Sete Argumentos de Leandro Quadros em defesa da Pena de Morte, na Mira da Verdade MESMO!

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Em recente comentário na fanpage do programa Na Mira da Verdade, produzido e transmitido pela Rede Novo Tempo, e em sua homepage pessoal, o apresentador Leandro Quadros, que cursou Teologia mas se intitula “professor”, rasgou elogios ao artigo do pastor José Flores Júnior, favorável à pena de morte publicado pela Revista Adventista, ao qual já refutamos aqui no Adventistas.Com:

“Quero expressar minha gratidão e contentamento pelo artigo intitulado ‘Não Matarás!’, do Pr. José Flores Júnior, publicado na Revista Adventista no mês de março de 2015. O autor pensou biblicamente e não se deixou levar por argumentos humanistas nada convincentes. … 

“Estou reunindo material para escrever sobre o assunto de forma muito mais ampla. Creio que nos próximos meses darei uma contribuição ainda maior a essa questão, tanto do ponto de vista bíblico quanto filosófico e sociológico. …

“Enquanto isso, expresso minha gratidão a José Flores Júnior e à Revista Adventista por uma matéria tão importante, e que com certeza ajudará a muitos cristãos a pensarem mais biblicamente.”

A seguir, respondemos biblicamente às sete principais alegações do Professor Leandro Quadros acerca da pena de morte, encontradas nesse texto:

1. “Cada pessoa tem o direito de ser contra ou a favor da pena de morte. Porém, aqueles que são contra, precisam aceitar que não podem usar a Bíblia a favor deles.”

Perceba que o apresentador da Rede Novo Tempo inicia sua argumentação com um jogo de pakavras, aparentemente drmocrático, mas que desestimula, menospreza e, por fim, proíbe a defesa de ponto de vista desfavorável à pena de morte, rotulando-o como antibíblico.

Posicionando-se como portador exclusivo da Verdade, afirma que qualquer defesa de posição diferente da sua, contraria a vontade de Deus revelada na Bíblia e coloca o oponente sob o desagrado divino e maldição. É como se lêssemos um documento papal da Idade Média, em que o sumo pontífice católico definia e dizia ex catedra o que era ou não permitido ou correto para a Igreja, sem direito a réplica ou questionamentos.

2. “As Escrituras sancionam a pena capital, desde que seja aplicada pelo Estado (Rm 13:1-5. Leia também At 25:11).”

Nenhuma das passagens por ele citadas referem-se diretamente à pena de morte, nem contêm aprovação alguma para a pena capital desde que aplicada pelo Estado. Romanos 13 fala de sujeição às autoridades, pela prática do Bem, não por temor mas em amor ao próximo:

Romanos 13

1 Cada qual seja submisso às autoridades constituídas, porque não há autoridade que não venha de Deus; as que existem foram instituídas por Deus.
2 Assim, aquele que resiste à autoridade, opõe-se à ordem estabelecida por Deus; e os que a ela se opõem, atraem sobre si a condenação.
3 Em verdade, as autoridades inspiram temor, não porém a quem pratica o bem, e sim a quem faz o mal! Queres não ter o que temer a autoridade? Faze o bem e terás o seu louvor.
4 Porque ela é instrumento de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, porque não é sem razão que leva a espada: é ministro de Deus, para fazer justiça e para exercer a ira contra aquele que pratica o mal.
5 Portanto, é necessário submeter-se, não somente por temor do castigo, mas também por dever de consciência.
6 É também por essa razão que pagais os impostos, pois os magistrados são ministros de Deus, quando exercem pontualmente esse ofício.

7 Pagai a cada um o que lhe compete: o imposto, a quem deveis o imposto; o tributo, a quem deveis o tributo; o temor e o respeito, a quem deveis o temor e o respeito.
8 A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, a não ser o amor recíproco; porque aquele que ama o seu próximo cumpriu toda a lei.
9 Pois os preceitos: Não cometerás adultério, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e ainda outros mandamentos que existam, eles se resumem nestas palavras: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
10 A caridade não pratica o mal contra o próximo. Portanto, a caridade é o pleno cumprimento da lei.
— Versão Católica.

Observe que os magistrados são ministros de Deus, quando exercem dignamente o seu ofício, o que evidentemente inclui respeito ao mandamento “Não matarás”, citado em Romanos 13:9, como exemplo de que o cumprimento da lei é amor.

3. “Desde o início da história pós-dilúvio, quando só existia Noé, sua esposa, filhos e noras, o Criador autorizou o ser humano tirar a vida de assassinos.”

Nova mentira de Leandro Quadros, que refutamos ao analisar o artigo do outro pastorzinho adventista que pretendeu reescrever a Lei de Deus, dando nova redação ao mandamento “Não matarás”.

O que está escrito em Gênesis 9:1-11 é o discurso reinaugural do planeta, proferido pelo próprio Deus, sem qualquer menção a Estado ou autorização da pena de morte. Simplesmente, depois da destruição dos dinossauros e de outras bestas e seres resultantes de amalgamação genética no período antediluviano, o Criador reiniciou a história da humanidade…

1 Deus abençoou Noé e os seus filhos, dizendo o seguinte:
— Tenham muitos filhos, e que os seus descendentes se espalhem por toda a terra.
2 Todos os animais selvagens, todas as aves, todos os animais que se arrastam pelo chão e todos os peixes terão medo e pavor de vocês. Todos eles serão dominados por vocês.
3 Vocês podem comer os animais e também as verduras; eu os dou para vocês como alimento.
4 Mas uma coisa que vocês não devem comer é carne com sangue, pois no sangue está a vida.
5 Eu acertarei as contas com cada ser humano e com cada animal que matar alguém.
6 O ser humano foi criado parecido com Deus, e por isso quem matar uma pessoa será morto por outra.
7 —- Tenham muitos filhos, e que os descendentes de vocês se espalhem por toda a terra.
8 Deus também disse a Noé e aos seus filhos:
9 -— Agora vou fazer a minha aliança com vocês, e com os seus descendentes, 10 e com todos os animais que saíram da barca e que estão com vocês, isto é, as aves, os animais domésticos e os animais selvagens, sim, todos os animais do mundo.
11 Eu faço a seguinte aliança com vocês: prometo que nunca mais os seres vivos serão destruídos por um dilúvio. E nunca mais haverá outro dilúvio para destruir a terra.

A morte de assassinos por vingança é mencionada apenas como uma caraterística dos novos tempos que se iniciavam, não sendo uma autorização da pena capital aplicada pelo Estado como quer Leandro Quadros.

4. “Deus autorizou o poder judicial (Veja Rm 12:17, 19) a tirar a vida do criminoso porque Ele supervaloriza a vida que foi tirada pelo bandido.”

Sem maiores comentários. Leia somente o que diz a passagem citada, Romanos 12:17-19, para perceber a contradição:

17 A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens.
18 Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.
19 Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.

5. “Defensores dos direitos humanos, que não pensam biblicamente, valorizam a vida do criminoso. A Bíblia valoriza mais a vida da vítima, pois ela também é à imagem e semelhança de Deus.”

Na verdade, Deus valoriza todas as vidas, tanto das vítimas quanto a dos autores de crimes contra ela:

11 Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis, ó casa de Israel?
…14 Quando eu também disser ao ímpio: Certamente morrerás; se ele se converter do seu pecado, e praticar juízo e justiça,
15 Restituindo esse ímpio o penhor, indenizando o que furtou, andando nos estatutos da vida, e não praticando iniqüidade, certamente viverá, não morrerá.
16 De todos os seus pecados que cometeu não se terá memória contra ele; juízo e justiça fez, certamente viverá.

“Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.” — Romanos 2:11

6. “A vida é tão sagrada aos olhos do Legislador divino que Ele exige o fim da existência daquele que criminosamente tirou o direito de outra pessoa viver.”

Leandro Quadros não tem como provar isto biblicamente.

A pena de morte foi permitida por Deus exclusivamente para a nação de Israel à época. Essa permissão foi dada através de leis civis com finalidades especificas. Não pode ser aplicada aos Estados atuais

Deus deu leis que autorizam a aplicação da pena de morte em casos de alguns pecados capitais ao povo de Israel, aliás toda a Torah foi dada ao povo de Israel, a pena de morte deveria ser aplicada apenas quando o Tribunal Rabínico (Sehandrim) formado por pelo menos 70 anciãos considerados Tsadikim (justos), porém o próprio Tribunal rabínico passou a ser sediado fora de Israel, porque os anciãos sabiam que a pena de morte só poderia ser aplicada dentro dos limites da terra de Israel, assim sendo pessoas justas passaram a viver fora da terra de Israel para nem correr o risco de condenar alguém a morte, e ainda assim está escrito na lei judaica que um Sehandrim que condena um pessoa a morte em cada geração é considerado sanguinário, portanto é uma idiotice querer fundamentar a institucionalização da pena de morte se apoiando na Bíblia. (Colaboração de leitor.)

7. “A pena capital é tão necessária hoje quanto o foi nos tempos bíblicos.”

Essa é a opinião de Leandro Quadros e contraria o ensinamento de Jesus Cristo, que nos mostrou por Seu exemplo, no caso da mulher acusada de adultério, que apenas quem não possuísse nenhum pecado poderia executar a pena de morte.

Sobre Max Rangel

Servo do Eterno, Casado, Pai de 2 filhas, Analista de Sistemas, Fundador e Colunista do site www.religiaopura.com.br.

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