Fim do papel profético: A IASD é agora apenas mais uma das filhas de Babilônia

Entenda como a culturalização ou ecumenismo cultural reduziu a quase nada a importância profética da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Deixamos de ser o grupo que subiu pelo caminho estreito em carroções e, por fim, a pé, para atrelar nosso vagão ao “Comboio do Inferno”, cujo maquinista é Satanás, rumo à destruição.

Talvez você não saiba, mas uma das primeiras mensagens dadas à Irmã White, pouco tempo depois da organização da Igreja Adventista do Sétimo Dia, deixou claro o caráter provisório da denominação recém-formada. Foi um sonho impressionante, mas raramente comentado pela atual geração de pastores, cuja maioria condiciona a salvação à permanência como membro nos registros da Corporação adventista.

A IASD foi inicialmente comparada a um grupo de carroções (congregações) confortáveis (para a época), que permitia uma viagem bem mais tranqüila e em grupo, rumo ao Céu. Mas o relato não pára aí. A certa altura da viagem, os carroções se tornam inconvenientes e formam-se grupos menores, ainda ligados a líderes (cavalos que puxavam os carroções).

Desse ponto em diante, o relacionamento com Deus torna-se cada vez mais individualizado e penoso na difícil viagem pelo caminho estreito, exigindo crescente e total confiança em Deus e dependência exclusiva dEle.

Leia o relato da visão:

Viajando Pelo Caminho Estreito

Enquanto estive em Battle Creek, Michigan, em agosto de 1868, sonhei que estava com uma grande multidão. Parte daquela assembléia apresentou-se para viajar. Tínhamos carroças abarrotadas. Caminhando nós, a estrada parecia subir. De um lado havia um profundo precipício; e do outro, uma muralha alta, lisa e branca. …

À medida que avançávamos, a estrada se tornava mais estreita e íngreme. Nalguns lugares parecia tão estreita que concluímos não mais poder viajar com as carroças carregadas. Desatrelamos os animais para, com parte da bagagem, prosseguir a viagem a cavalo.

Prosseguindo nós, o caminho continuava ainda a estreitar-se. Fomos obrigados a andar junto à muralha, para não cair do caminho estreito ao precipício. Fazendo isso, a bagagem sobre os cavalos apertava-se de encontro à parede e nos compelia para o precipício. Receávamos cair e ser despedaçados nas rochas. Retiramos a bagagem de sobre os cavalos e ela tombou no precipício. Continuamos a cavalo, receando grandemente que, ao chegar aos lugares mais estreitos do caminho, perdêssemos o equilíbrio e caíssemos. Em tais ocasiões, uma mão parecia tomar as rédeas e guiar-nos pelo perigoso caminho.

Tornando-se o caminho mais estreito, vimos que não mais seria possível ir com segurança a cavalo; deixamo-los e prosseguimos a pé, em fileira, um seguindo as pegadas do outro. Neste ponto apareceram pequenas cordas que caíam do alto da alvíssima muralha; estas foram avidamente agarradas por nós para nos ajudarem a manter o equilíbrio no caminho.

Enquanto caminhávamos, a corda prosseguia conosco. O caminho se tornou finalmente tão estreito que concluímos poder viajar com maior segurança sem o calçado; assim, descalçamo-nos e fomos certa distância. Logo decidimos que poderíamos viajar com mais segurança sem meias; estas foram tiradas e viajamos descalços.

Pensamos então naqueles que se não haviam acostumado com privações e dificuldades. Onde estavam esses tais agora? Não se achavam na multidão. Em cada mudança que se fazia, alguns eram deixados atrás, e apenas permaneciam aqueles que se haviam acostumado a suportar dificuldades. As privações do caminho apenas faziam com que estes se tornassem mais ávidos de avançar até ao fim.

Aumentou o nosso perigo de cair do caminho. Comprimíamos junto à muralha branca, e não podíamos nem assentar  bem os pés no caminho; pois era estreito demais. Apoiamos então quase todo o nosso peso nas cordas, exclamando: “Temos apoio de cima! Temos apoio de cima!” As mesmas palavras foram proferidas pela multidão toda, no caminho estreito.

Estremecíamos ao ouvir o rumor de folgança e orgia, que pareciam vir do abismo. Ouvimos o juramento profano, a galhofa banal, e cânticos baixos e vis. Ouvi o cântico de guerra, e a canção de dança. Ouvi música instrumental e altas gargalhadas de mistura com pragas, gritos de angústia e pranto amargurado, e ficamos mais ansiosos do que nunca por nos conservar no caminho estreito e difícil. Grande parte do tempo éramos obrigados a ficar com todo o nosso peso suspenso das cordas, que aumentavam de tamanho enquanto prosseguíamos.

Notei que a bela parede branca estava manchada de sangue. Dava um sentimento de pena ver-se a parede assim manchada. Este sentimento, porém, não durou senão um momento, visto que logo achei que tudo era como deveria ser. Os que vêm seguindo atrás saberão que, antes deles, outros passaram pelo caminho estreito e difícil, e concluirão que, se outros foram capazes de vencer, eles próprios poderão fazer o mesmo. E, ao sangrarem seus pés doloridos, não desfalecerão de desânimo; antes, vendo o sangue na parede, saberão que outros suportaram a mesma dor.

Chegamos finalmente a um grande despenhadeiro, onde terminava o nosso caminho. Nada havia agora para nos guiar os pés, nada em que pudéssemos repousar. Devíamos então depender inteiramente das cordas, que tinham aumentado até ao tamanho de nosso corpo. Ali estivemos por algum tempo imersos em perplexidade e angústia. Indagamos em tímido cochicho: “Em que estará presa a corda?” Meu esposo estava precisamente diante de mim. Grandes gotas de suor caíam-lhe do rosto, as veias de seu pescoço e têmporas haviam crescido tanto que atingiam duas vezes seu volume usual, e seus gemidos abafados e agonizantes eram ouvidos. O suor caía-me do rosto, e eu experimentava uma angústia tal como ainda não havia provado. Terrível luta estava diante de nós. Fracassássemos ali, e todas as dificuldades de nossa jornada teriam sido passadas em vão.

Diante de nós, do outro lado do precipício, havia um belo campo de relva verde, de aproximadamente quinze centímetros de altura. Eu não podia ver o Sol; mas raios de luz, brilhantes e suaves, assemelhando-se ao ouro e à prata fina, rasteavam o campo. Coisa alguma que eu houvesse visto sobre a Terra poderia comparar-se em beleza e glória com esse campo. Mas ser-nos-ia possível alcançá-lo? – essa era a ansiosa indagação. Se a corda se partisse, haveríamos de perecer. Outra vez em angustioso cochicho, foram sussurradas estas palavras: “Em que estará presa a corda?”

Por alguns momentos hesitamos em nos arriscar. Então exclamamos: “Nossa única esperança está em confiar inteiramente na corda. Dela temos dependido em todo o caminho difícil. Ela não falhará agora.” Ainda estávamos hesitantes e angustiados. Foram então proferidas estas palavras: “Deus segura a corda. Não devemos temer.” Estas palavras foram então repetidas por aqueles que estavam atrás de nós, e acompanhadas destas outras: “Ele não nos faltará agora. Trouxe-nos até aqui em segurança.”

Meu marido deu então um salto por sobre o assustador abismo ao belo campo além. Eu segui imediatamente. Oh, que sensação de alívio e gratidão para com Deus experimentamos! Ouvi levantarem-se vozes em louvor triunfal a Deus. Eu era feliz, perfeitamente feliz.

Despertei, e vi que, pela ansiedade que experimentara ao passar pelo caminho difícil, todos os meus nervos pareciam estar a tremer. Esse sonho não necessita de comentário. Produziu-me uma impressão tal que provavelmente cada minúcia permanecerá vívida diante de mim enquanto minha memória perdurar. — Vida e Ensinos, págs. 179-184 (versão digital).

Visão do “Comboio do Inferno”

Leia o relato da visão:

“Foi-me mostrado um comboio, avançando com a velocidade do relâmpago. O anjo ordenou-me olhar cuidadosamente. Fixei os olhos nesse trem. Parecia que o mundo inteiro ia embarcado nele, que não faltava ninguém. Disse o anjo: “Eles estão se reunindo em feixes, prontos para serem queimados.” Mostrou-me então o chefe do trem, uma pessoa formosa e imponente, para quem todos os passageiros olhavam e a quem reverenciavam. Fiquei perplexa e perguntei a meu anjo assistente quem era. Disse ele: ‘É Satanás. Ele é o chefe na forma de um anjo de luz. Ele leva cativo o mundo. Eles se entregaram à operação do erro a fim de crerem na mentira e serem condenados. O seu mais elevado agente abaixo dele, pela sua categoria, é o maquinista, e outros dos seus agentes estão empregados em diferentes cargos conforme deles necessita, e todos vão indo para a perdição, com a velocidade do relâmpago.’

Perguntei ao anjo se ninguém havia escapado. Ele me mandou olhar em direção oposta, e vi um pequeno grupo viajando por um caminho estreito. Todos pareciam estar firmemente unidos, ligados pela verdade, em companhia ou grupo. Disse o anjo: “O terceiro anjo está unindo-os, ou selando-os em grupos para o celeiro celestial.” Este pequeno grupo parecia atribulado, como se tivesse passado por duras provas e conflitos. E parecia assim como se o sol tivesse surgido por trás de uma nuvem, iluminando-lhes o rosto e dando-lhes um aspecto triunfante, como se sua vitória estivesse quase alcançada. — Primeiros Escritos, págs. 88-89.

Fonte: adventistas.com

Sobre Max Rangel

Servo do Eterno, Casado, Pai de 2 filhas, Analista de Sistemas, Fundador e Colunista do site www.religiaopura.com.br.

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