A ideologia de gênero defende o argumento que ninguém nasce homem ou mulher, mas neutro e ao passar dos anos desenvolve a sua própria identidade sexual. Diferente do sexo biológico (masculino ou feminino), que já é determinado desde o nascimento, o gênero seria algo a ser definido por cada indivíduo. Para tornar-se homem ou mulher […]
A ideologia de gênero defende o argumento que ninguém nasce homem ou mulher, mas neutro e ao passar dos anos desenvolve a sua própria identidade sexual.
Diferente do sexo biológico (masculino ou feminino), que já é determinado desde o nascimento, o gênero seria algo a ser definido por cada indivíduo. Para tornar-se homem ou mulher é preciso submeter-se a um processo de socialização de gênero, baseado nas expectativas que a cultura de uma sociedade tem em relação a cada sexo.
A filósofa norte americana Judith Butler, alega que o gênero é uma produção social, ou seja, é um ato intencional construído ao longo dos anos, de fora para dentro e de dentro para fora. Segundo ela, gênero não deve ser visto como um atributo fixo de uma pessoa, mas como uma variável fluída, apresentando diferentes configurações.
“Se o gênero são os significados culturais assumidos pelo corpo sexuado, não se pode dizer que ele decorra, de um sexo desta ou daquela maneira.Levada a seu limite lógico, a distinção sexo/gênero sugere uma descontinuidade radical entre corpos sexuados e gêneros culturamente construídos” (Butler 2003, p. 24).
Butler acredita que é preciso tratar os papéis do homem e da mulher ou não como categorias fixas, mas constantemente mutáveis, fora do padrão voltado para a reprodução. A filósofa desconstrói todo tipo de identidade de gênero que oprime as características pessoais de cada um. Ou seja, o ideal é que a pessoa escolha o gênero a que quer pertencer. ]
“Quando o status construído do gênero é teorizado como radicalmente independente do sexo, o próprio gênero se torna um artifício flutuante com a consequência de que homem e masculino podem, com igual facilidade significar tanto um corpo feminino como um masculino e mulher e feminino, tanto um corpo masculino como um feminino” (Butler 2003, p. 24).
Esta ideologia afeta diretamente aquilo que conhecemos sobre casamento e família, o que importa é a chamada identidade de gênero que cada um escolhe para si mesmo, como também a sua própria orientação sexual, onde os papéis entre homens e mulheres, dentro do contexto do matrimônio e da família, são substituídos por relações sexuais física e psicologicamente versáteis. Neste contexto, nenhuma Lei moral ou religiosa são considerados, o único parâmetro é a vontade do indivíduo em sua busca de prazer sem regras.
A família, entretanto é um lugar legítimo onde se transmite através da presença afetiva do pai e da mãe e seus papeis bem estabelecidos tornam-se os modelos para o desenvolvimento saudável da identidade, afetividade e sexualidade.
A Ideologia de gênero e a desconstrução da família tradicional Estudos sobre família e sexualidade baseados nas teses de Karl Marx e Friedrich Engels norteavam algumas reuniões de grupos feministas há mais de trinta anos atrás.
Mas foi a partir de 1990, impulsionadas pela publicação do livro “Problemas do gênero”, de , que a palavra gênero e essa ideologia gradativamente evoluíram para o conceito que conhecemos hoje.
A criança pequena não tem uma imagem clara de si mesma. Ela enxerga através do espelho da avaliação de seus pais (Meibel Guedes 2004).
Entre as múltiplas influências que afetam o desenvolvimento infantil e a construção da identidade da criança, talvez, nenhuma seja tão expressiva como a influência da família.
“A relação que um e outro estabelecem com os filhos lhes dá dimensões de reconhecimento, confirmação e posição afetiva dentro do núcleo familiar.” (MARRA; COSTA, 2010, p. 160).
Quando uma família não tem um formato pré-estabelecido pela natureza a criança perde os referenciais éticos e antropológicos da construção da própria identidade. As diferenças físicas, psicológicas e espirituais entre os sexos são muito relevantes e determinantes na construção do ser na sua totalidade.
artigo de Paula Leite
Este artigo faz parte da conclusão da IITurma do curso Ideologia de gênero em Curitiba. Coordenado por Marisa Lobo . Curitiba Paraná
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BUTLER, Judith P. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. GUEDES, M. M. Educar filhos: um ato de amor. Curitiba: Editora SERGRAF, 2004. MARRA, M. M.; Costa. L. F. Temas da clínica do adolescente e da família. São Paulo: Editora Ágora, 2010.
Leia também: Ideologia de Gênero
FONTE: SEMPRE {Família}