Em um novo estudo publicado pelo Public Library of Science (PLOS), investigadores enfatizam que existem provas científicas suficientes em como fragmentos de DNA de alimentos geneticamente modificados carregam genes completos que entram na ‘circulação’ humana através de um mecanismo ainda por identificação.
É interessante ponderar se os cientistas das corporações biotecnológicas já identificaram este mecanismo e esta óbvia contaminação da saúde humana e mesmo assim continuam permitindo a degeneração em larga escala em troca de dinheiro. Por exemplo, numa das amostras de sangue a relativa concentração de DNA vegetal geneticamente alterado era superior ao DNA humano.
Este estudo baseou-se na análise de mais de 1000 amostras humanas de estudos independentes. A PLOS é um jornal científico revisto por seus pares de alto gabarito e respeito científico com uma política aberta, de acesso livre e independente e que cobre a investigação primária de várias disciplinas científicas e medicinais. É bom saber que ainda há estudos credíveis publicados que confirmam as suspeitas de há anos e que são constantemente refutadas por estudos pagos por patrocínio direto ou indireto de corporações.
Quando falamos de alimentos geneticamente modificados, não temos a ideia real dos efeitos a longo prazo sobre a saúde pública e ainda assim é defendido como a panaceia da humanidade. O primeiro spot comercial de vendas de alimentos geneticamente modificados foi há apenas 20 anos (1994).
Não existe forma possível e credível das autoridades sanitárias e científicas testarem todas as possíveis combinações nefastas numa população vasta o suficiente e durante um longo espaço de tempo para que possam afirmar, como o fazem até em aulas de universidade para futuros profissionais, atestando a segurança e ‘inocência’ destes produtos ‘frankenstein’.
O geneticista David Suzuki expressou recentemente a sua preocupação, afirmando que os humanos são parte de uma experiência ilegal em larga escala ao longo da última década e que milhões de pessoas continuam a consumir OGM e transgênicos como se fossem ratos de laboratório em sistema de voluntariado… e pagam por isso!
Avanços na ciência do genoma nos últimos anos revelaram que organismos partilham genes, de alguma forma. Antes disto, era do senso comum, minado pelos cientistas corporativos, que esta partilha genética apenas se dava quando os membros partilhavam a mesma espécie pela reprodução. A genética de hoje já não segue a ideia ‘vertical’ de reprodução e partilha de genes, no entanto isso continua a ser o mais atual para o público e é lecionado nas faculdades e universidades da área.
Hoje os cientistas sabem e comprovam que os genes são partilhados não só pelos membros da mesma espécie, mas também entre espécies diferentes. Claro que isto não quer dizer que possamos cruzar um ser humano com uma maçã para que troquem genes… isso é feito pelas corporações de biotecnologia como a Monsanto! Mas as provas científicas apontam para a constante troca genética entre espécies e que nos dias de hoje, baseados em má ciência de má fé, está a atingir limites fora do aceitável sem respeito pelas limitações biológicas e naturais.
As condições e regras biológicas que se aplicam a um transferência genética vertical, pelo menos que se conheçam, não se aplicam necessariamente à transferência comprovada de forma horizontal e entre espécies. A biotecnologia de hoje baseia-se na presunção que esses princípios governam toda e qualquer interacção genética, conhecimento já revogado há mais de meia dúzia de anos.
Tudo isto deveria, pelo menos, exigir que os OGM e transgênicos sejam sujeitos a muito mais experimentação independente e rigorosa antes de se continuar a distribuir desenfreadamente para o público em geral. Como é possível que as autoridades sanitárias dos vários governos mundiais os aprovem como seguros e aconselhados?! É quase como se nos dissessem que é seguro, e todos acreditássemos sem sequer questionar porque vem de fonte aparentemente segura. Somos uma raça muito crente, mas as coisas têm de mudar… e se não for pela sua liberdade, que seja pela sua saúde!
Uma pequena mutação genética que um humano carregue pode determinar imensas mudanças, na verdade mover um gene, um minúsculo gene, de um organismo para outro estamos a mudar todo um contexto de forma intensa e destruirá talvez. Não existe forma de prever como se vai comportar o organismo e qual será o resultado ao fim de um médio ou longo prazo. Pensamos que desenhamos estas novas formas de vida geneticamente mas é como pegar na orquestra de Toronto para tocar uma sinfonia de Beethoven e depois espalhar uma série de baterias e guitarras elétricas aqui e ali e dizer: toquem! O resultado será estrondosamente diferente.
A publicidade diz que existe uma intenção e uma bondade enorme por detrás do OGM, mas o fato é que é tudo uma questão de dinheiro e poder.
David Suzuki
O Portugal Mundial acredita que essas intenções vão bem mais além do que apenas dinheiro e poder, mas isso é uma outra história bem longa.
Está provado e claro que o DNA de qualquer alimento geneticamente modificado acaba nos tecidos animais e em especial nos laticínios… e as pessoas consomem-nos como se fossem seguros e até bons para a saúde. (4)(5) Existem estudos que mostram que quando humanos ou animais digerem alimentos geneticamente modificados, os genes artificialmente criados transferem informação que alteram o caráter do alimento perante as bactérias benéficas dos intestinos. Investigadores relatam que os micróbios encontrados no intestino delgado de pacientes com ileostomia são capazes de adquirir e acumular sequências de DNA de alimentos geneticamente modificados. (1)Colheitas geneticamente modificadas já infiltraram as rações animais de forma quase irreversível desde 1996, e é já habitual possuírem uma dieta 100% OGM. Os estudos interligam animais com dietas 100% OGM a inflamações de estômago, dificuldades de reprodução, malformações e aberrações.
É importante salientar que a transferência genética entre culturas geneticamente alteradas e culturas naturais circundantes é inevitável e cada vez mais é difícil encontrar estirpes naturais de algumas plantas. De acordo com a organização mundial de saúde (OMS), a transferência e movimento genético de plantas OGM para espécies relacionadas pode vir a afetar a segurança da alimentação no futuro.
O risco é real, tal como demonstrado quando traços de milho geneticamente alterado e apenas aprovado para alimentação animal foram encontrados em inúmeros produtos para consumo humano nos EUA (3)
Na verdade os engenheiros genéticos nunca ponderaram sobre a realidade da transferência de genes quando introduziram OGM no ambiente mundial. Como resultado estamos já assistindo a consequências desastrosas ao ver que genes de engenharia se espalham, como uma doença, por todos os organismos no ambiente que os rodeia. Watrud et al (2004) provou que o transgene resistente ao herbicida se espalhou por polinização por uma área de 21km além do perímetro de controlo, tendo interferido até em plantas de cariz selvagem. (2)
Não é mistério algum que alguns países estejam já banindo OGM… mas não se irão livrar da contaminação!
Referências:
(0) http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0069805
(1) http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14730317
(2) http://natureinstitute.org/nontarget/reports/bentgrass_001.php
(3) http://www.who.int/foodsafety/publications/biotech/20questions/en/
(4) http://www.food.gov.uk/policy-advice/gm/gmanimal#.UsxuFPbXFGH
http://www.mindfully.org/GE/2004/Transgenes-Human-Gut1feb04.htm
POR: Notícias Naturais