por Júlio César Prado
A errônea crença na imortalidade da alma não se baseia em nenhuma declaração bíblica. Encontramos, na Bíblia, cerca de 400 vezes a palavra “alma”, e aproximadamente 450 vezes a palavra “espírito”, mas nunca lhes é ligada a ideia de imortalidade inata.
Se os protestantes creem na imortalidade da alma, não é porque tenham encontrado, na Escritura, fundamento para essa crença, mas simplesmente porque a herdaram inadvertidamente da igreja católica, a qual, por sua vez, a derivou da filosofia dos povos pagãos, incorporando-a a religião no princípio da tenebrosa idade média, quando o paganismo invadiu a igreja e acarretou total apostasia da doutrina original contida nas Sagradas Escrituras. Foi então aceito grande número de erros graves. “Destaca-se entre outros o da crença na imortalidade natural do homem e sua consciência na morte. Esta doutrina lançou o fundamento sobre o qual Roma estabeleceu a invocação dos santos e a adoração da Virgem Maria. Disto também proveio a heresia do tormento eterno para os que morrem impenitentes, a qual logo de início se incorpora à fé papal. Achava-se então preparado o caminho para a introdução de ainda outra invenção do paganismo, a que Roma intitulou purgatório e empregou para amedrontar as multidões crédulas e supersticiosas. Com esta heresia se afirma a existência de um lugar de tormento, no qual as almas dos que não merecem condenação eterna devem sofrer castigo por seus pecados, e do qual, quando libertas da impureza, são admitidas no Céu” (O Grande Conflito, pág. 55). Leia Mais… »