Nova pesquisa mostra um grande número de pessoas com idades entre 18 e 50 anos que, na primeira chance, já teriam um microchip implantado cirurgicamente em seu cérebro que os conectaria sem fio a um sistema de inteligência global artificial bestial (666).
O estudo foi feito com 3700 adultos que trabalham em cargos executivos em 15 países. “Se uma companhia já tivesse inventado um implante cerebral que fizesse a internet ser acessada num instante através do pensamento, aproximadamente um quarto do mundo já estaria indo para as salas de cirurgia”, mostrou o estudo.
A geração de profissionais Y, aqueles nascidos de 1980 a 2000, já estão mais aptos a dizer que eles gostariam de fazer a cirurgia, sendo 26% contra 21% dos da geração X, que são os que nasceram entre 1960 a 1980.
O estudo perguntou dúzias de questões relacionadas a tecnologia para profissionais em 15 países, incluindo EUA, Japão, China, Rússia e França.
“Eu realmente acho isso um fator muito legal. Quando eles veem algo que é de ponta, eles realmente não param para pensar sobre suas implicações”, disse Liz McIntyre, uma especialista em privacidade e co-autora do livro “Spychips: Como as Grandes Corporações e Governo Planejam Rastrear Todas as Suas Compras e Vigiar Todos os Seus Movimentos.”
“Especialmente as pessoas que trabalham com tecnologia, mas também pessoas comuns, penso que eles olham para o fator interessante e não param para observar as implicações a eles mesmos quanto à sua privacidade e liberdades civis, nunca pensam de forma ampla para toda a sociedade,” disse McIntyre. “Faz parte de toda essa onde atual da indústria tecnológica da qual eles se sentem parte, e eles continuarão a usá-la devido ao fator de diversão.”
Ela disse que a maioria das pessoas têm sofrido uma “lavagem cerebral pela indústria” ao ponto de pensarem que eles são realmente incapazes de viver sem estarem conectados à internet.
“Observem as pessoas que carregam seus smartfones; estes são aparelhos de rastreamento”, disse McIntyre. “Qual será o próximo passo? Nós já alcançamos a singularidade. Ter sensores implantados em todas as pessoas será o próximo passo.”
Todos os produtos comerciais possuem sensores, e algum dia todas as pessoas poderão ter implantes de chips em seus cérebros, permitindo as pessoas a interagirem com produtos e com os outros de uma maneira totalmente nova. Para muitos, isso parece ser um bravo mundo novo que é maravilhoso e terrível ao mesmo tempo.
“Então você terá uma sensação de ser um deus, pois saberá o que as pessoas estão pensando e sentindo a todo momento. Isso chegará a um ponto em que você não terá mais escolha. As pessoas se tornarão como máquinas”, disse McIntyre. “Existirá uma central de inteligência, e elas agirão ali. Serão parte dela. Estamos falando de controle mental? Tudo ficará sendo conhecido. Tudo será parte dessa coletividade, e se você não participar dela, você não terá lugar na sociedade civil.
“Acho que isso é muito Orweliano.”
McIntyre disse que a indústria de tecnologia está bem perto de ser capaz de produzir um implante cerebral, mas as pessoas de dentro dessa indústria sabem que eles ainda tem muito trabalho para fazer em termos de aceitação pública para suas ideias radicais. Essa deve ser uma das razões pelas quais a Cisco conduziu esse estudo, para ter sentir o quão perto o mercado está de aceitar tal produto.
“Eles não estão tão longe, pois nós já temos aparelhos que podem ser implantados no corpo,” disse McIntyre. “Acho que a maior barreira para isso (o implante cerebral) é a aceitação pública, e eu questiono o estudo da Cisco, pois eles possuem muio interesse nisso. Quanto mais pessoas eles puderem ver que aceitam isso, melhor para eles.”
McIntyre, que palestra sobre tecnologia e questões de privacidade ao redor do mundo, disse que as pessoas com as quais ela entra em contato, não estão tão adeptas a serem chipadas com um RFID, e querem deixar seus cérebros sem implantes que conecte seus pensamentos com o ciberespaço.
“Sabe, quando converso com pessoas de verdade todos os dias, eles não querem implantes”, disse ela. “Até mesmo pessoas que gostam de tecnologia, eles tem um pouco de medo da sua privacidade. Tem pessoas que sempre me acompanham onde quer que eu vá e dizem: “Sabe, eu tenho que te dizer algo, mas eu trabalho pra essa companhia ou aquela companhia”, e eles têm preocupações reais mas são proibidos pelos limites de seus trabalhos de dizerem quaisquer coisas. Realmente não é normal (aceitar tão rápido).”
Katherine Albrecht, co-autora de “Spychips” e fundadora/diretora da Consumer Against Supermarket Privacy Invasion and Numbering (Consumidores Contra a Invasão e Numeração da Privacidade pelo Supermercado), disse que ela também tem dúvidas sobre a credibilidade do estudo da Cisco.
Em 2005, ela entrevistou centenas de pessoas devido à suas dissertações de doutorado da Universidade de Harvard e perguntou a elas se gostariam de ter um RFID implantado.
“A todos que perguntei, todos disseram: ‘De jeito nenhum’, e alguns disseram: ‘Só por cima do meu cadáver’. Outros disseram algo como: ‘Você vai ter que me encarar com uma escopeta antes’.”
Mas o número de pessoas abertas a tal fusão extrema de tecnologia com o corpo humano pode realmente estar crescendo.
Albercht disse que a maioria dos jovens têm sido trazidos a pensar que toda tecnologia é “maneira”, e eles também tem se tornado menos sensíveis ao que ela chama de “modificações corporais”.
“Nós temos piercings. Temos tatuagens. Temos implantes, pessoas colocando silicones em seus corpos, implantando coisas estranhas”, disse ela. “No Japão, existe uma moda de colocar uma forma de rosquinha na testa, e dessa maneira vemos que essa geração de jovens têm estado insensíveis a essa modificação corporal.”
Mas ela ainda duvida que 26% da geração Y estão prontos para os implantes cerebrais, como sugere a pesquisa da Cisco.
“Eu ficaria muito cética quanto a metodologia da pesquisa usada pois, na minha experiência, certamente não existe um pra quatro (para os chips RFID)”, disse ela. “Pesquisei várias centenas e é quase uma unanimidade que eles são contra isso, logo, ou o estudo da Cisco é uma farsa, ou uma mudança drástica têm acontecido nos últimos nove anos. Se você acha que a internet está invadindo sua privacidade, esperem até a hora que chegarem os implantes.”
McIntyre disse que a Cisco e outras companhias de tecnologia continuarão a lutar nessa guerra de relações públicas com o objetivo de atrair as pessoas para a ideia de implantes cerebrais. Mas os chips RFID com certeza virão antes. Eles já são largamente usados pelos cães.
“Acho que hoje existe um jogo de relações públicas tentando promover essa tecnologia e tentando nos convencer a todos de que já estamos prontos e fazendo fila”, disse ela. “Dito isso, aqueles de nós que pensam sobre isso precisam se levantar e fazer nossas vozes serem ouvidas, pois se não forem mostrados pontos de vista diferentes, então as pessoas acharão que quase todo mundo na sociedade pensa que isso é normal e, logo, devem aceitar também.”
Os estudo também mostrou que mais de 40% dos que responderam permitiriam que seu provedores tivessem acesso a todos os seus dados em troca de um smartfone grátis com um plano de dados ilimitado. Mais de 7 em cada 10 profissionais japoneses disseram que sacrificariam ficar sem sexo por 1 mês se isso os permitisse ficarem com seus smartfones..
McIntyre disse que os americanos geralmente confiam mais na tecnologia e nas companhias de tecnologia do que os europeus.
“E você pode ver isso refletido nas leis de privacidade”, disse ela. “As leis de proteção da privacidade na Europa são muito mais rígidas. A América está muito mais interessada em fazer lucro. Não que isso seja ruim, mas é por causa disso e da competição e a maneira que nossa sociedade está configurada, que tendemos a ir no caminho em que a sociedade está configurada na maneira como ela anda para fazer dinheiro. No mais, se você der uma olhada nesses outros países, a maioria deles sabe o que é viver sob os regimes repressivos da Europa Oriental. Eles tiveram uma gulag. Seus vizinhos desapareceram.”
Dentre outros achados da Cisco nós temos:
- Quando o assunto são carros que dirigem sozinhos, a maioria dos profissionais da geração X e Y não esperam que eles estejam viáveis até o ano 2020. Algo em torno de 3 em 10, acham que eles estarão viáveis, permitindo uma vivência mais fácil e os deixando mais livres para terminarem seu trabalho.
- Impressionantes 8 em 10 profissionais das gerações X e Y acreditam que existirão trabalhadores pesados robôs que os ajudarão em várias atividades, embora a maioria não espera que tais robôs estejam viáveis até o ano de 2020.
- Um quarto dos profissionais da geração X e Y desejaria se mudar para Marte ou outro planeta se sua organização estivesse aberta para abrir um campo ali.
Charlotte Iserbyt, ex-conselheira de educação do Presidente Ronald Reagan e autora do livro “The Delibarate Dumbing Down of America” (A Deliberada Idiotização da América), colocou o estudo da Cisco essa semana em seu blog, “ABCs da Idiotização”
Quando um quarto de duas gerações deseja entrar na fila para ter implantes cerebrais, as implicações são assustadoras, ela escreveu:
“O artigo descreve um vício de proporções na qual a substância do vício quase inexiste,” escreveu Iserbyt. “Imagine como poderiam ser as estatísticas se as atuais gerações de jovens cujas vidas são moldadas pelo vício em tecnologia desde a infância até os anos de formação da escola forem dominadas por um ‘aprendizado’ cibernético ainda mais invasivo.”
“As previsões seriam cumpridas e ainda iriam além do que está no livro, ’1984′ (mas 30 anos depois) com o desejo da humanidade tão controlado que as pessoas seriam voluntárias a se sujeitarem a implantes físicos para garantir uma conexão com seus mestres escravizadores?”
Fontes:
Clique para acessar o cisco-2014-connected-world-technology-report.pdf
http://www.spychips.com/media/katherine-albrecht.html
http://abcsofdumbdown.blogspot.com/2014/11/dumbed-down-brain-implants.html
Transcrito de: http://efesios612.com/2014/11/17/humanidade-pronta-para-a-marca-e-conexao-com-a-besta/