundial. Isto causou um problema dentro da denominação dos adventistas na Alemanha.
O Movimento de Reforma Adventista do Sétimo Dia
O Movimento de Reforma Adventista do Sétimo Dia ocorreu por causa da controvérsia a respeito do serviço militar. Durante a Primeira Guerra Mundial, as igrejas adventistas alemãs pertenciam a diferentes uniões, do norte, do sul, do leste e do oeste, mas todas estavam sob a guia e o controle da Divisão Européia. Os escritórios principais da Divisão Européia estavam situados em Hamburgo, Alemanha. O problema principal era que a maioria dos membros que serviam como dirigentes da divisão vivia fora da Alemanha e que, por causa da guerra, as viagens e as comunicações eram difíceis. [11]
Com o começo da guerra e a mobilização de tropas na Alemanha, os dirigentes adventistas alemães decidiram que “os varões adventistas podiam entrar ao serviço militar e servir como combatentes, e até ignorar a tradicional observância do sábado”. [12] Isto causou grandes problemas dentro da comunidade adventista, porque os adventistas sempre tinham servido nas forças armadas como não-combatentes.
Os militares rasos achavam que o participar na guerra ativamente quebrantava o quarto e o sexto mandamentos bíblicos. [13] O quarto mandamento diz: “Lembra-te do sétimo dia para o santificar”.
Quando se entra para o serviço militar, a observância do quarto mandamento já não é uma prioridade porque as partes em guerra não têm em conta em que dia o fazem. O sexto mandamento diz: “Não matarás”. Se alguém desempenha o papel de combatente na guerra, é quase impossível não matar a ninguém.
Durante a Guerra Civil norte-americana em 1864, os adventistas declararam:
“A denominação cristão chamada Adventistas do Sétimo Dia, tendo a Bíblia como regra de fé e prática, crêem unanimemente que os ensinos da Bíblia são contrários ao espírito e a prática da guerra; por esta razão, sempre se opuseram a portar armas por razões de consciência”. [14]
Mas, durante a Primeira Guerra Mundial, os adventistas alemães opuseram-se à Conferência Geral e decidiram ser combatentes em vez de permanecer como não-combatentes. Isto fez que um pequeno grupo de Adventistas se separasse do grupo principal da Igreja Adventista alemã. Esta pequena seita se autodenominou Movimento de Reforma Adventista (chamados doravante os reformistas). Os reformistas achavam que estavam permanecendo “fiéis à lei de Deus ao sustentar a posição original, como se tinha ensinado e praticado até esse momento”. [15]
Estavam permanecendo fiéis porque se recusaram ser combatentes durante a Primeira Guerra Mundial. Para os reformistas, era aceitável ingressar para as forças armadas como não-combatentes, mas ingressar como combatentes ia contra a lei de Deus e as doutrinas da Igreja Adventista.
Após a Primeira Guerra Mundial, os dirigentes adventistas alemães reconheceram que se tinham equivocado ao dizer que ingressar no exército como combatente não ia contra a lei de Deus. Durante a reunião da Divisão Européia, em Gland, Suíça, em 2 de janeiro de 1923, os dirigentes adventistas alemães, para demonstrar que criam no papel de não-combatente, declararam que estavam em completa “harmonia com os ensinos gerais de seus irmãos dessa denominação no mundo inteiro”. Mas, esta declaração ficou debilitada pelo pronunciamento adicional, que dizia: “Concedemos a cada um de nossos membros da igreja absoluta liberdade para servir a seu país, em todo momento e lugar, de acordo com os ditames de sua pessoal convicção de consciência”. [16]
Os dirigentes adventistas alemães disseram à Conferência Geral que eles estavam errados em sua política durante a Primeira Guerra Mundial. Tinham reconhecido seu erro e estavam novamente em “harmonia” com os ensinamentos e doutrinas da denominação adventista. Mas, achavam que seus membros tinham direito de escolher seu próprio caminho. O que isto significava era que os dirigentes alemães achavam que os adventistas deviam continuar sendo não-combatentes, mas achavam que seus membros podiam decidir por sua conta ser combatentes ou não. Esta declaração causaria problemas no futuro.
Após esta reunião, havia ainda uma brecha entre os Adventistas do Sétimo Dia e o Movimento de Reforma Adventista, uma brecha que era necessário fechar. L. R. Conradi, presidente da Divisão Européia, tratou de justificar as ações dos adventistas alemães explicando que a Conferência Geral tinha “dado uma aprovação tácita aos adventistas alemães”. [17] Esta aprovação tácita era a de permitir que os adventistas alemães trabalhassem nos sábados e portassem armas.
Esta explicação só piorou as coisas entre os adventistas e os reformistas. Pouco depois da Primeira Guerra Mundial, a Conferência Geral enviou uma delegação, encabeçada por A. G. Daniells, para que tratasse de fechar a brecha entre os adventistas e os reformistas. Daniells disse que os “dirigentes [adventistas] da igreja tinham estado errados, mas também criticou aos reformistas por ter estabelecido uma organização separada e utilizar táticas confusas para promover seus pontos de vista”. [18]
Ao final, os reformistas foram desfraternizados da Igreja Adventista do Sétimo Dia. [19] Os reformistas decidiram criar sua própria igreja, a qual “recusava participar em todo serviço militar e fazia questão de uma rígida observância do sábado”, [20] e “continuaria com os ensinos e práticas originais da Igreja Adventista do Sétimo Dia”. [21]
Os reformistas já não achavam que fora aceitável ser não-combatente em tempo de guerra. Achavam que os adventistas já não seguiam os ensinos originais da igreja. Em Gotha, Alemanha, nos dias 14 a 20 de julho, de 1925, “o Movimento de Reforma ASD organizou-se pela primeira vez oficialmente como uma Conferência Geral, quando se redigiram os ‘princípios da fé e o ordem eclesiástico’ e se adotoram o nome de Movimento de Reforma Adventista do Sétimo Dia”. [22]
Apoio a Hitler
Do povo adventista de Friedensau, Alemanha, cerca de 99,9% votou a favor do Estado Parlamentar Nazista. Ainda que os adventistas queriam um Führer forte e apoiavam a Hitler, esse apoio variava. A razão disso eram as contradições de Hitler sobre a liberdade religiosa. O secretário departamental da Conferência da União alemã, M. Busch, apoiava a Hitler e “com aprovação citava a afirmação de Hitler em Mein Kampf de que ‘para o Führer político, todos os ensinos religiosos e todos os arranjos são intocáveis’”. [23]
Os adventistas achavam que Hitler estava a favor da liberdade religiosa, enquanto o partido nazista apoiava o cristianismo positivo sem se atar a nenhuma confissão em particular. [24] Este era um problema debatível entre os grupos cristãos porque ninguém sabia o que significava o cristianismo “positivo”. Este problema nunca se resolveu e a contradição permaneceu. Quando Hitler se converteu em ditador da Alemanha, terminou a discussão da contradição e, muito cedo, os grupos cristãos saberiam que queria dizer Hitler com de cristianismo “positivo”.
Em 26 de novembro de 1933, o Estado Nazista proibiu as igrejas denominacionais pequenas. Entre as igrejas proibidas estava a Igreja Adventista. Os adventistas decidiram procurar conselho legal sobre que fazer a respeito da proibição e, a duas semanas, a proibição foi suspensa para a denominação adventista. [25] Após isto, decidiu-se na denominação que cristianismo “positivo” significava apoio ao Estado Nazista.
Para demonstrar seu apoio ao Estado Nazista, os adventistas enviaram uma carta ao “Ministério Nazista do Interior e um memorandum oficial a respeito dos ensinos adventistas, organizações da igreja, atividades sociais e a atitude em relação às autoridades governamentais”. [26]
Os adventistas também informaram ao ministério do interior que os “membros da igreja tinham ‘atitudes alemãs’”. [27] Assinalando que as suspeitas e a preocupação do governo deveriam se dirigir a um “grupo cismático rival, o Movimento de Reforma Adventista, cujas atitudes, insistia a Igreja Aadventista do Sétimo Dia, estavam longe de ser ‘alemãs’”. [28] Parece que os adventistas estavam mais interessados em ter atitudes alemãs que em ter atitudes adventistas.
Foi por causa desta carta que o governo nazista fixou as atenções na denominação Movimento de Reforma Adventista. Ao tratar de se distanciar dos reformistas, a Igreja Adventista do Sétimo Dia conduziu o governo nazista até aqueles. As autoridades governamentais pesquisaram aos reformistas e decidiram que tinham pontos de vista diferentes dos declarados pela denominação Adventistas do Sétimo Dia, que eram aceitáveis. [29] Então os reformistas foram proscritos em 29 de abril de 1936. [30]
Os Adventistas do Sétimo Dia crêem na liberdade religiosa, mas, em vez de proclamar que se sentiam ultrajados pela perseguição contra os reformistas e os judeus, os dirigentes da Igreja Adventista do Sétimo Dia decidiram tomar ações contra estes dois grupos. Os dirigentes adventistas “geraram instruções para evitar que os reformistas ingressassem à Igreja Adventista”. [31] E expulsaram da igreja aos adventistas que tinham antecedentes judeus. [32]
Os adventistas não estavam dispostos nem sequer a proteger a seus próprios membros e achavam que as autoridades governamentais nazistas o desaprovariam. O estado pôde controlar a igreja porque não tinha liberdade religiosa. Com isto não queremos dizer que os adventistas individuais não ajudaram aos judeus ou a outros indesejáveis. Alguns adventistas foram notáveis “pela ajuda particular e individual que deram aos judeus, porque não só os judeus conversos foram cuidados e ocultados, como o foram em alguns outros círculos sectários e eclesiásticos, senão que os adventistas também ajudaram a judeus não batizados com os quais os adventistas entravam em contato por acaso”. [33]
Em 1935, foram proibidos os privilégios de que desfrutavam os adventistas, como a observância do sábado, a venda de literatura religiosa, a transferência de dinheiro necessário para a obra missionária e certas publicações. [34]
Isto fez com que os adventistas alemães reconsiderassem sua posição sobre a liberdade religiosa de manter separados à igreja e ao estado. Sabiam que a Alemanha nazista projetava uma má imagem no exterior por causa da maneira com que tratava às pequenas igrejas denominacionais cujos escritórios principais estavam nos Estados Unidos.
Se as denominações menores estavam dispostas a melhorar a imagem nazista no exterior, o governo nazista estava disposto a ser um pouco indulgente com essas denominações. Este foi o ponto de partida para que a denominação dos adventistas alemães sacrificasse a integridade e os princípios denominacionais básicos. A denominação “trabalhou com as autoridades alemãs para cultivar uma melhor imagem da Alemanha nazista nos Estados Unidos, a fim de obter um melhor tratamento em seu país”. [35] Isto se conseguiu por meio do programa adventista de assistência social.
O sistema de assistência social adventista do Sétimo Dia era considerado o melhor na Alemanha. Sua organização da assistência social fez com que os adventistas se sobressaíssem. Por meio de seu sistema de assistência social, a Igreja Adventista pôde demonstrar seus “princípios cristãos e sua patriótica lealdade ao Estado”. [36]
O governo nazista ficou satisfeito com a obra que os Adventistas estavam desenvolvendo, mas não com a linguagem. Em vez da palavra “cristão”, usou-se a palavra “heróico”. [37] O SISTEMA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL ADVENTISTA FOI INCORPORADO AO ESTATAL DEPARTAMENTO DE BEM-ESTAR SOCIAL DO POVO NACIONAL SOCIALISTA. A incorporação se opunha a sua crença de que a igreja e o estado devem permanecer separados.
Os adventistas alemães receberam de bom grado a incorporação de seu sistema de assistência social. Achavam que poderiam fazer mais coisas e ajudar a mais pessoas. Mas, com a incorporação, os adventistas tinham que obedecer às leis do Estado, as quais prescreviam que não deviam receber ajuda nem judeus, nem anti-sociais, nem indesejáveis. [38] Por sua própria conta, os adventistas acrescentaram que nenhum membro do Movimento Adventista de Reforma receberia ajuda. [39]
Os adventistas não estavam ajudando a mais pessoas. De fato, estavam discriminando às pessoas que mais precisavam de sua ajuda. Junto com os programas de assistência dos adventistas, as reformas de saúde e a higiene racial converteram-se em importantes. (grifos nossos).
Os Adventistas achavam que, junto com seu programa de assistência social, seus ideais de saúde estavam a preparar o caminho para uma nova Alemanha. Adolf Minck, que cedo seria presidente da Igreja Adventista alemã, disse: “Não estamos desapercebidos para a nova ordem. Após tudo, ajudamos a preparar o caminho para ele e auxiliado em cria-lo”. [40]
O problema com o apoio ao governo nazista em seu programa de saúde era que as autoridades nazistas acreditavam nos princípios do darwinismo. A posição denominacional adventista se opunha aos princípios darwinistas. Os Adventistas alemães sacrificaram este princípio em favor do governo nazista.
Para se ganhar o favor do governo nazista, os Adventistas mudaram o que estava escrito em suas publicações e reformaram sua mensagem sobre a saúde. Os Adventistas “com freqüência imprimiam comentários negativos sobre os judeus”. [41] Também trataram de demonstrar que, ainda que os ensinos Adventistas sobre o sábado parecessem judaicos, eles não eram judeus. [42] Os adventistas também acreditavam no programa de esterilização.
Algumas declarações diretas e a reimpressão de artigos não adventistas demonstrava seu apoio à esterilização. [43] Os mentalmente débeis, os esquizofrênicos, os epilépticos, os cegos, os surdos, os paralíticos, os alcoólicos, os dependentes químicos – todos deviam ser esterilizados. “Esta lei” – disse um artigo na publicação adventista Jugend-Leitstern – “é um grande progresso no melhoramento de nosso povo”. [44]
A posição dos Adventistas alemães mudou de “caritas”, o cuidado dos menos afortunados e dos débeis, para a eliminação dos débeis, como a obra de Deus. Seu forte braço direito tinha levado os Adventistas alemães a uma posição “volkisch”. [45]
Os adventistas tinham criado “um sistema de assistência social bem organizado e eficiente, que parecia adaptar-se bem ao trabalho com as autoridades estatais”. [46] Este sistema permitiu que Hulda Jost fosse reconhecida pelo regime nazista.
Hulda Jost era diretora de assistência social adventista e chefe da Associação de Enfermeiras Adventistas. Esta associação manejava vários asilos e proporcionava pessoal para numerosos hospitais na Alemanha. [47] Desta posição, ela podia estabelecer contatos dentro do governo nazista e fora da Europa. Também era um grande apoio para Hitler e seu regime.
Por causa de seus contatos, Hulda pôde ajudar para que a denominação Adventista sobrevivesse durante os primeiros anos. Isto também a converteu no melhor candidato para viajar aos Estados Unidos e falar em nome do governo nazista.
A viagem de Hulda Jost aos Estados Unidos foi planejada para 1936 porque a sessão quadrienal da Conferência Geral teria lugar em San Francisco. O escritório principal Adventista, em Washington, D. C. enviou-lhe um convite. Seu itinerário foi planejado entre o escritório principal Adventista e o Ministério Alemão de Ilustração Pública e Propaganda. Jost chegou com vários meses de antecedência para viajar por todos os Estados Unidos e falar sobre os serviços de assistência social alemães. [48]
Uma vez nos Estados Unidos, Jost se reuniu com J. L. McElhany, vice-presidente da Conferência Geral, e seu intérprete, Louise C. Klauser. Jost também teve uma reunião na embaixada alemã, onde se lhe disse que evitasse as controvérsias políticas e que falasse somente sobre os lucros no setor de serviço social. [49] Jost falou dos progressos da Alemanha sob Hitler a organizações Adventistas e de outras classes.
Não foi senão até abril quando surgiram problemas por causa das conferências de Jost. Os problemas começaram sobre uma reunião com uma organização pró-nazista chamada Amigos da Nova Alemanha, que o cônsul alemão tinha estabelecido. O Chicago Daily News publicou uma reportagem sobre Jost sob o título “Hitler não quer a guerra, diz líder”. [50] No artigo, ela é citada dizendo que Hitler não queria a guerra e que os alemães estavam rearmando-se porque temiam a Rússia. Quando se lhe perguntou pelos judeus, Jost disse: “Hitler apenas quis tirar a liderança aos judeus, mas não lhes quer fazer dano”. [51] Este foi o princípio dos problemas que a Conferência Geral teve com Jost.
Os problemas aumentaram enquanto ela esteve em Denver, porque Jost se tinha distanciado de muitos de seus ouvintes durante uma conferência ao falar muito de Hitler e a questão judia. [52] Aos dirigentes Adventistas parecia que Jost estava fazendo discursos propagandísticos sobre Hitler e seu regime. Já não dirigia sua atenção aos Adventistas nem ao sistema de assistência social na Alemanha.
Quando ainda estava em Denver, Jost foi chamada à parte e o administrador sanitário de Boulder lhe pediu que limitasse sua conferência ao evangelho porque eles não queriam escutar nenhuma propaganda hitleriana. [53]
Após suas conferências em Denver, a Conferência Geral decidiu que seria uma boa idéia manter a Jost com uma rédea curta. A Conferência advertiu a cada uma das pessoas com as quais Jost devia entrar em contato para suas conferências. Ainda que a Conferência Geral pensasse que Jost se havia convertido numa desvantagem para o final de suas conferências nos Estados Unidos, o propósito de sua missão se havia cumprido. Essa missão era “corrigir a imagem distorcida da Alemanha”. [54]
Jost e os dirigentes Adventistas alemães achavam que tinham cumprido com seu dever nos Estados Unidos e esperavam que o governo nazista fosse mais indulgente com a denominação Adventista. Mas, enquanto eles estavam nos Estados Unidos, o governo alemão aprovou um novo decreto dispondo que todos os meninos em idade escolar assistissem a aulas nos sábados e que aos meninos adventistas já não se lhes permitia estudar suas Bíblias em classe. [55] Tinha também soldados que tinham dificuldades para guardar no sábado. [56]
Jost escreveu uma carta aos oficiais superiores que conhecia queixando-se deste novo decreto. Ela falou de como os adventistas estiveram apoiando o governo nazista e da obra que ela estava fazendo nos Estados Unidos para melhorar a imagem do governo nazista. Joseph Goebbels até escreveu uma carta por sua própria conta ao Ministério de Igrejas do Reich, mas o decreto não foi revogado. [57] Este foi um caso no qual as conexões de Hulda e a viagem a Estados Unidos não ajudaram aos Adventistas. Mas há outros casos que mostram que era útil ter um aliado poderoso.
Um caso assim foi o da investigação que a Gestapo conduziu a respeito de algumas enfermeiras que pertenciam à Associação de Enfermeiras Adventistas e que tinham sido despedidas porque eram consideradas politicamente indignas de confiança. [58] Jost se molestou pelas dispensas e não achava que o relatório da Gestapo fosse correto, assim, logo pediu a seus amigos do Ministério de Propaganda que o examinassem. O relatório do Ministério de Propaganda concluiu que as enfermeiras eram “politicamente sem culpa”.
Outro exemplo das conexões de Jost ocorreu em 1937, quando um amigo no Ministério de Igrejas – que tinha um contato na Gestapo – advertiu a ela a respeito dos planos para dissolver a denominação Adventista. [59] Com a ajuda de seus amigos, Jost pôde colocar-se em contato com oficiais superiores na Gestapo e deter o esforço para dissolver a denominação Adventista. [60]
Em março de 1938, Hulda Jost faleceu. Jost achava que tinha ajudado a denominação Adventista a sobreviver durante os primeiros anos do regime de Hitler. Jost sabia que tinha mentido enquanto esteve nos Estados Unidos, quando disse que “as autoridades nazistas respeitavam a liberdade de consciência, como questão de princípios, e que sua igreja desfrutava de completa liberdade religiosa”. [61] Mas ela achava que todos seus esforços e concessões ao regime nazista livrariam à denominação do fustigamento da Gestapo.
Por causa das conexões e ações de Jost, a denominação Adventista já não estava separada do Estado. Os Adventistas crêem na separação entre a igreja e o estado, mas Jost se opunha a este princípio. Ainda com todas as concessões feitas nos primeiros anos, os Adventistas não tinham nenhuma segurança de parte do governo nazista. Sacrificaram um princípio fundamental, separação entre a igreja e o estado, para nada. Sem segurança da parte do regime nazista, os Adventistas continuaram fazendo concessões ao regime.
A Segunda Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial começou quando Hitler invadiu a Polônia em 1º de setembro de 1939. No ano anterior, os Adventistas tinham começado a eliminar “palavras judias” de sua denominação. As palavras Escola Sabatina já não eram permitidas e foram substituídas pelas palavras Escola Bíblica. [62]
Outra palavra que já não se permitia era “sábado”, que foi substituída pelas palavras “dia de repouso”. [63] Quando irrompeu a Segunda Guerra Mundial, o governo nazista emitiu uma ordem impedindo que os pastores recebessem ofertas na igreja ou de casa em casa. [64] Tinha uma evasiva nesta ordem, segundo a qual era permitido aos pastores “exigir quotas a seus membros”. [65] Isto permitiu aos pastores de pequenas denominações e às igrejas sobreviver no princípio da guerra.
Os Adventistas na Alemanha continuavam crendo em Hitler e no seu regime. As publicações no final da década de 1930 falavam de como Hitler estava fortalecendo a Alemanha e recuperando os territórios que uma vez tinham pertencido a Alemanha. Achavam que Deus mesmo estava a dirigir esta guerra e que os leitores das publicações Adventistas podiam consolar-se com isso. [66]
Michael Budnick, presidente da União da Alemanha Oriental, informou aos outros presidentes de conferência que Adolf Minck tinha sido citado pela Gestapo e que esta tinha informado-lhe que não trabalhar no sábado era uma conduta inaceitável. [67]
Os líderes da igreja achavam que, para que a denominação adventista sobrevivesse, era necessário dar instruções a seus pastores numa circular, em 30 de abril de 1940, dizendo que “em guerra total só pode haver completa entrega e completo sacrifício”. [68] O problema com a guerra total era que os dirigentes da igreja não queriam outro cisma na denominação como o que tinha ocorrido durante a Primeira Guerra Mundial. Para impedir isto, a circular também dizia aos pastores que instruíssem a seus membros a respeito de seus deveres segundo as Escrituras. [69]
Uma das crenças fundamentais dos Adventistas é que as Sagradas Escrituras são a Palavra de Deus. O documento dizia que, baseando-se na Bíblia, os membros da igreja deviam submeter-se às forças armadas, porque “Deus tinha ordenado: ‘Submetei-vos a toda autoridade por amor ao Senhor’” [70], que era uma citação de 2 Pedro. Junto com 2 Pedro, os Adventistas alemães usaram Romanos 13 para justificar seu continuado apoio a Hitler e seu regime. Romanos 13 trata da submissão às autoridades governamentais.
O presidente da Conferência da Alemanha Oriental, W. Mueller, foi citado dizendo:
“Sob nenhuma circunstância nenhum adventista tem direito de resistir ao governo, ainda que o governo lhe impeça exercer sua fé. A resistência seria desafortunada porque marcaria aos Adventistas como opositores ao novo Estado, uma situação que tinham que evitar”. [71]
Isto mostra que os dirigentes alemães não queriam resistir ao governo nazista. Não queriam ser vistos como opositores do governo nazista. Era importante para os dirigentes não causarem problemas ao governo nazista. Ainda que as políticas nazistas se opusessem às crenças denominacionais.
Os dirigentes adventistas alemães ignoravam ou esqueciam o fato de que se supunha que eles se submetessem primeiro a Deus e a sua autoridade antes de se submeter a uma autoridade terrenal.
A circular parecia ter funcionado, porque em 1940 o governo emitiu um relatório mencionando por nome as seitas religiosas às quais se lhes permitiria continuar trabalhando em paz porque se tinham limitado a ensinos religiosos. Os Adventistas do Sétimo Dia era uma das seitas mencionadas. [72]
Isto ainda não fez aos Adventistas se sentirem seguros e continuaram fazendo concessões ao regime nazista.
Em 1941, o governo alemão uma vez mais proscreveu a denominação Adventistas do Sétimo Dia, mas só em certos distritos do leste. [73] Estes distritos eram Silesia, Danzig, e Baixa Silesia. Isto causou alguma celeuma nas comunidades adventistas, mas não tinha nada que se pudesse fazer para rescindir a proibição.
Para seguir tendo reuniões, os Adventistas se reuniam em privado nos lares dos membros. [74] O S. D. notou que os Adventistas nestes distritos não prestavam atenção à proibição, mas se tomaram poucas ações contra os Adventistas. [75]
Os Adventistas alemães continuaram apoiando a Hitler e a seu regime até ao fim da Segunda Guerra Mundial. Os Adventistas serviram lealmente nas forças armadas, mas a maioria deles o fez como combatentes e escalaram posições dentro das fileiras. [76] Isto se opunha à crença denominacional de que, se os adventistas participam na guerra, deve ser em posições não-combatentes.
Os dirigentes da Igreja asseguravam: “Os pastores e os membros de nossa igreja permanecem leais a seu povo e a sua pátria, bem como aos dirigentes, e estão prontos a sacrificar sua vida e suas posses”. [77] Estavam dispostos a sacrificar suas vidas e suas posses pela pátria, mas não estavam dispostos a fazer o mesmo por suas crenças religiosas.
As políticas religiosas do regime nazista se opunham ao que os Adventistas crêem, mas os Adventistas não fizeram pública sua preocupação. Ademais, não fizeram públicas suas objeções sobre não haver liberdade religiosa na Alemanha nazista. Os Adventistas alemães podem ter servido lealmente a sua pátria, mas não serviram lealmente à denominação Adventista do Sétimo Dia.
Após a guerra
Os adventistas alemães continuaram achando que tinham praticado o correto ao fazer concessões ao governo nazista. A sobrevivência da igreja era o mais importante para os dirigentes Adventistas alemães e, para sobreviver, precisavam fazer concessões.
Só em maio de 1948 a Conferência Geral lançou uma vista mais de perto às ações dos Adventistas alemães durante o regime nazista. A razão pela qual a Conferência Geral se interessasse foi uma carta escrita pelo major J. C. Thompson, chefe da Seção de Assuntos Religiosos do Governo Militar Norte Americano em Berlim. [78]
A CARTA DESEJAVA SABER POR QUE OS ADVENTISTAS NÃO TINHAM REMOVIDO A TODOS OS NAZISTAS DE SUAS POSIÇÕES RELIGIOSAS DENTRO DA DENOMINAÇÃO. [79] Ademais, a carta comparava aos adventistas com os católicos, dizendo que os católicos não tiveram que tirar a muitas pessoas por causa de sua forte oposição ao regime nazista. Não tinha havido oposição de parte dos Adventistas.
Os dirigentes Adventistas alemães se molestaram com a Conferência Geral por ter ordenado aos membros que renunciassem a suas posições porque tinham ingressado numa uma organização nazista. Para sobreviver na Alemanha nazista, argüiram, a pessoa deveria ingressar em organizações nazistas.
Os dirigentes alemães achavam que a Conferência Geral não tinha nenhum direito de pronunciar julgamento sobre eles por suas ações durante o regime nazista. Estavam especialmente incomodados porque a Conferência Geral tinha “adotado e feito cumprir uma política que impedia a publicação de qualquer comentário sobre o nazismo ou ainda do fascismo”, [80] para ajudar aos Adventistas alemães.
Aos Adventistas alemães não gostavam do fato de que eram considerados culpados quando a Conferência Geral lhes estava ajudando na sobrevivência.
A Conferência Geral se alarmara em 1939, quando calcularam que 10% dos Adventistas alemães estavam trabalhando no sábado. [81] O sábado é uma das coisas que definem à Igreja Adventista. Com o começo da Segunda Guerra Mundial, não tinha nada que a Conferência Geral ou os adventistas alemães pudessem fazer. Os Adventistas alemães tinham despachado uma circular dizendo a seus membros que se submetessem à autoridade do governo. Ainda que isto não satisfizesse as exigências do governo, foi usado como evidência no caso da Conferência Geral contra os Adventistas alemães. [82]
Havia várias discrepâncias que a Conferência Geral tinha com as ações dos dirigentes Adventistas alemães. A membresia numa organização nazista era preocupante, mas não o mais preocupante. A maior preocupação da Conferência Geral era que “a denominação se tinha extraviado em sua tentativa por se ajustar às exigências do Estado nazista”. [83]
A erosão da observância do sábado na Alemanha levou a Conferência Geral a aprovar uma resolução em 1946 sobre “A fidelidade e a observância do sábado”. [84] Os Adventistas alemães ainda não estavam dispostos a admitir que se tinham equivocado. Ainda achavam que o que tinham feito era bom, porque tinha permitido a sobrevivência da denominação. Os dirigentes alemães não achavam que tinham comprometido nenhum princípio bíblico. [85]
O presidente da Igreja Adventista alemã, Adolf Minck, escreveu ao presidente da Conferência Geral, J. L. McElhany, dizendo que eles tinham obedecido a lei de Deus e os Dez Mandamentos. Também disse que eles “poderiam ter vivido o único e o outro mandamento de maneira um pouco diferente que em tempos de paz.
Mas esses mandamentos continuaram sendo santos para nós”. [86] Esta classe de raciocínio dos dirigentes Adventistas alemães tornava difícil para a Conferência Geral demonstrar que o que eles tinham feito era errôneo. Os dirigentes Adventistas alemães interpretaram as Escrituras para adaptá-las a sua situação. Achavam que o fato de trabalhar no sábado não significava que não o tinham santificado. Achavam que “as Escrituras e Jesus ensinavam claramente que a aplicação da lei, antes que absoluta, dependia das circunstâncias”. [87]
Suas circunstâncias eram ou trabalhar no sábado ou ir ao cárcere. Esta não era uma opção viável para os dirigentes Adventistas alemães. Os dirigentes Adventistas alemães nunca reconheceram que tinham cometido nenhum erro. Ia contra seu orgulho nacional e sua continuada racionalização de suas ações durante o regime nazista. [88]
Em conclusão, os Adventistas alemães conectaram a denominação Adventista com o Estado alemão, o qual se opunha a sua crença da separação entre a igreja e o estado. Fizeram isto ao permitir ao governo nazista assumir o controle do programa Adventista de assistência social e ditar suas políticas.
Supunha-se que os adventistas ajudariam aos necessitados, mas, em seu lugar, discriminaram aos grupos que mais precisavam sua ajuda. Recusaram ajudar aos judeus, os indesejáveis e os reformistas porque isto ter-lhes-ia causado problemas com o regime nazista. Os Adventistas defenderam o regime nazista e mentiram ao dizer que no regime permitia liberdade religiosa.
Em vez de falar contra o regime nazista e seu tratamento dos judeus, os Adventistas permaneceram em silêncio. Permaneceram em silêncio para se protegerem. Os Adventistas também trabalhavam e enviavam seus filhos à escola no sábado.
Santificar o sábado é uma das crenças que fazem diferentes aos Adventistas. Este é um dos princípios fundamentais dos Adventistas e, quando as coisas se tornaram difíceis, voluntariamente sacrificaram este princípio. Os Adventistas alemães voluntariamente foram combatentes durante a Segunda Guerra Mundial.
A denominação Adventista entende que os governos têm direito a recrutar pessoas em tempo de guerra, mas os Adventistas sempre recusaram posições combatentes. Os Adventistas alemães opuseram-se a esta política e, voluntariamente, aceitaram posições combatentes.
Os Adventistas reformistas não estavam dispostos a sacrificar este princípio e foram enviados a campos de concentração ou executados. Para sobreviver, os Adventistas alemães sacrificaram os modelos e princípios que os faziam Adventistas.
Os dirigentes Adventistas alemães disseram que tiveram que fazer as concessões para salvar à igreja. São os modelos, os princípios, as crenças e a integridade os que constituem a igreja.
O sacrifício dos modelos, dos princípios e da integridade da igreja não salvou à igreja. Debilitou-a. Demonstrou-se até onde, para se salvar, estavam dispostos a ir os Adventistas alemães contra o que criam e ensinavam.
Penso que os dirigentes Adventistas alemães fizeram estes sacrifícios para se salvarem a si mesmos, não para salvar à igreja. Se tivessem desejado salvar à Igreja Adventista, os dirigentes alemães não teriam comprometido a integridade da igreja nem corrido contra as crenças da igreja. Sempre é mais fácil fazer concessões que conservar a integridade.
NOTAS: _________________
[1] Christine E. King, The Nazista State and the New Religions: Five Case Studies in Non-Confirmity, (New York: Edwin Mellen Press, 1982), 92. http://www.triangoloviola.it/kingcap7.html
[2] Seventh-day Adventists Believe… A Biblical Exposition of 27 Fundamental Doctrines, Ministerial Association Geral Conference of Seventh-day Adventists, (Maryland: Review and Herald, 1988), 4. http://www.adventist.org/beliefs/
[3] Seventh-day Adventists Believe, 16.
[4] Seventh-day Adventists Believe, 206.
[5] Seventh-day Adventists Believe, 278.
[6] “Our History”, http://www.adventist.org/history/ (24 February 2002).
[7] Richard W. Schwarz and Floyd Greenleaf, Light Bearers: A History of the Seventh-day Adventist Church, (Nampa: Pacific Press, 2000), 212-213.
[8] Schwarz, and Greenleaf, Light Bearers, 213.
[9] Schwarz, and Greenleaf, Light Bearers, 213.
[10] Schwarz, and Greenleaf, Light Bearers, 213.
[11] Seventh-day Adentist Encyclopedia M-Z, ed. Dom F. Neufeld, (Maryland: Review and Herald, 1996), 592.
[12] Schwarz, and Greenleaf, Light Bearers, 620.
[13] King, The Nazista State and the New Religions, 110.
[14] Citado de F. M. Wilcox, Seventh-day Adventists in Time of War, p. 58. “Origin of the Seventh-day Adventist Reform Movement, (6 de fevereiro de 2002).
[15] “Origin of the Seventh-day Adventist Reform Movement”, (6 de fevereiro de 2002).
[16] Erwin Sicher, “Seventh-day Adventist Publications and The Nazista Temptation”, Spectrum 8 (Março de 1977), 12.
[17] Schwarz, and Greenleaf, Light Bearers, 620.
[18] Schwarz, and Greenleaf, Light Bearers, 620.
[19] Schwarz, and Greenleaf, Light Bearers, 620.
[20] King, The Nazista State and the NewReligions , 110.
[21] “Origin of the Seventh-day Adventist Movement”, (6 de fevereiro de 2002).
[22] SDARM Good Way Séries-Study 13- The SDA Reform Movement Origin (14 February 2002).
[23] Sicher, “Seventh-day Adventist Publications and The Nazista Temptation”, 14.
[24] Sicher, “Seventh-day Adventist Publications and The Nazista Temptation”, 14.
[25] King, The Nazista State and the New Religions , 96.
[26] Sicher, “Seventh-day Adventist Publications and The Nazista Temptation”, 15.
[27] King, The Nazista State and the New Religions , 96.
[28] King, The Nazista State and the New Religions , 96.
[29] King, The Nazista State and the New Religions , 110.
[30] Hans Fleschutz, ed., And Follow Their Faith!, (Denver: International Missionary Society), 19.
[31] Roland Blaich, “Divided Loyalties: American and German Seventh-day Adventists and the Second World War”, Spectrum 30 (Winter 2003), 44.
[32] Zdravko Plantak, The Silent Church: Human Rights and Adventist Social Ethics, (New York: St. Martin´s Press, 1998), 20.
[33] King, The Nazista State and the NewReligions , 101-2.
[34] Roland Blaich, “Selling Nazista Germany Abroad: The Case of Hulda Jost”, Journal of Church and State, vol. 35, number 4, Autumn 1993, (United States: J. M. Dawson Institute), 808.
[35] Blaich, “Selling Nazista Germany Abroad”, 807.
[36] King, The Nazista State and the New Religions , 105.
[37] King, The Nazista State and the New Religions , 105.
[38] King, The Nazista State and the New Religions , 105.
[39] King, The Nazista State and the New Religions , 105.
[40] Adolf Minck, “Reformation”, Jugend-Leitstern, (April 1993), quoted by: Roland Blaich, “Health Reform and Race Hygiene: Adventists and the Biomedical Vision of the Third Reich”, Church History, Vol. 65, (Pennsylvania: Science Press, 1996), 427.
[41] Sicher, “Seventh-day Adventist Publications and the Nazista Temptation”, 16.
[42] Sicher, “Seventh-day Adventist Publications and the Nazista Temptation”, 16.
[43] Sicher, “Seventh-day Adventist Publications and the Nazista Temptation”, 19.
[44] R. Sulzmann, “Erbkrank”, Gegenwarts-Frage, vol. 9, nr. 1, 1934, p. 8, quoted by: Sicher, “Seventh-day Adventist Publications and the Nazista Temptation”, 19.
[45] Blaich, “Health Reform and Race Hygiene”, 437.
[46] Blaich, “Health Reform and Race Hygiene”, 427.
[47] Blaich, “Health Reform and Race Hygiene”, 427.
[48] Blaich, “Selling Nazista Germany Abroad”, 809.
[49] Blaich, “Selling Nazista Germany Abroad”, 810.
[50] Blaich, “Selling Nazista Germany Abroad”, 811.
[51] Blaich, “Selling Nazista Germany Abroad”, 811.
[52] Blaich, “Selling Nazista Germany Abroad”, 811.
[53] Blaich, “Selling Nazista Germany Abroad”, 812.
[54] Blaich, “Selling Nazista Germany Abroad”, 820.
[55] Blaich, “Selling Nazista Germany Abroad”, 820.
[56] Blaich, “Selling Nazista Germany Abroad”, 820.
[57] Blaich, “Selling Nazista Germany Abroad”, 821.
[58] Blaich, “Selling Nazista Germany Abroad”, 823.
[59] Blaich, “Selling Nazista Germany Abroad”, 824.
[60] Blaich, “Selling Nazista Germany Abroad”, 824.
[61] Blaich, “Selling Nazista Germany Abroad”, 827.
[62] Jack M. Patt, Living in a Time of Trouble: German Adventists Under Nazista Rule”, Spectrum 8 (March 1977), 4.
[63] Patt, “Living in a Time of Trouble”, 4.
[64] Patt, “Living in a Time of Trouble”, 7.
[65] Patt, “Living in a Time of Trouble”, 7.
[66] Blaich, “Divided Loyalties”, 44.
[67] Roland Blaich, “Religion under National Socialism: The Case of the German Adventist Church”, Central European History, vol. 26, number 3, (United States Humanities Press, 1994), 270.
[68] Mr. Blaich não diz de quem é esta citação, mas parece ser de G. W. Schubert ao Comitê da Conferência Geral, Fev. 7, 1937. Ou é da Circular aos Presidentes de Conferência da União Alemã Oriental, Mar. 27, 1940. Blaich, “Divided Loyalties”, 45.
[69] Blaich, “Divided Loyalties”, 45.
[70] Blaich, “Divided Loyalties”, 45.
[71] “An unsere Gemeindeglieder in Deutschland”, Der Adventbote, vol. 39, nr. 17, August 15, 1933, pp. 1-4. quoted by Sicher, “Seventh-day Adventist Publications and The Nazista Temptation”, 15.
[72] Patt, “Living in a Time of Trouble”, 7.
[73] Blaich, “Divided Loyalties”, 45.
[74] King, The Nazista State and the New Religions , 108.
[75] King, The Nazista State and the New Religions , 108.
[76] Blaich, “Divided Loyalties”, 47.
[77] Blaich, “Divided Loyalties”, 47.
[78] Blaich, “Religion under National Socialism”, 225.
[79] Blaich, “Religion under National Socialism”, 225.
[80] Blaich, “Religion under National Socialism”, 266.
[81] Blaich, “Religion under National Socialism”, 270.
[82] Blaich, “Religion under National Socialism”, 271.
[83] Blaich, “Religion under National Socialism”, 274.
[84] Blaich, “Religion under National Socialism”, 274.
[85] Blaich, “Religion under National Socialism”, 275.
[86] Blaich, “Religion under National Socialism”, 275.
[87] Blaich, “Religion under National Socialism”, 275-6.
[88] Blaich, “Religion under National Socialism”, 280
(Os grifos são nossos).
Fonte em português:
http://adventismoexposto.blogspot.com.br/2007/11/os-adventistas-do-stimo-dia-na-alemanha.html
Fonte em espanhol:
http://www.oocities.org/alfil2_1999/adventistasenalemania2.html
Fonte original, em inglês: http://www.history.ucsb.edu/projects/holocaust/Research/Proseminar/corrieschroder.htm
Veja também:
https://www.andrews.edu/library/car/cardigital/Periodicals/Spectrum/1976-1977_Vol_8/3_March_1977.pdf