Ele chegou a disputar liderança com Donald Trump, mas perdeu fôlego.
Médico, Carson era o único negro nas prévias americanas.
O neurocirurgião aposentado Ben Carson, de 64 anos (foto), membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, anunciou nesta sexta-feira (4) que abandonou a corrida à nomeação para ser o candidato republicano à presidência americana na eleição deste ano. O anúncio ocorreu numa convenção conservadora na capital Washington. “Há muitas pessoas que me amam, mas elas não votam em mim”, disse Carson, que foi muito aplaudido no encontro. O republicano já sabe o que vai fazer a partir de agora: aceitou a função de liderar um grupo que busca fazer os evangélicos participarem das eleições americanas.
Único afro-americano na disputa para suceder Barack Obama, Carson já havia dito esta semana que não via “um caminho político a seguir” nas prévias republicanas. Sua campanha começou cedo, mas não decolou e foi perdendo fôlego. No último trimestre do ano passado, Ben Carson desfrutou de um momento de popularidade e chegou a ser visto como uma alternativa ao magnata Donald Trump.
Ele saiu da pobreza em Detroit para o cargo de chefe da neurocirurgia pediátrica no Hospital Johns Hopkins, em Baltimore. Carson entrou para a história da medicina no ano de 1987 ao separar gêmeas siameses unidas pela cabeça. Ele está agora aposentado da medicina. “Muitas pessoas me sugeriu que eu deveria concorrer à presidência, mesmo que eu não sou um político”, disse Carson. Como adventista do sétimo dia concluiu, pelo estudo da Bíblia, que o retorno de Jesus Cristo a Terra está iminente. Carson reconhece que ao morrer na cruz do Calvário, Jesus realmente morria por todo membro da família humana tornando assim a salvação possível a todos.
Por este ato incomparável, o adventista do sétimo dia ama a Jesus, seu Salvador. É muito natural que alguém que ame a Cristo busque obedecer a Seus mandamentos, um dos quais ordena à humanidade a santificação do sétimo dia de cada semana. A Bíblia ensina que o sábado é tanto um memorial da Criação como um sinal entre Deus e Seu povo. Em segundo lugar, o Apocalipse diz que a besta que emerge da terra fará uma imagem à besta que emerge do mar e forçará o mundo todo a adorá-la. Qualquer pessoa que se recuse a adorar a imagem pode ser morta, ou no mínimo ser proibida de exercer atividades econômicas.
A Idade Média da história europeia foi um tempo de supremacia papal. O papa tinha poder de estabelecer e remover reis, e era dever dos governos europeus impor a doutrina e a ordem moral do papado. A maioria das pessoas conhece as severas perseguições que ocorreram por causa da Inquisição, incluindo a execução de hereges por métodos tão cruéis que incluíam queimar pessoas vivas na estaca. Contudo, o papado em si geralmente não executava os hereges. Os tribunais religiosos do papado ouviam as acusações contra o réu e davam a sentença para os que eram considerados culpados, mas nesse momento a igreja entregava o réu à autoridade secular para que fosse punido. Assim, o Estado era o “braço direito” da igreja.
Essa é precisamente a relação que existe entre a besta da terra e a besta do mar em Apocalipse 13. O verso 12 diz que a besta da terra “faz com que a Terra e os seus habitantes adorem a primeira besta. O verso 15 acrescenta que foi dado poder à besta da terra para “comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta”. Em outras palavras, a besta da terra (os Estados Unidos) impõe a adoração e os ensinos da besta do mar (Roma). Como aconteceu no passado, Apocalipse 13 (quando fala do surgimento de uma segunda besta) aponta a união futura do maior poder político do planeta (Estados Unidos) ao maior poder religioso (Vaticano) para estabelecer um domínio global.
A revista Times, refere-se à nação americana como “a única superpotência remanescente no mundo”. Por sua vez, o escritor Carlos Krauthammer assegura que “não há perspectiva, no futuro imediato, do surgimento de qualquer poder para rivalizar com os Estados Unidos”. Já Yassir Arafat, referindo-se ao novo “status” americano, chama Washington de “a Nova Roma”. Nova Roma! Por que? Porque a antiga Roma foi à superpotência da sua época sem rivais, e os Estados Unidos ocupam agora esta posição.
O símbolo usado por Arafat, naturalmente, evoca de imediato uma interpretação do capítulo 13 do livro de Apocalipse, segundo a qual os Estados Unidos – representados pela besta “parecendo cordeiro”, de dois chifres (verso 11) – surgem por volta do tempo em que o papado recebeu sua ferida temporária com o fim da sua supremacia de 1.260 anos, no século 18. Embora o animal simbólico de Apocalipse 13 tenha surgido num estilo “soft”, refletindo características pacíficas de liberdade religiosa e de democracia na América do Norte, brevemente estará falando “como dragão”, exercendo “toda a autoridade da primeira besta na sua presença”, e dando “fôlego à sua imagem” (verso 11 e 15). Quem é aquela “primeira besta na sua presença?” Roma! E a América é agora… à nova Roma?
Estes comentaristas, inconscientemente, estão dizendo que os Estados Unidos, pela primeira vez em sua história, estão desempenhando o seu papel profético. Os Estados Unidos da América certamente possuem bons valores, dignos de serem defendidos, como a democracia e a liberdade religiosa. Infelizmente, de acordo com a profecia, a nação falará “como dragão”, e em lugar da defesa positiva desses valores, ela dará força a um sistema religioso opressor – “fará uma imagem à besta” – diante do mundo. Na verdade, grandes mudanças acontecerão até que os Estados Unidos cumpram seu destino profético.
A precária situação financeira não pode ser ignorada também. Apesar disso, a ascensão dos Estados Unidos como uma nova potência, sem rival, encaixa uma peça principal do quebra-cabeça profético em seu devido lugar. Ela é um inconfundível sinal da segunda vinda de Jesus Cristo. Apesar de Ben Carson ser um grande neurocirurgião, ele agiu sabiamente em desistir a corrida à nomeação para ser candidato à presidência dos EUA. Visto que a besta que subiu do mar representa Roma papal, a besta semelhante a um cordeiro estará profundamente envolvida em atividades religiosas porque imporá supremo respeito por Roma papal e exigirá que todos os habitantes da terra prestem culto de acordo com os ditames papais.
“A profecia aponta aí para a aprovação de alguma medida religiosa cuja observância seria considerada um ato de adoração, pois que o adorador, observando-a, reconhece a autoridade da primeira besta em assuntos de religião” (Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. 7, pág. 821). A segunda besta só surgiu depois que a primeira foi ferida de morte, e a sua missão é glorificar a primeira besta e fazer com que toda a terra a adore (Foto: Divulgação).
Fonte: http://www.apocalipsenews.com/mundo/republicano-ben-carson-abandona-disputa-presidencial-nos-eua/