Pastor com 6 filhos, dispensado por disciplinar “figurões”, recebe apoio financeiro de leigos para continuar

Antes de qualquer coisa, queremos dizer que amamos a IASD, e o objetivo da postagem é demonstrar solidariedade com o obreiro do Senhor e trazer à tona um fenômeno de marginalização e exoneração injusta de pastores. Também não pretendemos nos tornar num “adventistas ponto-contra” transformando nosso mural em um muro de lamentações e abominações. Mas esse caso merece destaque para conscientização do problema, pois geralmente a obra só faz reformas quando pressionada. Infelizmente.


Imagem: Começando a construção no terreno doado em Brotas – SP.

O pastor Rivaildo Freitas Cardoso foi dispensado recentemente da obra na Associação Paulista Central (APaC) sem motivo que justificasse a medida. Rivaildo, com esposa e 6 (seis) filhos, depois da demissão, se mudaram para Brotas, SP, a fim de morar no campo, e agora estão sem o sustento financeiro. Ele já levou mais de duas mil almas ao batismo. Uma constelação de testemunhas atesta da fidelidade deste pastor, conforme se vê nos comentários de sua postagem de 3 de junho de 2019, transcrita abaixo:

Pr. Rivaildo escreve:

Amados irmãos e irmãs, confesso que ainda estou me recompondo e me reconstruindo, pela graça de Jesus, deste triste fato da minha demissão repentina. Às 21:15 da quinta-feira (02/05/2019), recebi uma ligação do pastor Jacinto Cool Neto, ministerial da Associação Paulista Central (APaC) da União Central Brasileira (UCB) da IASD, convocando minha esposa e eu para uma reunião urgente com ele, com o pastor Steverson Lemes, secretário da APaC e com o Senhor Jailton Borges, tesoureiro da APaC.

Às 10:00 da sexta-feira (03/05/2019), o pastor Steverson Lemes, secretário da APaC, notificou para minha esposa e eu que ele, com o pastor Erlo Braun, presidente da APaC, com o senhor Jailton Borges, tesoureiro da APaC, levaram o meu nome para a junta diretiva da APaC (todos os departamentais dessa Associação) votar a demissão de nossa família pastoral, e a junta diretiva aprovou minha demissão e de minha família de 6 filhos e esposa. Perguntei “qual foi o motivo” (pois sou uma pessoa pública e deveria dar explicação aos milhares de irmãos que amamos e conhecemos); então me disse o pastor Steverson Lemes, secretário da APaC:

“O Senhor não desonrou o ministério com adultério, nem com roubo e nem com heresias doutrinárias; nós, da junta diretiva da APaC, concordamos que o senhor pastor Rivaildo Freitas Cardoso não é vocacionado para ser um pastor patrocinado pela Igreja Adventista do 7° Dia no sul das Américas; concordamos que o senhor pastor Rivaildo Freitas Cardoso não é o perfil desejável de pastor que a Igreja Adventista do 7° Dia no sul das Américas necessita hoje.” 

Algumas coisas somente entenderemos no milênio, lá no Céu, onde Deus mostrará os “para quês” de tudo que nos aconteceu nesta vida terrena. Fiz minha mudança na terça-feira (21/05/2019), com minha esposa e seis filhos, para a cidade de Brotas, onde começaremos a construir uma casinha humilde no campo (4 km da cidade de Brotas, terreno doado por uma família adventista a nós). Temos dinheiro para alicerce, paredes e telhado; dependeremos da misericórdia de Deus em nos enviar ajuda para terminar e ter um mínimo de conforto. Aqui vamos morar e trabalhar para manter minha família com dignidade e ter um ministério de sustento próprio, como teve o apóstolo Paulo. A igreja nesta região tem poucos membros (25 ativos) e tem 3 pequenas cidades vizinhas que não têm presença, nem igreja adventista ainda. Creio que Deus quer que eu termine minha vida de missionário juntamente com minha família missionária aqui.

Vivi 16 anos como missionário da Missão Global (com sustento próprio, trabalhando e recebendo ajuda de alguns amados irmãos e filhos de Deus), sustentando minha família; e juntos, eu e família, demos cerca de 7 mil estudos bíblicos e vimos cerca de 3 mil destas pessoas entregarem a vida ao Senhor Jesus de sul a norte do Brasil, na Venezuela, nas ilhas do Mar do Caribe e na América Central.

Deus nos chamou (eu e família) para sairmos da Amazônia e vir servir como família pastoral sustentada e mantida pela Igreja aqui no campo da Associação Paulista Central desde o ano de 2016 até 2019. Trabalhamos com amor, dedicação e fervor para avançar o reino de Deus nesta geografia, para santificar a vida dos membros das igrejas onde passamos nestes quatro anos e para repreender o pecado, levando os pecadores a uma humilhação e conversão genuína.

O fato de eu e minha família sermos demitidos do ministério sustentados pela Igreja de Deus mostra que Deus nos quer como missionários de sustento próprio daqui para frente até o dia da volta do amado Senhor Jesus ou o dia de nossa morte.

Guardem a fé, não se deixem comprar, nem se vendam para o mal ou o pecado. Fiquem com Deus e nas mãos do Amado Senhor Jesus. Oraremos sempre por todos os filhos de Deus nesta Terra (inclusive você que leu esta postagem). Eu e minha humilde família estaremos sempre abertos a receber vossas orações e ajudas (conforme Deus os ordene) para conosco.

Att, pastor Rivaildo Freitas Cardoso e família. (Com alterações do revisor)

Irmãos do CongressoMV arrecadam dízimos e ofertas para ajudá-lo

Segundo um membro da IASD em Campinas, o pastor Rivaildo disciplinou algumas pessoas, conforme prescreve o manual da igreja, mas alguns dos disciplinados acionaram a Associação, que o transferiu para um distrito cheio de problemas em Sumaré SP, e finalmente o dispensou.

Uma irmã de Sumaré testifica que os membros estavam fazendo um baixo assinado para o pastor e a família voltarem porque gostam deles. Diante desta situação de tristeza e emergência, decidimos fazer uma arrecadação de dízimos para este obreiro literalmente “descartado”, e que agora passou a ser obreiro leigo. Sim, dízimos; e não somente ofertas. Isso é permitido pela profetisa, ela mesma encaminhou seus dízimos para missionários no sul dos EUA, ao mesmo tempo reconhecendo que esse é o plano B, é uma alternativa lícita em casos especiais. Ela escreve:

“Com respeito aos negros no sul, esse campo tem sido negligenciado e ainda está sendo privado dos meios que deveriam ir aos obreiros nesse campo. Se houve casos onde nossas irmãs se apropriaram do dízimo em benefício da obra dos ministros em favor dos negros no sul, que cada homem, se ele for sábio, mantenha sua calma.

Eu mesma me apropriei dos meus dízimos para os casos mais necessitados trazidos à minha atenção. Eu fui instruída a fazer isso, e como o dinheiro não é retido do tesouro do Senhor, não é um assunto que deveria ser comentado; pois isso tornaria necessário eu explanar esses assuntos, o que eu não desejo fazer, pois não é o melhor.” Carta 267, 1905. Lt267-1905.4 Ver também vídeo “O Dilema do Dízmo” de Erich Assunção.

Somos membros pela igreja, membros pela IASD; e continuaremos sendo. Não estamos com esta postagem incentivando a não devolução de dízimos à organização da IASD por causa das abominações que acontecem nela, esse não é o ponto desta campanha. Mas sim pela situação de emergência propriamente dita, pela família pastoral de oito cabeças que foi despejada sem honra. A indenização líquida de 6 mil reais, deu para Rivaildo custear o fundamento, paredes e telhado da casa (não sei como!). Essa contribuição nossa vai ajudá-los a terminar a casa e ter o sustento nessa fase difícil de transição. Enviem diretamente ao pastor.
Bradesco
Agência: 0060-4
CC: 8292-9
CPF: 426.696.218-56 SHEILA DE JESUS CARDOSO (esposa)

Áudio da irmã C. que menciona trinta pastores que perderam seu cargo recentemente na Associação Sul Paranense.

Fonte: http://www.congressomv.org/rivaildo/

Sobre Max Rangel

Servo do Eterno, Casado, Pai de 2 filhas, Analista de Sistemas, Fundador e Colunista do site www.religiaopura.com.br.

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