Genocídio ASD: Sobrevivente do massacre conta detalhes do ataque aos irmãos adventistas leigos em Angola

mateus_angolaHoje venho para dar-vos uma exata explicação sobre o acontecimento qui houvi na provincia do ‪#‎huambo‬,municipio da ‪#‎kahala‬, e comuna do ‪#‎sumi‬ com a ‪#‎policia‬ nacional contra a igreja ‪#‎cristã‬ no 7dia a luz do mundo.

É o seguinte:

O ancião da igreja adventista do 7dia de nome: Domingos bimba e ao mesmo tempo é chefe da policia de investigação criminal da kahála, espalhou um boato de qui José kalupeteka está a criar um exército.

O ancião da igreja adventista Domingo bimba, já mandou prender José kalupeteka várias vezes sem provas e o diabolizar.

Devido o Kalupeteka abordar nas suas músicas e pregações qui ele não morre com feitiço porqui tem Deus a lhe proteger,e de disvendar a mentira dos pastores, anciões, padres, e do papa atravez das escrituras bíblicas.

E os tais sabendo qui a mentira deles foi disvendado então todas as igrejas e os politicos juntaram-se somente para destruir a igreja cristã no 7dia a luz do mundo.

Devido esse combate qui eles tenhem feito já a vários anos, ja custou a vida de muita gente no passado, e encluisivamente a vida do padre kapuxinho qui foi morte com uma nuve na montanha do sumi quando iam por lá para matarem José kalupeteka e todos qui por lá estavam, com dois pastores da igreja adventista e o padre kapuxinho, e outros elementos da cinfo e da policia nacional, e de entre esses todos qui foram por lá ninguém saio eleso, Deus lhes mostrou o grande poder qui ele tem.

E no qui conserna as mortes qui aconteceram no més passado no sumi. Foi o seguinte: A policia nacional, a uat, a cinfo,e as faa, estavam no local conversando com o José kalupeteka e todos nós para eles entenderem qual é a razão do acampamento, não tarda o comandante municipal da kahála chegou com agreção, e até os homens da cinfo,da uat,e das faa lhe reprienderam para não ser agressivo.

E ali o profeta José julinho kalupeteka disse para toda gente estarem sentado e a louvarmos. Mas o satanás vem para destruir e matar, então o comandante tirou a pistola e disparou ao kalupeteka mas graças a Deus o tiro não lhe atingiu, e o mesmo qui disparou assustou-se como é possível frenti a frenti o tiro não vai lhe tocar?

Então ali começou o escandalo, e demos por conta uma irmã de luanda já e um irmão foram mortos por tiros. E o servo ordenou para todos homens pegarem nas catanas qui estamos a cortar com elas paus nas matas e enchadas qui estavamos acapinarmos com elas nas matas para nos defendermos com elas, e as milheres para continuarem sentadas a louvarem.

E Não tarda o governador kundi pahama mandou elicopiteros camazes para matarem tudo qui respira, os elicopiretros e os homens qui xtavam nos camazes xtavam a disparar direitamente nas populações,e morreram ali total de dizoito (18) policias, mas de setecentos(700) cristãos da luz do mundo.

OBS:

E para vocés qui perdem tempo para falarem mal dos cristão ou do kalupeteka, aqui vai um conselho para qui em vez de nos criticarem procurem a verdade na biblica para q vocés possam estar salvo, mas não se esqueças das palavras de Jesus cristo de qui eu não vi traser boa vida,mas sim vi traser sofrimento, e enquanto tiveres comigo e não sofres prisões insultos, humilhação,purrada etc então assim vc tá nas trevas,e se estiveres na luz sofrerás isso tudo qui eu te disse.

E para mais informação real não aquelas qui estão ser ditas pelos politicos. Liga 926292051 Mateus Mwatunda Madalena Mendes é meu nome.

Fonte:

https://www.facebook.com/mateusmwatundamendes.mendes/posts/423286471178625?pnref=story

Leia mais sobre o caso #kalupeteka no clipping abaixo:

Pedrowski Teca. Facebook

Meus compatriotas, no meu entender, isso que chamo de “batalha de Cáala”, entre fiéis da seita religiosa do Profeta Kalupeteca e a Polícia Nacional, acabou por elevar para um outro nível a luta contra a ditadura do MPLA de José Eduardo dos Santos. Qualquer ser vivo tem o direito inalienável de se autodefender. A pobreza e a ditadura que nos são impostas, são ataques graves, dos quais temos a legitimidade de nos autodefender.

Satchipunhu Katopola Ndjangelo comentou:

“Pedrowiski Teca, voce entendeu muito bem o acto. O que se passa no Huambo é o ponto mais alto da Ditadura. fui ao local constatar. o povo que estava a rezar foi morto como vermes e neste preciso momento a Policia está a queimar o acampamento e talvez a fazer uma vala comum para enterrar as pessoas a fim de se perder a conta. nas proximas horas vou divulgar os dados colhidos no local.

Kalupeteka foi encontrado a pregar e a policia foi lá para atacar o acampamento e em defesa o povo crente pegou em materiais que possuiam com elas bateram nos policias até que 9 agentes morreram no local, outros agentes morreram no capotamento do carro da policia por cima da ponte sobre o rio Põim, durante a fuga para buscar reforço, nenhum fiel, tinha arma de fogo, mas até hoje de manha ainda a policia continua a matar na caça às bruxas, recolhendo pessoas prendendo. ainda a policia está a inventar outro boato de que na Catata (70 km do local do acampamento do Kalupeteca) os crentes do Kalupeteka estão a cavar trincheira em 7 diferentes localidades. pura mentira! é para justificar e legitimar a matança que estão a fazer porque o Kundy Payhama havia prometido tal matança ha 1 mes atras …. fui no local colher dados reais e depois vou divulgar.”

Os seguidores do Profeta Kalupeteca, em autodefesa, mataram 7 agentes da Polícia Nacional, e em retaliação, relatos indicam que a Polícia já matou 110 fiéis daquela seita religiosa e prendeu mais de 100, inclusive o líder. Isso faz-se?
Em termo de activismo cívico e político, os fiéis dele fizeram coisas que em tempo de paz nenhum partido político, ONG ou movimento juvenil conseguiu ou teve coragem de fazer em termos de autodefesa. Imagina se fosse uma ofensiva e não a defensiva que ocorreu? Eu sou Kalupeteca, e não o seria se não conhecesse os bandidos da Polícia Nacional (Boko Haram de Angola).

Eu concordo com o Mabiala Paulo, que disse: “A maior parte dos agentes policiais Angolanos não têm cultura de dialogo, portam-se como analfabetos de primeira classe, são arrogantes, brutos, e quando fardado sentem-se donos de todos cidadãos que não estejam fardado como eles. ”

Como é que um grupo de religiosos conseguiu neutralizar, matar e correr com efectivos da Polícia Nacional, altamente treinados e equipados?

Central Angola 7311 postou;

Recebemos por SMS e, não podendo comprovar, pareceu-nos grave o suficiente para denunciar:

“Após os meios de comunicação social veicularem a informação da morte do comandante municipal da polícia na Caála, super-intendente Catumbela (ex-comandante da tropa de penetração e assalto da ex-segurança de estado), chefe de operações da PIR, chefe municipal do SINSE, entre outros, fontes seguras informaram ontem que a polícia solicitou apoio das FAA e que até às 15h00 as incursões militares continuavam e culminaram com a detenção do líder da seita, com seus dois filhos e 12 membros. Hoje, uma fonte segura informa que a localidade foi tomada pela brigada das FAA do Sawilala (a caminho do Município do Bailundo) e, durante a tomada do local usaram a força e que mais de 100 pessoas foram mortas à queima-roupa. Neste momento, as ruas adstritas à DPIC estão interditadas. A mesma fonte conta que um dos líderes encontra-se foragido e teme-se pela retaliação, uma vez que, ainda segundo a fonte, (a seita) tem mais de 4000 membros só no Huambo.

Uma outra fonte informou que ações do género tiveram lugar no Município do Balombo ontem.

De recordar que a semana passada ações do género aconteceram no Bié.

Continuarei a atualizar.”

Não assinou. Cada um faça o seu julgamento.

Fonte: https://www.facebook.com/TvNwsJunior/photos/a.670978352928336.1073741837.570399459652893/1115623368463830/

NO PAÍS DO FAZ DE CONTA, EU ACUSO: EXISTE GENOCÍDIO!

Folha 8 Digital, em 16 DE MAIO DE 2015 — William Tonet

Nos últimos dias muito se tem falado de José Julino Kalupeteka, até então um ilustre desconhecido cidadão, habitante da Angola profunda, que tal como Jesus Cristo e todos os missionários fundadores da peregrinação cristã, acreditava numa fé, que o inspirava, na oratória, para captar ovelhas, para o seu rebanho.

Ninguém o levou a sério, nem mesmo os antigos companheiros de jornada, que o consideravam, “garimpeiro tresmalhado de almas”.

O tempo, no entanto, deu-lhe razão: com fé e crença sempre se consegue, chegar. Basta sonhar. E ele sonhou, que do pedestal da sua 4.ª classe, galgaria montanhas, implantaria uma congregação e os fiéis não lhe faltariam.

Adoptou o direito natural, como regra de cariz religioso, para a vivência gregária e, na falência do Estado, no interior do país, decidiu dar alento espiritual, a todos quanto iam desacreditando no actual Estado, que discrimina e abandona os pobres.

Mas, num de repente, Kalupeteka começa a ver espinhos, nos carreiros, onde antes só havia rosas, muito por ter decidido, dizer aos políticos do sistema, que abandonaria a velha táctica de pregar o “evangelho e a ideologia”, principalmente, nos períodos eleitorais, como havia feito, como cabo eleitoral, do partido maioritário: MPLA, nas eleições de 2008 e 2012.

A decisão não foi bem acolhida, houve, pelo seu capital, tentativas de o dissuadir, ofereceram-lhe carros, jeeps. A tudo e todas oferendas, materiais, vindas de altos mandatários do regime, resistiu, negando, até mesmo 4 jeeps top de gama, um dos quais, deixado na sua residência, nunca lhe havia colocado a chave. Foi considerando um gesto inamistoso e a partir daí, até chegar-se ao factídico desfecho de 16 de Maio de 2015, no Monte Sumi, foi um passo.

Todos sabiam que a lei proíbe a violação dos lugares de culto.

A Polícia tentando prender, um líder no seio dos seus fiéis, criou um tumulto, como “agente provocador”, cujo desfecho de nove mortes, foi a todos os títulos condenável. A resposta não se fez esperar e as FAA e Polícia Nacional, por ordens dos responsáveis, cercaram os fiéis e estes entoando cânticos, com a Biblia na mão, caminhavam pensando que não sucumbiriam ao poder das balas. Triste ingenuidade, os militares angolanos, não usam balas de borracha e foram, as primeiras linhas, caindo em catadupa.

Esta eliminação em série é considerado, pelo art.º 61.º da Constituição, como genocídio. EU comungo da mesma opinião, no Monte Sumi, houve um GENOCÍDIO e os seus autores devem ser reponabilizados.

O QUE É GENOCÍDIO? O termo “genocídio” não existia antes de 1944; ele foi criado como um conceito específico para designar crimes que têm como objectivo a eliminação da existência física de GRUPOS nacionais, étnicos, raciais, e/ou religiosos.

Em 1944, Raphael Lemkin (1900-1959), um advogado judeu polonês, ao tentar encontrar palavras para descrever as políticas nazistas de assassinato sistemático, incluindo a destruição dos judeus europeus, criou a palavra “genocídio” combinando a palavra grega geno-, que significa raça ou tribo, com a palavra latina -cídio, que quer dizer matar.

Com este termo, Lemkin definiu o genocídio como “um plano coordenado, com acções de vários tipos, que objectiva à destruição dos alicerces fundamentais da vida de grupos nacionais com o objectivo de aniquilá-los”.

No ano seguinte, o Tribunal Militar Internacional instituído em Nuremberg, Alemanha, acusou os líderes nazistas de haverem cometido “crimes contra a humanidade”, e a palavra “genocídio” foi incluída no processo, embora de forma apenas descritiva, sem cunho jurídico. Por genocídio entende-se quaisquer dos fatos abaixo relacionados, cometidos com a intenção de destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial, ou religioso, tais como:

(a) Assassinato de membros do grupo;

(b) Causar danos à integridade física ou mental de membros do grupo;

(c) Impor deliberadamente ao grupo condições de vida que possam causar sua destruição física total ou parcial;

(d) Impor medidas que impeçam a reprodução física dos membros do grupo;

(e) Transferir à força crianças de um grupo para outro.

Embora muitos casos de violência contra determinados grupos hajam ocorrido ao longo da história, e mesmo após a Convenção haver se tornado válida, o desenvolvimento internacional e jurídico do termo concentra-se em dois períodos históricos distintos: o primeiro, a partir da criação do termo até sua aceitação como lei internacional (1944-1948), e o segundo, desde que ele foi efectivado através do estabelecimento de tribunais para o julgamento de crimes internacionais de genocídio.

A prevenção do genocídio, também parte integral da Convenção, é um desafio que nações e indivíduos ainda enfrentam.

1994: GENOCÍDIO NO RUANDA

De Abril a Julho, cerca de 800.000 pessoas, a maioria pertencente ao grupo étnico minoritário dos tútsis, foram mortas no Ruanda. Foi um massacre em escala, escopo e velocidades impressionantes. Em Outubro, o Conselho de Segurança das Nações Unidas ampliou o mandado do ICTY para incluir um tribunal, em separado mas vinculado, para o Ruanda, A Corte Criminal Internacional de Ruanda (ICTR), localiza-se em Arusha, na Tanzânia.

1998: A PRIMEIRA CONDENAÇÃO POR GENOCÍDIO

No dia 2 de Setembro de 1998, o ICTR emitiu a primeira condenação do mundo por genocídio efetuada por uma corte internacional, julgando Jean-Paul Akayesu culpado por genocídio e crimes contra a humanidade. Ele era acusado de participar e supervisionar estes massacres quando foi prefeito da cidade ruandesa de Taba. Embora estes tribunais específicos e a nascente Corte Criminal Internacional ajudem a estabelecer jurisprudência legal e a investigar os crimes em suas jurisdições, a condenação por genocídio ainda é uma tarefa difícil. Mais difícil ainda é dar continuidade ao desafio para evitá-lo.

2004: GENOCÍDIO EM DARFUR

Pela primeira vez na história do governo norte-americano, uma crise existente foi considerada como “genocídio”. No dia 9 de Setembro de 2004, o secretário de Estado Colin Powell declarou perante o Comitê de Relações Internacionais do Senado norte-americano: “Concluímos – eu concluí – que foi cometido genocídio em Darfur e que o governo do Sudão e a Janjawid são os responsáveis, e também que o genocídio ainda pode estar acontecendo”. *Com Net/voltaremos

Fonte: http://www.pressreader.com/angola/folha-8/20150516/281711203204642/TextView

VIVER À PARTE E, SOBRETUDO, NÃO ESQUECER

Folha 8 16 Maio 2015

A célebre frase do grande escritor e poeta britânico, nomeado mais de uma vez ao Prémio Nobel de literatura, Lawrence Durrell, “Viver à parte e esquecer”, bem conhecida e propagada entre os intelectuais do mundo inteiro, foi posta em prática pelo profeta Julino Kalupeteka, que, do alto do seu diploma da quartaclasse da escola primária, a virou do avesso, proclamou que era preciso isso mesmo, viver à parte, mas sobretudo não esquecer… Não esquecer o quê? Simples, o desprezo a que é votado o “Zé-povinho”. Pena foi ter acontecido o que aconteceu, a dar-lhe razão e a vitimar centenas de pobrezinhos desarmados, talvez mais de mil!No dia 16 de Abril de 2015, num arreganho de autoridade leonina, os polícias apareceram no acampamento para prender o Kalupeteka. Fizeram-no em plena celebração do culto, o que, segundo a lei angolana, é proibido e proíbe qualquer arresto. Era um assalto ilegal e, perante a ostensiva agressão policial, os seguranças do profeta reagiram muito mal, embora talvez não houvesse outro modo de reagir: mataram os polícias e, nesta de violência puxar violência, também foram mortos sem lhes ter sido dado tempo de recorrer ao argumento de legítima defesa. Por ter agido à margem das normas consagradas na Constituição de 2010, a polícia não ficou bem na fotografia, porém, o mais importante peso que faz pender a balança para o lado oposto aos brasões do regime vigente (respeitabilidade, legitimidade e prestígio), é o facto indesmentível de o próprio presidente da República ter renegado o Estado de Direito por ele instituído, como opina o jurista Albano Pedro. «Por que razão o Presidente da República não deixou as autoridades judiciais intervirem no caso antes de se pronunciar oficialmente contra a seita? Qual é o crime provado contra José Kalupeteka e seu seguidores se o próprio Tribunal nem sequer apreciou a situação? Quem foi que aconselhou o Presidente da República a agir nesse sentido? Que sociedade ou valores éticos e morais sãos estes que estamos a promover afinal? Os agentes da PN, de quem lamentamos as mortes e nos solidarizamos com a dor dos seus entes queridos, foram vítimas da acção irresponsável das próprias autoridades públicas que não souberam lidar com a situação, sem verem fantasmas “revolucionários” contra os interesses ditos públicos que defendem».

TRÊS, PERDÃO…TREZE FOI A CONTA QUE DEUS FEZ
Folha 816 mai 2015

»São treze mortos, não é? Treze!… Pelo que JES ousou dizer depois de ter deixado cair a máscara que lhe serve para ser galardoado com governante excepcional , «A seita Luz do Mundo é um perigo para a paz e a estabilidade em Angola (…) Ela tem de ser destruída) , ao visto das fotos que mostram a destruição quase total do aldeamento, ao visto das roupas sem pessoas e das 8 tendas previstas para receber “kalupetekistas sem ninguém lá dentro a viver, ao ouvir as testemunhas que fazem descrições coincidentes daquilo que se passou aquando e depois do ataque aos polícias e, entredentes, falam de tiros e de bombas, ao ver as manchas de sangue e ao sentir, como referido na Grande Reportagem do site Rede Angola, o cheiro a podridão que a morte deixa por onde passa, como é possível acreditar que só houve treze mortos? Será que todos nós, angolanos, somos atrasados mentais»? (comentário lido no Facebook).

À PROCURA DE PARADEIRO DE 3 MIL FIÉIS I

Os adeptos e seguidores daIgreja Adventista do Sétimo Dia a Luz do Mundo que tinhma seguido o conselho de Kalupeteka e se instaram ebm condições bastante precárias no Monte Sumé, não obstante receberem ajuda substancial por parte do “profeta”, eram contados em mais de três mil almas. Depois da chaina peroretada pela polícia, no seguimento de ordens superiores assassinas, esse número passou a ser do dia para noite, ZERO! Não há um só fiel que se mostre à vista da gente, desapareceram todos como que por encanto. Mais de três mil eram eles e, segundo tudo leva a crer, o objectivo da polícia era dar corpo antecipadamente ao desígnio do Presidente da República, JOsé Eduardo dos Santos, que na sua vinda a público para comentar o acontecido disse o seuinte: “A seita Luzdo Mundo é um perigo para a paz e a estabilidade em Angola (…) Ela deve ser destruída”.

À PROCURA DE PARADEIRO DE 3 MIL FIÉIS II
Folha 816 May 2015

Pois é, esses zelosos soldados da ordem pública anteciparam-se ao desejo de JES, tinham por missão, é quase uma certeza, matar todos os que ali estavam no Monte. Não conseguiram, organizaram uma caça ao homem monstra, nomeadamente na cidade do Huambo, e deuse o estranho caso, tirando os que foram assassinados, todos eles desapareceram na natureza. Instalou-se assim, uma espécie de Terror de Estado. Mas inda há muitas testemunhas em vida. Isto não vai, não pode ficar assim com a culpa solteira. As fotos aqui ao lado são de tendas destinadas a receber os sobreviventes da chacina do 16 de Abril. De facto, «Oito tendas grandes verde oliva dispostas num descampado teriam acolhido os seguidores da seita. Na parte exterior ainda se encontravam as três pedras para a cozinha. Havia marcas de passagem de gente no interior das tendas. Mas não havia ninguém. Segundo o Comando da Polícia Nacional na Caála, todos os seguidores da seita de Julino Kalupeteka, em número não especificado, já haviam sido transferidos para as respectivas regiões de procedência». Mentem tão mal…

http://www.pressreader.com/angola/folha-8/20150516/281711203204642/TextView

FUGA AO SOFRIMENTO É CRIME EM ANGOLA

Passado um mês, depois dos trágicos acontecimentos do monte Sumí no dia16 de Abrilpassado, o qye resta do “Caso Kalupeteka”é a morte de nove policiais e pouco mais. Isto sem contar esse homem, José Julino Kalupeteka (}JJK), que passou a ser a expressão mais promissora de todas as estratégias, em contínua incubação, orientadas para derrubar, a bemou à força, o regime JES/MPLA (só poderá ser à força, nem que seja ela inspirada na pacífica revolta do Mahatma Gandi).

Nesta ocorrência da morte de 9 policiais no monte Sumi, a opor-se à clarividência dos factos há, por um lado, a opacidade criada por um black-out rigorosíssimo, a exigir presença, várias vezes ao dia durante mais de 10 jornadas, de um helicóptero de patrulha, ao que se junta a inexistência de um relatório exacto daquilo que se passou no terreno, por outro,impõe-se a questão levantada com alguma pertinência no facebook do jurista Albano Pedro: “Finalmente o que há de perigo social num conjunto de indivíduosque decide livremente abandonar a sociedade paraembrenhar-se nas matas? Onde é que está a Lei que proíbe essa conduta? Ou também já inventaramo CRIME DE FUGA? Portanto,para um analista sem “contaminações políticopartidárias”, parece difícil perceber onde é que asautoridades se apegam para condenar as acções missionárias de José Kalupeteka”.

Este último pontoé fundamental para compreender o outro lado desta história, em que se encontram em convivência, conivência e coincidência temporal uma série de conceitos que se opõem numa mútua cumplicidade, geradora de tolerâncias e intolerâncias ocasionais e fictícias anuências/oposições às leis do Estado; obediências/desobediências no dia-a-dia; apoio e repressão.

Geraram-se tensões. Mas as coisas foram se agravando com o passar do tempo desde que Kalupeteka optou por um posicionamento clara e definitivamenteoposto à política e ao pensamento de JES. No fundo o que ele propôs aos seus fiéis foi uma renúncia, nada mais. Não votem, não vacinem as crianças, não as mandem para a escola que mais não é do que uma formatação mental de anuência ao regime, fujam disso tudo e venham viver comigo no monte Sumi (ou Sume, ou Sumé, pouco importa)!

GENOCÍDIO PURO NO HUAMBO

Há cada vez há mais informações de que estão a retirar cadáveres de valas comuns para conduzi-los para outros lugares de forma a dificultar o seu reconhecimento. Isto em qualquer parte do mundo é crime de ocultação de cadáver menos em Angola , onde este tipo de práticas é uma constante dos serviços secretos.

Por Fernando Vumby

E sta conduta desde á muito que visa evitar com que os homicídios e outros casos de assassinatos sejam descobertos e de forma manifesta destruir as provas dos delitos para, assim, salvar a pele de alguns tubarões que deram as ordens para o massacre .

O Genocídio do Sumi/Caála não foi o primeiro e nem será o ultimo. Esta é uma certeza que tenho, e acredito também que o regime vai continuar a garantir o sucesso da eliminação selectiva e colectiva em Angola, pois como se vê a impunidade dos assassinos do passado é lastro para a impunidade dos assassinos do presente.

O ciclo de violência veio para ficar em Angola e já se tornou num dos elementos mais importantes na estratégia de JES para manter os angolanos e a nação sob seu controle, as vítimas e os assassinos estes sim, é que vão mudando umas vezes da UNITA e outras vezes até mesmo do próprio MPLA para variar e distrair algumas atenções.

Irmãos e compatriotas. É hora de passarmos a dar importância aos organismos internacionais existentes e com competência para julgar e condenar casos que sabemos a nossa justiça, por ser uma das piores farsas existentes no país, nada fará senão ignorá-los completa e definitivamente.

Existe um Tribunal Internacional onde qualquer angolano pode apresentar as provas que tem sobre casos onde houve violações dos Direitos Humanos e o nascimento desta jurisdição permanente universal, acreditem meus manos , é um dos grandes passos que se deu em direcção da universalidade dos Direitos Humanos e do respeito do Direito internacional .

E se o objetivo deste organismo é promover o Direito internacional e tem como um dos seus mandatos julgar indivíduos que cometem crimes tão graves como os ocorridos na serra do Sumi/Caála, os advogados angolanos em particular e a oposição no geral têm a obrigação moral e patriótica de fazer chegar este dossiê a este Tribunal Internacional de Justiça.

Existem testemunhas e declarações gravadas que confirmam as centenas de mortes e uma vez conscientes da farsa que é a nossa justiça não podemos perder tempo sob o risco de sermos todos coniventes deste genocídio que o regime tem estado á fazer tudo para se desfazer dos corpos.

Sobre Max Rangel

Servo do Eterno, Casado, Pai de 2 filhas, Analista de Sistemas, Fundador e Colunista do site www.religiaopura.com.br.

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