Série americana revela a verdade sobre a origem satânica da NASA, que Michelson Borges tenta esconder

Na série “Strange Angel” a ciência dos foguetes se confunde com o Ocultismo

segunda-feira, julho 23, 2018 Wilson Roberto Vieira Ferreira

Seu nome foi proscrito da história da Ciência. Embora suas descobertas tenham sido uma das bases das viagens espaciais e de ser co-fundador do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, seu nome também foi riscado da história da agência espacial.

Ele é Jack Parsons (1914-1952), jovem projetista de foguetes e químico, criador dos combustíveis sólidos. Mas viveu em um fina linha que separa a genialidade da loucura: de dia exercia a ciência experimental. E à noite era o líder da O.T.O (Ordo Templi Orientis) da Califórnia, organização ocultista dominada por Aleister Crowley. Até o momento em que Ciência e Ocultismo se misturaram a tal ponto em que para ele a tecnologia dos foguetes era não apenas uma forma do homem chegar ao espaço. Mas também a oportunidade para abrir portais para seres extradimensionais. A série “Strange Angel” (2018-) produzido pela rede CBS dos EUA pretende mergulhar na vida desse controverso cientista que, ironicamente, possui uma cratera no lado oculto da Lua batizada com o seu nome.

“O mundo não será o mesmo, algumas pessoas riram, algumas pessoas choraram. A maioria ficou em silêncio. Eu lembrei algo da escritura Hindu, o ‘Baghavad Gita’, ‘Agora eu me torno a morte, o destruidor de mundos”.

(Robert Oppenheimer, ao descrever o impacto sobre as testemunhas da primeira explosão da bomba atômica)

Quando se fala na história da engenharia aeronáutica e espacial, os nomes mais conhecidos são do russo Konstantin Tosiokovsky, do norte-americano Robert Goddard e do alemão Werner Von Braun, desenvolvedor dos foguetes V2 nazistas e depois líder do projeto espacial dos EUA que levou o homem à Lua.

Mas poucos ouviram falar de Marvel Whiteside Parsons (aka Jack Parsons), químico norte-americano co-fundador do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA (JPL) cujos projetos em combustíveis sólidos deram grande contribuição ao desenvolvimento dos foguetes – todo o projeto espacial da NASA se baseou na tecnologia de combustível sólido desenvolvida por Parsons.

Morto aos 37 anos, em 1952, em uma explosão com produtos químicos na garagem da sua residência, suas obras e pesquisas foram sistematicamente expurgadas dos arquivos da Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia), assim como citações em trabalhos de outros pesquisadores. E seu nome riscado nos registros históricos da NASA – apesar de, ironicamente, uma cratera do lado oculto da Lua ter sido batizada com o seu nome.

O fato é que Jack Parsons tinha uma reputação no mínimo controversa, vivendo em uma linha fina entre a genialidade e a loucura: Parsons também era líder norte-americano da O.T.O. (Ordo Templi Orientis), organização ocultista, na época comandado por Aleister Crowley e seu “movimento telêmico” com práticas de magia sexual. Devoto e entusiasta de Crowley, Parsons chegava ao ponto misturar as experiências de desenvolvimento de foguetes no deserto de Mojave com rituais de invocação ao deus Pã.

Uma bizarra mistura entre ciência, invocações a entidades extradimensionais a cada lançamento noturnos de foguetes no deserto, projetos para a Força Aérea dos EUA em meio a Segunda Guerra Mundial e liderança entre atores, poetas e escritores que participavam de estranhas festas envolvendo magia sexual telêmica na mansão de Parsons em Pasadena.

A série da rede de TV norte-americana CBS, Strange Angel (2018-), baseada na biografia “Strange Angel: The Otherworldly Life of Rocket Scientist John Whiteside Parsons” de George Padle, pretende dar conta dessa improvável conexão entre Ocultismo e Ciência na vida de um cientista em uma época em que foguetes eram coisas de revistas de ficção científica como a mais conhecida da época, a Amazing Stories – a série pode ser assistida na plataforma de vídeos Stremio.

A imagem nos créditos iniciais de cada episódio mostrando um foguete de cujo escapamento saem cartas de Tarot ao invés de chamas é a melhor metáfora que parece sintetizar o propósito da série produzida pelo diretor Ridley Scott (Blade Runner e Prometheus) – Jack Parsons era apenas um jovem projetista de foguetes inspirado na ciência e misticismo de revistas de ficção científica? Ou será que havia uma conexão mais profunda, de natureza tecnognóstica: a decolagem de foguetes como a metáfora da própria transcendência espiritual para fugir desse mundo?

Seria Parsons na verdade um jovem alquimista em pleno século XX no qual a manipulação química de combustíveis e das energias corporais na magia sexual convergem para um único propósito místico? – a realização do antigo sonho gnóstico da libertação espiritual da prisão material. Apenas que, agora, não apenas limitado a rituais, invocações e cerimônias. Mas dessa vez com a ciência e tecnologia do século XX à disposição dos iniciados.

A Série

No momento em que essa postagem é publicada, a série já conta com seis episódios de dez previstos para a primeira temporada. A narrativa é ambientada na Los Angeles das decádas de 1930-40. Jack Parsons (Jack Reynor) é um brilhante e ambicioso trabalhador em uma indústria de explosivos. Lendo avidamente os contos da famosa revista de sci-fi e terror Amazing Stories, Parsons cultiva fantásticos sonhos de viagens espaciais, e acredita que os foguetes podem pular das páginas de ficção para a realidade.

Parsons rouba produtos químicos da indústria para, junto com o seu amigo Richard Onsted (matemático e acadêmico – Peter Kendall) e seu amigo de infância e também entusiasta de foguetes Edward Foreman passar as noites disparando pequenos foguetes em um matagal nos limites da cidade.

Jack é casado com Susan (Bella Heathcote), para quem havia prometido preencher sua vida com a arte e música. Mas tudo que consegue é uma vida às voltas com a falta de dinheiro. A redenção é a possibilidade de o financiamento do projeto de Jack e seus amigos seja aprovado pela Caltech.

Há uma tensão em sua vida conjugal. Susan é católica, conservadora e reprimida sexualmente, mas com paixões secretas: gosta de ouvir “Sagração da Primavera”, obra de vanguarda atonal de Stravinsky.

A tensão só aumenta com a chegada de um misterioso vizinho chamado Ernest (Rupert Friend) que será a ponte de Jack Parsons com o ocultismo: em muitas linhas de diálogo ele cita Aleister Crowley (“faze tudo o que tu queres há de ser o Todo da Lei”) e figura um estilo de vida livre, com sua motocicleta e uma faca, e insiste que o casal deva conhecer o seu grupo de reuniões secretas.

Repressão sexual, conservadorismo religioso e a insatisfação profissional (o financiamento do projeto está em xeque pelo fato de Parsons não ter titulação ou prestígio acadêmico) é a combinação explosiva (desculpe o trocadilho…) que impulsionará seu interesse pela “Loja Agape”, o nome da unidade da O.T.O. na Califórnia.

O ritmo dos episódios é lento, sem deixar de ser interessante pela reconstituição de época (o cenário político e cultural com a aproximação da Segunda Guerra Mundial), cujo ápice é a fuga de Susan quando, ao lado de Parsons, participam como espectadores de um ritual de magia sexual de Thelema em um casarão de Los Angeles. Começa a sucessão de tensões em todos os quadrantes da vida de Jack – a necessidade de romper com todos os limites, sejam conjugais, sexuais, científicos, acadêmicos e espirituais.

Jack Parsons: no lugar certo e na hora certa

A personalidade controversa e excêntrica de Jack Parsons, riscado da história da Ciência mas com o seu nome batizando uma cratera da Lua, acabou produzindo uma série de especulações (ou “teorias conspiratórias”) sobre esse amálgama da ciência experimental com o Ocultismo.

Acrescente a isso ao fato que a ambição e talento de Jack Parsons estavam no lugar certo na hora certa: naquele momento a Califórnia era o centro de uma revolução que seria irradiada em escala planetária – a indústria do cinema de Hollywood, o crescimento exponencial do esoterismo, misticismo e ocultismo na cena artística e cinematográfica, a engenharia de foguetes da Caltech, e os experimentos em energia nuclear que culminaria com a explosão da primeira bomba atômica de Robert Oppenheimer em Los Alamos, muito perto da base de experimentos com foguetes de Parsons, próximo de um lugar emblematicamente chamado “Estrada da Morte”.

“Augurs of Spring” — Episode 101– Pictured (l-r): Jack Reynor as Jack Parsons; Rade Å erbedžija as Prof. Filip MeÅ¡ulam; Peter Mark Kendall as Richard Onsted of the CBS All Access series STRANGE ANGEL. Photo Cr: Elizabeth Lippman/CBS ©2018 CBS Interactive, Inc. All Rights Reserved.

Jack Parsons, Cabala e a bomba atômica

Para muitas das “teorias conspiratórias”, como cabeça da operação da O.T.O. na América, Jack Parsons produziu um gigantesco ritual satânico, juntamente com outro membro, cujo codinome era “Frade H”.

Em 1948, Jack Parsons fez um dos mais sombrios rituais, conhecido pelos cabalistas, ocomo “Trabalho de Babalon”. Um ritual que requer que o iniciado visualize a “Árvore da Vida” da Cabala, com suas 10 esferas e 22 caminhos. Entre as 3 esferas superiores e as 7 inferiores está o chamado “Abismo”. O lugar onde a personalidade de uma pessoas e sua sanidade podem ser potencialmente destruídas.

Se o iniciado percorre o Abismo com sucesso, com a personalidade intacta, ele se torna um Irmão Negro da Cabala, um magro negro do “Caminho da Mão Esquerda” na tradição do judaísmo místico.

Parsons aprendeu nos antigos ensinamentos de Crowley que Cristo e sua Igreja eram os inimigos da civilização, e que deveriam ser destruídos.

Em uma peregrinação de 20 dias no Deserto de Mojave, onde fica hoje a Área 51, Parson teria invocado Babalon, a Mulher Escarlate, a “Prostituta do Apocalipse. De acordo com o misterioso Frade H, durante o ritual viu Parsons abrir um buraco no espaço-tempo e algo maligno saiu de lá.

Jack Parsons (1914-1952)

Quem era o misterioso Frade H? Nada menos que o inventor da nova religião-culto da Cientologia L. Ron Hubbard, ex-iniciado na O.T.O. de Aleister Crowley,. Cientologia tem seguidores e fiéis milionários de Hollywood. Gente interessada na técnicas de magia judaica inspiradas por Britney Spears e Madonna.

Parsons tinha uma parceira de magia sexual na O.T.O.: a atriz e poeta Marjorie Cameron. Marjorie teria confessado ter feito parte do ritual Babalon. Disse que foi a usada por Jack Parsons, Ron Hubbard, Aleister Crowley e os cientistas do projeto Manhattan, localizado na unidade de pesquisa atômica em Los Alamos – CARTER, John (2004). Sex and Rockets: The Occult World of Jack Parsons (new ed.). Port Townsend: Feral House.

Durante o ritual Jack Parsons a engravidou sexualmente quando o espírito do Anti-Cristo estava sobre ele. Cameron ficou grávida. Eles estavam criando o que na Cabala se descreve como um “Golem”, um humanoide criado artificialmente animado por feitiços e mantras feitos por magos – a chamada “linguagem do crepúsculo”.

Michael Hoffman em seu livro Sociedades Secretas e Guerras Psicológicas especula que o feto do Golem teria sido colocado dentro da capsula gigante que foi fotografada na base de testes de Los Alamos. Essa misteriosa cápsula foi apelidada de “Jumbo”, feita de aço sólido e cimento. É possível que o feto tenha sido colocado no centro da cápsula e então irradiado com a explosão da primeira bomba atômica do mundo – HOFFMAN, M. Secret Societies and Psychological Warfare, Independent History and Research, 2001.

Espalhando o “bebê demoníaco”, com o que a Cabala chama de “força demoníaca do fogo atômico”. Não teria sido à toa que a explosão da primeira bomba atômica em Los Alamos foi ironicamente intitulada de “Experiência Trinity” (Trindade… Santíssima Trindade?).

A conferir até que ponto a série Strange Angel vai mergulhar em todo esse imaginário e controvérsias sobre a figura legendária de Jack Parsons.

Fonte: http://cinegnose.blogspot.com/2018/07/na-serie-strange-angel-ciencia-dos.html

Sobre Max Rangel

Servo do Eterno, Casado, Pai de 2 filhas, Analista de Sistemas, Fundador e Colunista do site www.religiaopura.com.br.

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