Vi então que Satanás novamente começava a sua obra. Passando por entre seus súditos, transformava em forte o fraco e débil, e dizia-lhes que ele e os seus anjos ainda eram poderosos. Apontava para os incontáveis milhões que tinham ressuscitado. Havia poderosos guerreiros e reis, que eram muito hábeis em batalhas e que haviam conquistado reinos. E havia poderosos gigantes e homens valentes que nunca perderam uma batalha. Ali estava o orgulhoso e ambicioso Napoleão (1), cuja aproximação tinha feito reinos tremer. Ali se achavam homens de elevada estatura e porte nobre, que haviam tombado na batalha enquanto sedentos de conquista. Ao surgir de suas sepulturas, reatam a corrente de seus pensamentos no ponto em que cessara por ocasião da morte. Possuem o mesmo desejo de conquistar que os governava quando tombaram. Satanás consulta com seus anjos e, então, com aqueles reis, conquistadores, e homens poderosos. Olha então para o vasto exército e diz-lhes que a multidão na cidade é pequena e fraca, e que eles podem subir e tomá-la, expulsar seus habitantes e possuir sua riqueza e glória. — Primeiros Escritos, pág. 293
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(1) “Napoleão” ou “Neo Apollyon”? — Abaddon (também conhecido como Apollyon) é um termo hebraico que tem o significado de “destruição” ou “Destruidor”. Na Bíblia, figura no Livro de Jó (26,6) e no Livro do Apocalipse (9:11).
Em Apocalipse 9:11, esta palavra hebraica está transliterada no texto em português. Lemos ali a respeito da simbólica praga de gafanhotos, que estes têm “um rei, o anjo do abismo. Seu nome, em hebraico, é Abadon, mas em grego ele tem o nome de Apolion”. Ver também Isaías 14:12.