Por José Silva
Como se constrói uma teoria? A partir de hipóteses ou pressuposições, que podem ser prováveis ou improváveis, e, a partir de uma tese ou diversas teses desenvolvidas com alguma lógica ou até muita lógica, quando aceitas por um grande número de estudiosos do assunto, porém de difícil comprovação, então segue como uma TEORIA.
Assim ocorre com a Teoria da Evolução ou da Criação!
Teologicamente há uma teoria referente à Divindade, quanto ao número de pessoas Divinas, no cristianismo, que tem por base de pesquisa um compendio que é a Bíblia Sagrada.
Na atualidade, provavelmente, a maioria dos pesquisadores bíblicos, têm aceito a teoria da Trindade, realidade essa que vem se modificando, pois na verdade a grande maioria não pesquisa em profundidade, e os que estão pesquisando, estão chegando a novas conclusões.
Conheci uma pessoa que foi bancário e trabalhou em uma cidade do interior de um estado no centro oeste do Brasil, na década de 1970.
Naquele tempo, ainda não eram utilizados os computadores, como hoje, e as agências bancárias tinham entre suas máquinas uma que era o “telex”, uma máquina que funcionava, ligada à rede telefônica, e recebia e transmitia mensagens de forma programada, especialmente à noite, de madrugada, após as 24 horas, quando o resultado da Câmara de Compensação era informado referente os cheques processados em outros Bancos e outras cidades, para que pudessem ser lançados nas contas dos emitentes, que eram fichas gráficas.
Contou, esse bancário, que, numa agência onde ele trabalhou, quando chegou essa máquina (telex), esqueceram de informar ao guarda noturno que cuidava da agência que aquela máquina funcionava sozinha, sem o acionamento de uma pessoa sentada à sua frente dedilhando o seu teclado.
Na primeira noite do funcionamento daquele telex, depois da meia noite, o guarda ouviu a máquina escrevendo, e não parava. Ela ficava no andar superior da agência, e o guarda ficou assustado, pois sabia que não havia nenhum funcionário trabalhando naquele horário. Então ele foi devagar subindo às escadas e ao chegar no pavimento, acionou o interruptor de luzes, e não viu ninguém, mas a máquina estava funcionando. Ele acreditava em “fantasmas”, e a notícia se espalhou. Na sua mente, as máquinas de datilografia só funcionavam quando uma pessoa estivesse dedilhando em seu teclado.
Assim, muitos “teólogos”, graduados, e até com pós graduação (mestrado, doutorado e até pós doc em divindade), também acreditam e advogam que o Espírito de Deus, que sabe as coisas de Deus, para saber as coisas de Deus, tem que ser uma “pessoa”, um “outro” ser; e, equivocadamente usam o texto de 1Coríntios 2:10 para embasar sua tese, e assim estão como aquele guarda noturno daquela Agência Bancária, acreditando que uma ação só pode se realizar se uma pessoa a estiver realizando.
Esses teólogos, advogados da “trindade”, ignoram a explicação do apóstolo que é apresentada no verso seguinte, ou seja no verso 11: Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. 1 Coríntios 2:11
Ora, se o Espírito de Deus, por saber as coisas de Deus fosse uma “outra” pessoa, então também o espírito do ser humano seria uma outra pessoa.
Como o apóstolo está explicando o Espírito Santo, ver verso 13, ele encerra a explicação no verso 16: Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo. 1 Coríntios 2:16
Portanto, o Espírito Santo é a “mente” (capacidade mental, capacidade de pensar e realizar o que pensa) do Senhor (Deus, o Pai), e a “mente” de Cristo.
Espírito = mente (capacidade mental), no caso do Espírito de Deus, é de capacidade INFINITA. No caso do espírito humano ou de outra criatura com capacidade mental (anjos, arcanjos, querubins, serafins) a capacidade de realização e de pensamento é FINITA.
Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Romanos 8:9
Aqui, mais uma vez o apóstolo explica com muita objetividade, e estabelece a igualdade do Espírito de Deus e o Espírito de Cristo, portanto se o Espírito de Deus fosse uma terceira pessoa, então o Espírito de Cristo seria uma quarta pessoa, e assim não existiria uma “trindade”, mas um “quarteto” divino.