A organização adventista fez esse videoclipe em homenagem ao adolescente Samuel Melquíades, morto aos 16 anos de idade com tiros e golpes de machadinha no ataque aos alunos e funcionários da Escola Raul Brasil, em Suzano, SP.
Sem emoção. O pastor Paulo Sérgio Fernandes identificou Samuel como um ex-desbravador, filho de colportor. Mas a última homenagem prestada antes de seu sepultamento contou com a participação de Desbravadores e líderes, aparentemente comovidos.
Samuel Melquíades era desbravador do clube Soldados da fé em Suzano. Ninguém entendeu a razão que levou o pastor, líder de Desbravadores, a negar que Samuel ainda fosse Desbravador, apesar da participação do ministro na cerimônia de sepultamento do rapaz, vítima de terrorismo doméstico em Suzano, SP.
Disse somente que “uma vez desbravador sempre desbravador”, mas informou que se o adolescente se dedicava agora ao grupo de jovens da igreja e que não o conhecia… Você sentiu alguma emoção na fala desse pastor?
Talvez estivesse envergonhado e receoso quanto ao risco de alguma pergunta sobre o ritual da machadinha nos grandes eventos de Desbravadores:
Com certeza, sabia que a machadinha do passado não é mais apenas uma ferramenta anti-ecológica, que se usa para cortar árvores e madeira para lenha em acampamentos…
Tornou-se símbolo também de idolatria, culto ao touro e à violência, ainda que aprovado pela Associação Geral…
A “machadinha” gigante do Campori de Barretos 2019 está associada aos games violentos, que predispuseram os autores do massacre de Suzano a agirem daquela forma satânica…
E depois da morte de Samuel Melquíades, esse rito da machadinha se tornou ainda muito mais inadequado, por reforçar a cultura da violência e da força, contrariando a cultura do amor e da paz, estimulada pelas palabvras e o exemplo de Jesus Cristo…
A melhor homenagem a Samuel Melquíades seria a destruição da machadinha maldita usada em Barretos, seguida das renúncias de Udolcy Zukowisk e de Erton Kohler.
Fonte: adventistas.com