Para quem acompanhou as notícias da semana passada, percebeu que foi uma semana muito complicada quando se fala em desastres naturais. Centenas de tornados causaram verdadeiras devastações nos Estados Unidos. Cidades inteiras foram literalmente “varridas” do mapa. Deve ser muito difícil ver tudo o que você construiu com tanto sacrifício, totalmente destruído de uma hora para outra. Na televisão as pessoas pareciam meio perdidas no meio dos escombros, sem saber o que fazer ou para onde ir.
Mas felizmente tornados, furacões e terremotos não são coisas que nos atormentam. O que realmente nos causa preocupação são as chuvas torrenciais em alguns lugares e a seca em outros, que todos os anos têm causado sofrimento e muitas perdas em nosso país.
Resolvi estudar um pouco mais sobre como esses desastres afetam nossa família. O site da Conab, órgão do governo responsável, entre outras coisas, por regular o estoque de alimentos que temos no país, foi muito informativo. Vejam o que encontrei lá:
“Nas últimas semanas, vários Municípios do Estado do Acre tiveram decretação de situação de emergência em razão dos efeitos das chuvas que deixaram milhares de famílias em situação de insegurança alimentar. (Comunicação Social/Conab)”.
Diante desta notícia, fiquei curiosa para saber como estão os estoques do governo e como foram as safras deste ano. Mais uma vez descobri como a natureza está intimamente ligada ao “pão nosso de cada dia”:
ARROZ
Situação geral – A lavoura de arroz da safra 2011/12 no Rio Grande do Sul começou a ser semeada no mês de setembro. A lavoura semeada nesta época já começou a ser colhida, antecipando assim, o início da safra 2011/12. A redução da área semeada está confirmada e as causas da redução são: a dificuldade de comercialização, preços pouco atrativos, aumento no custo de produção e falta de água nos reservatórios (corpos d’água, açudes e barragens).
Na fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, onde se concentra a produção do arroz irrigado do estado, a redução ficou ao redor de 10% se comparada à cultivada na safra anterior. Na região central do estado, a redução pode chegar a 25%, apenas na região sul do estado será mantida a área cultivada na safra anterior e em todas as outras regiões houve redução, embora em percentual menor. As culturas que vão substituir o arroz são: a soja, o milho, além do pastejo bovino.
FEIJÃO
Situação geral – A estimativa da área cultivada com feijão nesta safra sinaliza diminuição de área na maioria dos estados produtores. As lavouras estabelecidas tiveram bom desenvolvimento inicial em todos os estados que cultivam o feijão primeira safra. Do meio do ciclo produtivo em diante, começaram os problemas climáticos adversos e significativos e os estados mais prejudicados foram: Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A cultura do feijão vem enfrentando altos e baixos nos últimos anos. A instabilidade dos preços, a baixa liquidez, os estoques do produto e os problemas climáticos, fizeram os produtores migrar parte da lavoura para outros cultivos. No cultivo de feijão primeira safra, parte da lavoura perdeu área para o milho e a soja. Em São Paulo e no Rio Grande do Sul, a expectativa é de diminuição de área devido aos fatores climáticos.
TRIGO
Situação geral – Na maioria dos Estados produtores houve redução da área semeada e a concorrência com o milho segunda safra no Centro-Oeste e no Paraná teve colaboração significativa para o resultado. Em Santa Catarina a semeadura foi bastante lenta devido às condições climáticas, onde o excesso de chuvas atrapalhou o estabelecimento da lavoura.”
Veja como ter um armazenamento nos ajuda em momentos como esses. Quando os preços forem lá para cima porque os estoques do governo estão lá em baixo, podemos consumir nosso próprio estoque e repor quando os preços voltarem ao normal. Isso se chama planejamento e preparação!
Nos vemos amanhã!
Fonte: http://folianacozinha.blogspot.com.br/2012/03/desastres-naturais-razoes-para-se-ter.html