Israel gastará R$1,2 milhão para levar judeus brasileiros de volta

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A “lei do retorno”, de 1950, foi criada pelo governo de Israel para dar aos judeus do mundo o direito de se tornarem imediatamente cidadãos no país. Os que decidem fazer a Aaliyah (subida) recebem todos os incentivos para se estabelecer no Estado judeu.

Em 2015, houve um aumento de 58% no número de novos imigrantes brasileiros – 486 contra 308 no ano anterior. Este ano, Israel vai gastar 1,18 milhão de shekels (cerca de R$ 1,2 milhão), num investimento recorde. Trata-se de uma aposta para que em 2016 sejam 750 brasileiros.

O anúncio foi feito em reunião da Comissão de Imigração e Absorção do Knesset (Parlamento). Esse apoio à imigração inclui programas de recolocação profissional.

Michel Abadi, diretor-executivo do Beit Brasil, ONG que ajuda imigrantes brasileiros a se adaptar no novo lar, comemora. “É a primeira vez que Israel dá atenção aos imigrantes vindos do Brasil. Ficamos emocionados com o anúncio”, disse. “Essa verba é um bom começo, mas vamos lutar para ela aumentar.”

O investimento será feito por meio órgãos do governo e ONGs de promoção à imigração judaica. Destaque para a Agência Judaica e a Organização Sionista Mundial. Ambas já trabalham no Brasil há décadas.

Yehuda Sharf, diretor do Departamento de Imigração e Absorção da Agência Judaica, explica que está ocorrendo um “despertar” dos judeus brasileiros. O motivo é claro: a crise política e econômica no Brasil.

“Temos a melhor agente de ‘aliá’ do mundo: a presidente [Dilma]. Se ela ficar no poder, talvez venham mais judeus para Israel”, resume Sharf.

Gladis Berezowsky, diretora-executiva do Beit Brasil, esclarece: “A intenção de Israel não é chamar cidadãos de um país a emigrar para outro, e sim apoiar quem já decidiu se mudar”.

Crescimento

Até 2013, o número médio de brasileiros que se mudavam para Israel girava em torno de 250.

A imigração para Israel, a partir do Brasil mais do que dobrou nos cinco últimos anos. Para efeitos de comparação, o crescimento médio da aliyah da América Latina, no mesmo período, foi de apenas 7%. Ele vem crescendo e para 2016, já existem cerca de mil processos de imigração abertos na Agência Judaica.

A comunidade judaica no Brasil reúne cerca de 120 mil pessoas. São 12 mil judeus brasileiros que atualmente moram em Israel.  Os maiores problemas dos pelos brasileiros em Israel são a língua (poucos falam hebraico) e a recolocação profissional.

Por isso, o investimento do governo incluirá a abertura de 15 classes de hebraico no Brasil, tradução para português do teste Psicométrico (Enem israelense), a realização de feiras de empregos para brasileiros e acompanhamento para empresários que quiserem transferir seu negócio para o país.

A nova onda de imigração brasileira se assemelha a que ocorreu na Argentina no início do século.  Com a grave crise econômica no país, 10 mil argentinos se mudaram para Israel entre 2000 e 2002.

As profecias

Para os estudiosos de profecias, é significativo que esses números aumentem tanto num período em que os rabinos vem falando repetidas vezes que a chegada do Messias se aproxima. O rabino Chaim Kanievsky, uma das maiores autoridades do judaísmo ultra ortodoxo, pediu que todos os judeus voltem para Israel o mais rapidamente possível. O entendimento é que essa é uma ação espiritual que marca a vinda do Messias judeu.

Jerusalém continua a ser a cidade mais procurada pelos expatriados, mostrando o cumprimento das profecias que falam do regresso dos judeus nos últimos dias. “Trarei a tua semente desde o Oriente e te ajuntarei desde o Ocidente… das extremidades da terra” (Isaías 43).

Sobre Max Rangel

Servo do Eterno, Casado, Pai de 2 filhas, Analista de Sistemas, Fundador e Colunista do site www.religiaopura.com.br.

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