Igreja (grego εκκλησια ekklesia e latim ecclesia: “Eclésia”). Esta palavra de origem grega foi a escolhida pelos autores da Septuaginta (a tradução grega da Bíblia Hebraica) da biblioteca de Alexandria, para traduzir o termo hebraico q(e)hal Yahveh, usado entre os judeus para designar a assembléia geral do “povo do deserto”, reunida ao apelo de Moisés.
Jesus era judeu, de cultura judaica, falava hebraico, aramaico e provavelmente conhecia o grego e o latim. Todavia, não podemos esquecer que todo o substrato do Novo Testamento está calcado em cultura judaica, traduzida para o grego (koinê), e dai para os demais idiomas.
Sendo assim, Igreja designa uma reunião de pessoas, sem estar necessariamente associada a uma edificação (templo) ou a uma doutrina específica. Era dessa forma que esse termo era usado no tempo de Jesus, bem como em todo o mundo de cultura grega. Quando alguém dizia minha igreja, isso significava originalmente, meu grupo, minha assembléia, um determinado grupo de pessoas. A associação desse termo a uma edificação (templo) ocorreu após a paganização dos cristãos no IV séc.d.c. por decreto do imperador Constantino.
Etimologicamente a palavra grega ekklesia é composta de dois radicais gregos: ek que significa para fora e klesia que significa chamados.
No texto Bíblico, no “Novo Testamento”, a palavra Igreja aparece por diversas vezes, onde é utilizada como referência a um agrupamento de cristãos e não a edificações (templos), nem mesmo a toda comunidade cristã em alguns momentos.
No evangelho de Mateus, capítulo 18, versículos 15 a 17, na tradução grega(koinê) do N T encontramos as seguintes palavras de Jesus: “Ora, se teu irmão pecar, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, terás ganho teu irmão; mas se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada. Se recusar ouvi-los, dize-o à igreja; e, se também recusar ouvir a igreja, considera-o como gentio e publicano.”, onde Igreja se refere ao grupo de cristãos ao qual pertençam tais irmãos.
Originalmente, em lingua hebraica ou aramaica no mesmo trecho acima, o Senhor Jesus teria dito: ” Se teu irmão errar, vai, repreende-o entre ti e ele somente. Se ele te escutar, terás ganhado teu irmão. Se ele não ouvir, leva contigo então um ou dois, para que na boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada. Se ele se recusar a ouvilos, dize-o à comunidade; e se ele se recusar a ouvir até a comunidade, ele será para ti semelhante a um goi (descrente) e a um coletor.”
Na Sagrada Escritura encontramos muitas imagens que mostram aspectos complementares do mistério da Igreja(assembleia). O Antigo Testamento privilegia imagens ligadas ao povo de Deus; o Novo Testamento, as ligadas a Cristo como Cabeça desse povo, que é o seu Corpo, e tiradas da vida pastoral (aprisco, rebanho, ovelhas), agrícola (campo, oliveira, vinha), de moradia (morada, pedra, templo), familiar (esposa, mãe, família). É importante observar que Paolo diz que: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (I Coríntios 3 : 16), e que no novo céu e nova terra João narrando a revelação de Jesus sobre o por vir, diz que: “E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.” (Apocalipse 21 : 22) O cristão não pode chamar um altar de padra de templo de Deus. É idolatria.
Se chamar, é porque no altar romano os católicos cultuam ídolos estátuas; e no altar evangélico, cultuam ídolos pastores.
A palavra Igreja aparece no Novo Testamento pela 1ª vez no livro de Mateus (C.16, V.18), onde Jesus Cristo afirma que edificaria sua assembleia, comunidade (Igreja) e que as portas do Inferno nunca prevaleceriam sobre ela: “18 Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha assembléia, comunidade (Igreja), e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.
Jesus afirmou que o reino, domínio de Deus, não viria com a instalação de nenhum vaticano ou templo, catedral de pedra e cal entre os homens.
“E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior.” (Lucas 17 : 20)
Paolo ainda nos diz que, se o reino (domínio) de Deus não brotar no nosso coração, estamos fazendo teatro religioso, evangélico, ou de qualquer outra matiz filha do cristianismo.
“Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder.” (I Coríntios 4 : 20)
“Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.” (Romanos 14 : 17).
Nos unirmos com outros cristãos é importante para a nossa edificação e doação em alegria e simplicidade de coração, sem pantomimas e estardalhaços. A isto denominamos de congregação. “Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.” (Hebreus 10 : 25)
Sendo assim, nenhum cristão genuíno vai para a igreja. Ou ele é Igreja, faz parte do corpo de Cristo, ou não é Igreja, não faz parte do Corpo de Cristo, não faz parte do conjunto dos chamados por Deus.
É isso aí,
Alvaro de Amorim Garcia Ximenes
Parabéns, só os escolhidos antes da fundação do mundo é que fazem parte da Igreja, pois Jesus Cristo é o cabeça e nós os membros, então se a cabeça é Santa todos os membros são Santos, pois não pode uma cabeça ser santa e o corpo imundo.
Então todos os que foram chamados segundo o propósito do Senhor Jesus, são Santos, e agora porque são Santos irão andar por um caminho alto e sublime que na sua palavra que é sua verdade, pois assim somos conduzidos em Espirito e em Verdade.
Parabéns a todos que entenderam isto, pois só há um Deus e este Deus é o Todo Poderoso e o seu nome revelado é Jesus.
Nao temos como agradecer ao Criador por nos ter libertado do sistema religioso, para servi-Lo livremente.
Obrigado irmão Djalma, compartilhe este site com todos seus contatos e redes sociais.
Forte abraço, que o Eterno continue lhe abençoando.