A Decima Terceira Secção dos crimes comuns, do Tribunal Provincial de Luanda, começou a julgar, na manhã desta sexta-feira, 29 de Setembro de 2017, os Réus envolvidos no caso do rapto de um Pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia, ocorrido na zona do Golf, ao Kilamba Kiaxi.
Segundo o Advogado de acusação, Alcíneo Cristóvão, os réus que já estiveram detidos como medida cautelar, responsáveis de áreas importantes daquela Igreja orquestraram o rapto, que considera violento, contra um outro Pastor, Daniel Cem, com o intuito de impedir a ascensão deste a um cargo de maior dimensão.
Consta ainda que momentos após ao rapto aqueles responsáveis proliferaram uma informação a qual Daniel Cem teria simulado o rapto para ganhar valores monetários de resgate que, na altura, precisava para resolver um problema familiar.
Esta posição, conta uma fonte ligada ao Pastor, fundamentou o processo instaurado internamente e que culminou com o afastamento de Daniel Cem dos quadros da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Angola e a sua consequente retirada do cargo de Secretário de uma das uniões.
O processo que foi despoletado pela Polícia Nacional logo após a ocorrência do rapto, em 2015, envolve vários líderes da Igreja dos Adventistas do Sétimo Dia, nomeadamente Teixeira Vinte (Secretário da União), Burns Sibanda (Tesoureiro da União), Adão Hebo (responsável da Escola Sabatina e Ministério Pessoal), João Sonhi (ancião da Igreja Central de Luanda) e João Dala (líder da juventude).
Estes responsáveis religiosos foram constituídos arguidos do processo após que Daniel Cem foi libertado pelos supostos raptores e terem confessado o crime diante da instancia de justiça.
A fonte conta que nos interrogatórios os autores materiais do suposto rapto, também fies daquela Igreja, disseram terem recebido orientações dos réus para eliminar Daniel Cem, pois, argumentavam, não poderia atingir o cargo a que fora proposto.
Alcineo Cristóvão defensor do lesado que confirmou o início do julgamento de Teixeira Vinte e pares, para esta sexta-feira, 29, mostra-se confiante no encerramento positivo do caso pois, entende que os factos apresentados na acusação suportam tal sentimento.
Lembra-se que o Pastor Daniel Cem tinha sido expulso da Igreja logo que o rapto terminou com o pagamento de um resgate de cerca de trinta milhões de kuanzas, alegadamente sob orientação dos responsáveis mundiais daquela Igreja com sede nos Estados Unidos da América.
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