Por que o símbolo da medicina é uma cobra?
A cobra seria o bem e o mal, a sagacidade e a imortalidade, o elo entre o mundo conhecido (a superfície da Terra) e o desconhecido (os subterrâneos)
Redação Mundo Estranho — Ana Carolina Leonardi
Publicado em 18 abr 2011, 18h58
A ofiolatria – ou culto à serpente, em português claro – era muito comum nas civilizações antigas. “A cobra seria o bem e o mal, a sagacidade e a imortalidade, o elo entre o mundo conhecido (a superfície da Terra) e o desconhecido (os subterrâneos)”, afirma Joffre de Rezende, da Universidade Federal de Goiás, membro da Sociedade Brasileira de História da Medicina.
Na Grécia, serpentes circulavam pelos templos do deus da medicina (Asclépio em grego, Esculápio em latim) e eram consideradas benéficas aos pacientes. Quando uma peste atacou Roma, em 293 a.C., os romanos buscaram uma dessas cobras. Quando a epidemia declinou, acreditaram que o animal representava o poder desse deus.
“Nas esculturas descobertas em escavações arqueológicas da civilização greco-romana, Asclépio sempre está segurando um bastão de madeira no qual está enrolada uma serpente”, diz Joffre. Esse bastão representaria a árvore da vida: a perpetuação do ciclo de morte e renascimento que ocorre na natureza. Sem ele, portanto, o símbolo estaria incompleto.
Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/por-que-o-simbolo-da-medicina-e-uma-cobra/
O bordão ou bastão de Esculápio ou Asclépio é um símbolo antigo, relacionado com a astrologia e com a cura dos doentes através da medicina. Consiste de um bastão envolvido por uma serpente. Às vezes é confundido com o caduceu de Hermes (Mercúrio), que consiste num bastão com duas serpentes enroscadas e asas no alto. Esculápio (em latim: Aesculapius) era o deus romano da medicina e da cura. Foi herdado diretamente da mitologia grega, na qual tinha as mesmas propriedades mas um nome sutilmente diferente: Asclépio (em grego: Ἀσκληπιός, transl. Asklēpiós).
De acordo com a Mitologia Grega, Esculápio teria aprendido a arte da cura com Quíron. Ele é costumeiramente representado como um cirurgião na embarcação Argo, construída com a ajuda da deusa Atena. Esculápio era tão habilidoso nas artes médicas que ganhou a reputação de ter trazido pacientes de volta dos mortos. Em virtude disto, foi punido e colocado nos céus como a constelação Ofiúco (significando: “o portador da serpente”, ou “O Serpentário”). Tal constelação fica entre Sagitário e Escorpião.[1]
Em várias esculturas procedentes de templos de Asclépio greco-romanos, o deus da medicina é sempre representado segurando um bastão com uma serpente em volta, o qual se tornou o símbolo da medicina.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), fundada em 1948, adotou o símbolo de Asclépio como parte da sua bandeira. A Associação Médica Mundial, reunida em Havana em 1956, também adotou um modelo padronizado do símbolo de Asclépio para uso dos médicos civis. As organizações médicas de caráter profissional e de âmbito nacional de vários países, que possuem emblema com serpente de Asclépio, são as do Brasil, Canadá, Costa Rica, Inglaterra, França, Alemanha, Suécia, Dinamarca, Itália, Portugal, África do Sul, Austrália, Nova Zelândia, países do sudeste asiático, China e Taiwan.[2]
Caduceu de Hermes e de AsclépioO bastão de Asclépio (o idealizado como símbolo da medicina) é uma serpente dando duas voltas e meia em torno do bastão de madeira. Entretanto, equivocadamente a Marinha dos Estados Unidos adota o símbolo de Hermes ao seu corpo médico e há uma certa divergência leiga acerca da utilização dos caduceus – ou bastões. O caduceu de Hermes, que na verdade tem uma representação da Contabilidade,[3] é descrito como um bastão de ferro, com duas serpentes e ao final anexado um par de asas. O símbolo médico não deve ser representado com asas.[2]
Derivações
Todo símbolo pode ser estilizado, porém não pode ser substituído por outro. Como estilizações originais do símbolo de Asclépio podemos citar os seguintes símbolos e as alterações utilizadas em território brasileiro.
- Associação Paulista de Medicina e o da Academia Brasileira de Medicina Militar, em que o bastão toma a configuração de uma espada;
- Escola Paulista de Medicina, em que o bastão é o próprio tronco de uma árvore;
- Associação Brasileira de Educação Médica, em que o bastão é uma tocha, simbolizando a luz do saber;
- Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, em que a serpente assume o formato de um nó cirúrgico;
- Conselho Federal de Medicina Veterinária, onde junto ao bastão e à serpente está inserida a letra V, ambos tendo como moldura um hexágono irregular.[4]
Referências
- Escorpião (astrologia)[BERNADETTE, Brady. Brady’s Book of Fixed Stars. Weiser Books, 1999, ISBN=1-57863-105-X.]
- ↑ Ir para:a b Joffre M. de Rezende, Prof. Emérito da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás Disponível em: <http://usuarios.cultura.com.br/jmrezende/simbolo.htm>. Revisado em Fevereiro/2009. Acesso em 23/02/2009.
- ↑ Site oficil da empresa Borkenhagen Soluções Contábeis Ltda. Disponível em: <http://www.borkenhagen.net/caduceu.html>. Revisado em Fevereiro/2009. Acesso em 23/02/2009.
- ↑ [1]
DOWNLOADS
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