Nesse vídeo, o Dr. Pierre Kory, presidente da FLCCC (Frontline Covid-19 Critical Care) Alliance testemunha perante o Comitê de Segurança Interna e Assuntos Governamentais do Senado dos Estados Unidos, que examina o tratamento ambulatorial precoce com COVID-19. “Será tudo uma morte desnecessária de agora em diante, visto que há uma solução científica disponível para a pandemia”, diz Kory.
Comparecendo como testemunha perante o Comitê de Segurança Interna e Assuntos Governamentais do Senado dos Estados Unidos – que realizou uma audiência sobre “Tratamento Ambulatorial Precoce: Uma Parte Essencial de uma Solução COVID-19” — o Dr. Pierre Kory, presidente da Frontline COVID-19 Critical Care Alliance (FLCCC) , pediu que o governo revise rapidamente as evidências médicas já expansivas e ainda emergentes sobre a ivermectina.
Os dados mostram a capacidade do medicamento Ivermectina em prevenir COVID-19, em evitar que aqueles com sintomas iniciais progridam para a fase hiperinflamatória da doença e até mesmo em ajudar na recuperação de pacientes criticamente enfermos.
O Dr. Kory testemunhou que a ivermectina é efetivamente uma “droga milagrosa” contra COVID-19 e pediu às autoridades médicas do governo — o NIH, CDC e FDA — que revisassem com urgência os dados mais recentes e, em seguida, emitissem diretrizes para médicos, enfermeiros, e assistentes médicos devem prescrever ivermectina para Covid-19.
“As pessoas estão morrendo em taxas inaceitáveis e incalculáveis”, disse Kory ao painel do Senado. “Sou especialista em pulmão e UTI, e tudo o que faço agora é cuidar de pacientes com COVID-19 que morrem de falta de ar em UTIs. Quando eles chegam à UTI, é quase impossível salvar a maioria dos pacientes. Eles simplesmente não conseguem respirar. ”
Embora encorajado pelo aparente sucesso das vacinas, o Dr. Kory disse que os médicos que tentam salvar vidas que lotam as UTIs agora consideram a falta de orientação governamental e pesquisas sobre o tratamento preventivo domiciliar efetivo e inescrupuloso quando os hospitais estão lotados com mais de 100.000 pacientes internados – e números recordes de mortes são relatados diariamente. “A ivermectina e os componentes do Protocolo I-Mask + podem salvar centenas de milhares de pessoas em todo o mundo que não precisam morrer enquanto aguardam a distribuição generalizada das vacinas”, disse o Dr. Kory ao comitê.
Kory disse que a quantidade de evidências que a FLCCC Alliance reuniu e compilou em um manuscrito excede em muito o nível necessário para uma autorização de uso compassivo, conforme definido pelo FDA. “Isso aconteceu com o Remdesivir, um medicamento com muito menos evidências e custo muito, muito mais alto”, continuou a Dra. Kory. “Por que isso não pode acontecer com a ivermectina, dado esse nível de evidência? Quantos ensaios mais precisam ser feitos quando nosso manuscrito detalha os resultados de mais de 20 estudos — com mais de dez deles ensaios controlados randomizados? Estamos em uma pandemia, estamos em guerra, pare de fingir que estamos em tempos de paz, onde conduzimos os negócios normalmente. O NIH deve revisar rapidamente os dados e fazer uma recomendação.”
A Aliança FLCCC foi bloqueada nas tentativas de disseminar informações científicas sobre a ivermectina no Facebook e outras mídias sociais, com as páginas do FLCCC sendo repetidamente fechadas. Além disso, após a conferência de imprensa do grupo em 4 de dezembro de 2020 em Houston, nenhum importante meio de comunicação dos EUA relatou os apelos do FLCCC por ajuda do governo federal para agir a fim de pôr fim a esta pandemia. Nenhum representante do CDC, do NIH ou da Organização Mundial da Saúde os contatou.
“Não sei por quanto tempo mais poderei fazer isso,” disse Kory. “Especialmente sabendo que tudo será uma morte desnecessária de agora em diante, já que há uma solução prontamente disponível. Uma solução que não pode ser descartada ou ignorada. Há uma necessidade crítica de informar os profissionais de saúde neste país e no mundo. A liderança de nossas agências governamentais de saúde tem uma grande responsabilidade aqui. Tudo o que pedimos é que o NIH, o CDC e o FDA conduzam uma revisão rápida da literatura revisada nesta apresentação e forneçam orientações aos provedores de saúde do país.
“Se não fizermos nada, a tendência atual vai continuar. A história julgará. O povo americano clamará por respostas ou elogiará a coragem dos eleitos para representar seus interesses ”.
“Afro-americanos, latimos e idosos foram as maiores vítimas nos Estados Unidos”, segundo o especialista.
Médico Diz Ao Senado Que Há Um Tratamento Para COVID-19
Essa droga é a ivermectina, um composto antiparasitário que custa apenas 12 centavos a dose.
Em um testemunho impressionante perante o Senado dos Estados Unidos, o Dr. Pierre Kory, diretor médico do Centro de Trauma e Suporte à Vida da Escola de Medicina da Universidade de Wisconsin, disse aos investigadores que existe um medicamento disponível que não só pode ser usado como preventivo para COVID -19, mas como um tratamento para ele.
Essa droga é a ivermectina, um composto antiparasitário que custa apenas 12 centavos a dose. ” Agora temos quatro grandes ensaios de controle randomizados, totalizando mais de 1.500 pacientes cada ensaio, mostrando que, como agente de profilaxia [contra COVID-19], é imensamente eficaz”, disse Kory. “Você não ficará doente. Você estará protegido contra doenças se você tomar no início do tratamento ambulatorial. ”
Kory passou a criticar as autoridades de saúde por se concentrarem em medicamentos de alto custo (como o Remdesivir) e vacinas e por deixarem as pessoas morrerem quando a ivermectina se provou repetidamente para salvar vidas. “ Não posso continuar cuidando de pacientes quando sei que eles poderiam ter sido salvos com um tratamento mais precoce e que a droga que os tratará e evitará a hospitalização é a ivermectina”, disse Kory.
NO BRASIL
Desde o início da Pandemia, já havia sido divulgado de forma ampla aqui no Brasil, o efeito milagroso da redução da carga viral, principalmente pelo trabalhos do Médico e Prefeito de Porto Feliz, SP (veja textos abaixo). Mas, infelizmente, os governadores e prefeitos ligados à esquerda COMUNISTA preferiram esconder o remédio do povo. Deixaram milhares de pessoas morrerem, provocando pânico e visando a obtenção de recursos bilionários para a aquisição de vacinas, cuja defesa renderá evidentemente propinas, desvios e apoio financeiro para as próximas campanhas eleitorais.
Estamos em Estado de guerra, o povo de bem deveria pedir a condenação máxima para políticos que esconderam da população o acesso aos medicamentos à base de ivermectina para prevenção e o tratamento precoce com hidroxicloroquina.
O QUE PORTO FELIZ TEM A ENSINAR AO BRASIL
O sucesso de uma administração que foi contra o ‘lockdown’
Porto Feliz, cidade de pouco mais de 50 mil habitantes localizada na região metropolitana de Sorocaba (SP), é administrada desde 2017 pelo médico Antônio Cássio Habice Prado (PTB), de 61 anos, responsável por adotar um posicionamento inovador frente à pandemia. O médico entendeu que para conter os avanços da covid-19 era preciso agir rápido. E mais, agir com a lógica que permeia a medicina: como em todo e qualquer tratamento, a intervenção precoce em uma doença pode evitar mortes.
Em vez de apostar na rigidez do isolamento social para regular a sociedade, Prado foi na contramão das políticas de gabinete e optou por políticas públicas de saúde no enfrentamento da covid-19. Formado pela Universidade de São Paulo e com especialidade em cirurgia geral, gastrocirurgia e UTI, o médico já trabalhou em diversos hospitais tanto em Porto Feliz quanto em outras cidades do interior paulista, e ajudou a fundar a UTI da Santa Casa do município de Capivari. Casado com uma médica, é pai de dois filhos e começou na vida pública em 2001, quando foi secretário de Saúde do município na gestão de Erval Steiner (PL). Em 2016, já filiado ao PTB, candidatou-se pela primeira vez a um cargo público e venceu a eleição para a prefeitura de Porto Feliz.
A cidade, situada a 100 quilômetros da capital paulista, ficou famosa no Brasil inteiro por oferecer à população um tratamento gratuito que, pelo número de casos e mortes registrados até o momento, tem se mostrado eficaz e seguro. Mas não só da “fama da covid-19” vive Porto Feliz. A cidade, que contou com o trabalho de imigrantes belgas nas lavouras no século 19 e chegou a receber a visita do imperador dom Pedro II em 1846, também foi considerada o quinto município mais bem administrado do país, segundo o Índice CFA de Governança Municipal divulgado em 2019, que avalia critérios como finanças, gestão e desempenho. É ainda uma das cem cidades mais desenvolvidas do Brasil, de acordo com Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal.
Experiência no tratamento precoce
Ainda no final de fevereiro, enquanto muitas prefeituras centralizavam esforços nos dividendos das festas de Carnaval, Prado reuniu o secretário da Saúde e o time de profissionais da cidade para organizar as estratégias de combate ao novo coronavírus. A ação foi baseada nos protocolos médicos aplicados em países da Europa e começou a ser adotada nas chamadas Unidades Sentinelas — unidades de saúde utilizadas para receber e avaliar pacientes com sintomas da doença. “Desde 28 de março, quando foi confirmado o primeiro caso na cidade, nós começamos com o tratamento precoce de todos os pacientes com sintomas leves da covid-19”, diz Prado.
Do lado de fora dos postos de saúde de Porto Feliz, tendas ao ar livre foram montadas para que a população pudesse aguardar atendimento em ambiente arejado e sem aglomeração. Aos primeiros sintomas, os pacientes da rede pública de saúde recebem atendimento médico, realizam eletrocardiograma, coleta de sangue e tomografia do pulmão. Após a bateria de exames, conforme prescrição médica, recebem um kit com medicamentos que incluem o vermífugo ivermectina, o antibiótico azitromicina e a hidroxicloroquina — o kit é chamado de Protocolo de Tratamento Precoce (PTP). O tratamento não é compulsório. “Todas as pessoas que entraram no PTP são acompanhadas diariamente por equipe médica e de enfermagem, além de receber telemonitoramento da equipe sentinela e da vigilância epidemiológica. Todos fazem eletrocardiograma antes e o realizam novamente, a critério médico”, destaca a prefeitura, em nota.
Além da distribuição gratuita de mais de 1.500 kits, outra medida adotada foi a profilaxia intradomiciliar, para evitar a disseminação viral. Assim, não apenas o paciente infectado é tratado, mas também os contactantes, ou seja, pessoas que tiveram contato com pacientes contaminados pela covid-19. Os profissionais de saúde também tomaram a medicação como medida preventiva. Ainda, testou-se a profilaxia de moradores em um bairro da cidade. “Demos ivermectina para toda essa quadra, perto de 290 moradores. Nas quadras ao redor, houve casos de covid-19; nessa quadra, nenhum caso”, conta Cássio Prado, em live promovida pelo jornalista Alexandre Garcia e pelo grupo de médicos Covid-19 – DF no mês de junho. A prefeitura também disponibilizou alojamentos para os profissionais de saúde que atuam na linha de frente da rede pública. Assim, médicos e enfermeiros que não querem retornar para casa podem usar o espaço, minimizando o risco de contaminação de familiares. Na dianteira, Porto Feliz foi uma das primeiras cidades a exigir o uso de máscara, ainda no fim de março.
Já em São Paulo, cidade com 12 milhões de habitantes, o prefeito Bruno Covas (PSDB) penou para definir medidas que, ou foram logo abandonadas em questão de dias por absoluta ineficiência, ou foram tomadas tardiamente, agravando os efeitos da pandemia. Ou, pior ainda, nem sequer foram implementadas. A campanha #FiqueemCasa e #trancatudo não evitou a morte de mais de 14 mil pessoas só na cidade de São Paulo até o momento. Gastaram-se milhões de reais na construção de hospitais de campanha, na montagem de leitos de UTI e na compra de respiradores — medidas importantes para equipar o sistema de saúde, sem dúvida. Mas, não se sabe se por questões político-ideológicas, o investimento na intervenção precoce no tratamento de pacientes com covid-19 não foi prioridade na cidade epicentro da pandemia no país.
Cássio Prado não está sozinho
Porto Feliz foi agraciada pela combinação de um gestor público com formação em medicina bem quando a maior pandemia do século atingiu o país. Não é o único prefeito com essa credencial, mas certamente um dos poucos que enfrentaram as críticas para pôr de pé um conjunto de medidas a fim de evitar o colapso no sistema de saúde e combater o vírus.
Entretanto, Cássio Prado não está sozinho. Há diversas iniciativas de médicos em todo o país defensores do tratamento precoce. É o caso do Médicos pela Vida, grupo formado por 43 profissionais de saúde de diferentes especialidades e do Covid-19 – DF, idealizado pela médica Carine Petry e constituído por 296 pessoas. Há também o movimento Médicos contra a Covid-19, que afirma reunir 10 mil profissionais de saúde no Brasil e que se comunica por meio de aplicativos para trocar informações sobre o tratamento contra o coronavírus a partir da experiência clínica de cada um no atendimento aos pacientes. Em comum, todos acreditam que o tratamento precoce salva vidas. “O tratamento precoce é como uma queda de avião. Quanto mais rápido você abrir seu paraquedas, mais chance vai ter de sobreviver”, afirmou a Oeste Alessandro Loiola, médico formado pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória. “Por isso, é importante iniciá-lo quando o paciente apresenta os sintomas da covid-19, que ocorrem nos primeiros três dias depois da infecção. Essa é a hora em que será possível salvar quase 100% das pessoas”, explicou Loiola.
Paulo Zanotto, virologista e professor no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, assegura que o tratamento precoce salva vidas, pois evita a chamada tempestade inflamatória. “[Depois que os médicos aprenderam a lidar com o vírus,] ocorreu redução de mortalidade em relação ao número total de casos”, explicou, ao mencionar que mais pessoas poderiam ter sobrevivido, se parte da comunidade médica não ignorasse o potencial da hidroxicloroquina e de outras drogas por causa de paixões políticas. “Remédios passaram a ser vinculados a políticos e não à ciência, o que é um absurdo. O país vive uma polarização intensa. E isso prejudicou seriamente a saúde”, observou Zanotto.
Apesar das evidências de que medicamentos como a ivermectina e a hidroxicloroquina funcionam para deter o avanço do coronavírus, os estudos ainda são inconclusivos por não ter havido tempo para cumprir os protocolos exigidos pela ciência. Mas, em tempos excepcionais, o prefeito de Porto Feliz resolveu apostar no tratamento precoce, e o resultado da gestão da crise sanitária traduz-se em números: até o momento, o município registra 2.308 casos confirmados, 2.270 curados e 15 mortes decorrentes da covid-19. Na cidade de São Paulo, mais de 14 mil pessoas morreram por conta da covid-19. Relativamente, se a cidade do interior paulista tivesse os mesmos 12 milhões de habitantes da capital, o saldo de mortes seria de 3.396 pessoas. Ou seja, a gestão de Cássio Prado mostrou-se quatro vezes mais eficaz que a de Bruno Covas no que diz respeito ao combate à pandemia.
Lockdown não é a solução
A estratégia de Covas e de tantos outros prefeitos país afora baseou-se em provar que o confinamento da população iria deter a epidemia. Oito meses se passaram e mais de 166 mil vidas foram ceifadas no Brasil. Estudo do banco norte-americano J. P. Morgan divulgado em junho mostrou que os lockdowns não conseguiram alterar o curso da pandemia. Afinal, o confinamento não faz o vírus desaparecer, apenas evita que várias pessoas fiquem doentes ao mesmo tempo, sobrecarregando o sistema de saúde.
Em meio às notícias de aumento no número de casos da covid-19 no Brasil, o momento é de cautela. O relaxamento de medidas como o uso de máscara e álcool em gel, a lavagem das mãos e o distanciamento social pode estar por trás do crescimento de internações em razão da doença, principalmente nas redes privadas de saúde de São Paulo. Embora o termo “segunda onda” esteja em alta por aqui, especialistas consideram que a expressão é pouco técnica, porque ela requer que se defina quando acabou a primeira, o que não é consenso. Muitos profissionais de saúde acreditam que o Brasil nem mesmo passou da primeira onda. Mas está clara a mudança no rumo de uma pandemia que estava se desacelerando, e já não está mais. Isso mostra que, muito provavelmente, o coronavírus veio para ficar.
Enquanto uma vacina capaz de imunizar a população não chega ao mercado, será preciso combater o vírus chinês com as armas disponíveis. O exemplo de Porto Feliz indica que o caminho pode estar no investimento do tratamento pré-hospitalar como modo de atacar a doença em suas fases iniciais, evitando a progressão para as formas graves, que são mais custosas para o sistema de saúde, além de minimizar o risco de morte do paciente. A população local respondeu com o voto o que achou da gestão municipal no combate ao coronavírus. O desafiante do prefeito reeleito nestas eleições, com 5,70% dos votos, chama-se Marola e só fez isso mesmo: marola.
As medidas tomadas para combater a pandemia em Porto Feliz
*Distribuição gratuita de mais de 1.500 kits com os medicamentos cloroquina, ivermectina e azitromicina a pacientes em estágio inicial da doença |
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*Uso obrigatório de máscara desde o final de março |
*Tratamento dos casos diagnosticados com covid-19 e também dos contactantes |
*Os profissionais da saúde foram orientados a tomar a medicação de forma profilática, ou seja, como medida preventiva |
*A quadra de um bairro na cidade foi escolhida para fazer a profilaxia de cerca de 290 moradores com o uso de ivermectina. Não foi registrado nenhum caso de covid-19 nessa quadra |
Fonte:
A VERDADE SOBRE A CORONAVAC
Entenda a tecnologia utilizada pela Sinovac, os riscos que envolvem a vacina chinesa e o cenário real de produção de imunizantes
Após oito meses da chegada do coronavírus ao país, o que mais se espera é a confirmação de uma vacina contra a covid-19 que seja eficaz e “devolva” a normalidade ao planeta. O mundo amarga os efeitos da pior pandemia do século, e o Brasil registra 5,4 milhões de casos e mais de 158 mil mortos — ainda que as estatísticas não sejam definitivas sobre óbitos “de” ou “com” coronavírus, algo que pode ser um divisor de águas entre a política e a ciência no futuro. Mas, curiosamente, do mesmo país onde surgiu o vírus chegam informações para a solução de uma crise sanitária irremediável. Depois de receber críticas internacionais por acobertar a pandemia no início do ano, a China saltou à frente na corrida para encontrar um imunizante em prazo olímpico. As empresas farmacêuticas do país asiático têm quatro vacinas em fase final de testes, algo absolutamente discutível no meio científico, e nenhuma delas foi aprovada pelos órgãos reguladores, nem mesmo os chineses.
O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), apostou suas fichas na CoronaVac, vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan. O relacionamento do governo paulista com o gigante farmacêutico teve início em agosto de 2019, depois de uma viagem até a China e da abertura de um escritório comercial de São Paulo em Xangai. Durante a viagem, a equipe do Instituto Butantan, que fazia parte da comitiva, visitou a sede da Sinovac. Porém, o governo de São Paulo e o centro de pesquisa negaram em nota conjunta ter estabelecido acordo com o laboratório lá em 2019. Oficialmente, a parceria para a produção de vacinas contra o novo coronavírus entre o Butantan e a Sinovac foi firmada em 10 de junho deste ano. Ao anunciar a sociedade, em coletiva de imprensa realizada no dia seguinte, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, justificou a escolha da CoronaVac em detrimento de outras vacinas — como, por exemplo, aquela em desenvolvimento pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, que inclusive estava em fase mais avançada que a chinesa à época. Disse Covas: “Essa parceria com a China já é de longa data. Foi fruto da visita que fizemos ao país. Fomos pessoalmente conhecer a Sinovac. A Sinovac é uma empresa privada e tem interesse no codesenvolvimento de outras vacinas com o Butantan”. Covas explicou que as condições para o contrato eram as melhores do mercado, embora o documento permaneça sob sigilo. (“É praxe, por envolver questões relacionadas ao desenvolvimento do produto”, diz ele.) Outro ponto que pesou a favor da parceria com a China, segundo o diretor do instituto, foi o método empregado para a fabricação da CoronaVac, já dominado pelo Butantan. “Estamos falando de uma tecnologia que é nosso dia a dia. O Butantan já produz vacinas com essa técnica.”
As candidatas a vacina anticovid-19
Atualmente, mais de 200 candidatas a vacina estão em desenvolvimento ao redor do mundo. No entanto, algumas se encontram em estágio mais avançado do que outras. Dez laboratórios seguem na última etapa de testes, o chamado ensaio clínico de Fase III. Nos Estados Unidos, quem comanda os estudos são as empresas Moderna, Novavax e Janssen [do grupo Johnson & Johnson]. Em uma parceria entre Estados Unidos e Alemanha, aparecem a Pfizer e a BioNTech. No Reino Unido, o gigante AstraZeneca. Na China, além do Sinovac Biotech, estão o Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan, o Sinopharm e o CanSino Biologics. E, na Rússia, a pesquisa está sob o comando do Instituto de Pesquisa Gamaleya. Destes, três receberam autorização para realizar ensaios no Brasil. São eles: AstraZeneca, Sinovac Biotech [chinesa] e Pfizer. A vacina norte-americana do laboratório Janssen também foi liberada para estudos no país, mas a companhia informou a pausa dos ensaios clínicos em razão de efeitos adversos em um voluntário. Não foi o único evento do tipo. A AstraZeneca, que desenvolve a vacina em parceria com a Universidade de Oxford, também registrou reveses durante os testes clínicos e a pesquisa precisou ser paralisada, ainda que por curto período.
Uma vacina nada mais é do que um líquido injetado no corpo que mimetiza uma infecção e faz com que o organismo produza anticorpos contra determinada doença. Parece simples, mas chegar à fórmula ideal exige um longo e meticuloso caminho. Afinal, diferentemente de um remédio que é processado e expelido pelo organismo, os efeitos de uma vacina podem permanecer no corpo durante toda a vida. O toxicologista e pediatra Anthony Wong explica que existem oito estratégias para a produção de um imunizante contra a covid-19. Dentre elas estão as vacinas produzidas a partir de um vírus inativo, também chamado de morto, como é o caso da CoronaVac e de imunizantes contra raiva e gripe, ou de um vírus atenuado, como a usada na vacina para o sarampo. Há também o método denominado de vetor viral, que faz uso de outro vírus, aparentado àquele ao qual se pretende combater, junto com proteínas. É o exemplo da vacina da Oxford, que é uma versão enfraquecida e não replicante de um vírus do resfriado comum, o adenovírus de um chimpanzé, junto com proteínas do Sars-Cov-2. Existem ainda outras técnicas, por meio das quais são injetadas no organismo frações de RNA e DNA do vírus. Essas tecnologias são consideradas inovadoras e não foram testadas em seres humanos até o momento. As farmacêuticas Janssen e Moderna estão desenvolvendo imunizantes com esse método. Para a médica hematologista Regina Kiyota, é importante que os laboratórios utilizem metodologias distintas no desenvolvimento de vacinas. “É muito saudável, do ponto de vista de ciência, que tenhamos diferentes instituições promovendo vacinas por meios diferentes. Imagine se todo mundo usar uma metodologia única e depois se descobre que não deu certo”, pondera. A médica diz não ser possível saber ainda qual método se mostrará mais eficaz no combate à covid-19: “Isso vai se desenhar na linha do tempo, quais vacinas poderão ter sucesso maior e quais não”.
Em média, um imunizante leva de 10 a 15 anos para ficar pronto. A vacina contra a caxumba foi a mais rápida do mercado até o momento e levou quatro anos. Antes de serem disponibilizadas em larga escala, todas as vacinas passam por um rigoroso processo de testes. Na fase de pesquisa pré-clínica, a vacina é estudada em culturas de células e animais. Após essa etapa, entra a fase clínica, para testes em seres humanos, que é dividida em I, II e III. Não é exclusividade da CoronaVac. Todas as vacinas que já estão no ensaio clínico da Fase III encurtaram etapas. Segundo Wong, só a fase pré-clínica dura, no mínimo, seis meses, mas pode chegar a um ano. “Todas as vacinas correram na fase pré-clínica.”
Tempo para elaboração de cada vacina
Doença | Agente causador | Ano da descoberta | Quando a vacina ficou pronta | Tempo para desenvolver a vacina |
---|---|---|---|---|
caxumba | vírus | 1945 | 1967 | 4 anos* |
sarampo | vírus | 1953 | 1963 | 10 anos |
hepatite B | vírus | 1965 | 1981 | 16 anos |
câncer do colo do útero | vírus | 1981 | 2006 | 25 anos |
rotavirose | rotavírus | 1976 | 2003 | 33 anos |
catapora | vírus | 1953 | 1995 | 42 anos |
coqueluche | bactéria | 1906 | 1948 | 42 anos |
ebola** | ebolavírus | 1976 | 2019 | 43 anos |
poliomielite | poliovírus | 1908 | 1955 | 47 anos |
meningite | bactéria | 1889 | 1981 | 92 anos |
febre tifoide | bactéria | 1884 | 1989 | 105 anos |
Obs.: *A 1ª vacina contra a caxumba foi desenvolvida em 1948, mas descontinuada pois garantia imunidade por pouco tempo. A usada até hoje foi desenvolvida por Maurice Hilleman, que começou a desenvolvê-la em 1963. |
Vacinas ainda em pesquisa
Doença | Agente causador | Ano da descoberta | Tempo de pesquisa |
---|---|---|---|
malária | protozoários | 1880 | 140 anos |
tuberculose | bactéria | 1882 | 138 anos |
dengue | vírus | 1907 | 113 anos |
zika | zikavírus | 1947 | 73 anos |
mononucleose | citomegalovírus | 1960 | 60 anos |
aids | vírus HIV | 1983 | 37 anos |
covid-19 | coronavírus |
O exercício para entender a lógica do desenvolvimento de uma vacina do zero segue um raciocínio simples: imagine que você preparou um bolo de chocolate e precisa assá-lo. A receita informa que são necessários 45 minutos em forno ligado a 180 graus para que seu bolo asse de forma homogênea, não fique cru por dentro nem queimado por fora. Se você colocar cinco pessoas vigiando o forno, seu bolo assará mais rápido? E 20 pessoas? E 100 pessoas? Pois é. Além de vencer a etapa da segurança, é preciso calcular a taxa de eficácia. Quanto tempo duram os anticorpos dessa vacina no organismo? Para o médico especialista em Medicina de Emergência Alessandro Loyola, a pressa em acelerar etapas interfere diretamente nas conclusões acerca da eficácia do produto. “Para saber se os anticorpos permanecem no corpo, por exemplo, um ano, preciso acompanhar o voluntário por um ano. Passou esse um ano?” Por mais que diversos países juntem esforços para realizar testes simultâneos, o lapso temporal necessário para checar a duração de imunidade provocada por uma vacina não muda. “Lamento o transtorno de ansiedade das pessoas, mas não é assim que a ciência funciona”, diz.
Confiabilidade e número de doses
Se outras vacinas tiveram percalços pelo caminho, pelo menos até onde se sabe a CoronaVac chega até aqui sem nenhum atropelo. O que pode ser um problemão. O médico neurocirurgião Paulo Porto de Melo lembra que grandes companhias que estão na corrida pelo desenvolvimento do produto, com histórico e tradição na produção de vacinas, enfrentaram dificuldades. “A AstraZeneca, quando teve problemas com um voluntário, comunicou o fato aos órgãos responsáveis, paralisou os estudos. É uma postura que, por mais que assuste a comunidade leiga, passa tranquilidade para a comunidade médica. Mostra que a empresa está sendo responsável. Sobre a CoronaVac, ninguém sabe.” Um caminhão de reticências põe em xeque a segurança e a eficácia do produto chinês. Além do Brasil e da China, apenas a Turquia e a Indonésia apostaram no laboratório Sinovac. Inicialmente com a participação de 9 mil voluntários no país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária liberou a ampliação da pesquisa para 13 mil pessoas. Entretanto, mais de 4 mil voluntários ainda não iniciaram as aplicações. O neurocirurgião Paulo Porto de Melo chama a atenção para outros detalhes: no Brasil, os voluntários que receberam a vacina chinesa têm idade entre 18 e 60 anos, são saudáveis, sem comorbidades e não foram infectados pelo vírus. “Mas esse não é o grupo-alvo que interessa. São mais importantes idosos, jovens com doenças como obesidade, hipertensão, diabetes. Como falar em adquirir um produto que só se mostrou eficaz para um público que não é o mais vulnerável?” A pesquisa testou a segurança da vacina em 50 mil voluntários na China, mas até o momento os dados não foram publicados em revistas científicas. Para especialistas, a falta de transparência na divulgação dos resultados dificulta qualquer análise dos números por outros cientistas. Além disso, não há notícia de que alguma autoridade científica da comunidade internacional tenha respaldado os estudos da Sinovac.
Segundo o governo paulista, 35% das pessoas apresentaram reações adversas leves após a aplicação da CoronaVac, como dor no local da aplicação ou dor de cabeça. Nos testes realizados na China, o grau de efeitos adversos ficou em torno de 5,37%. O médico Anthony Wong afirma que esse número é alto e inaceitável: “Em comparação com a vacina contra tétano ou mesmo poliomielite ou sarampo, a incidência de efeito adverso é de 0,05% a 0,5%”. Além disso, Wong explica que a tecnologia do vírus inativo utilizada na produção da vacina chinesa requer três ou até quatro doses para produzir efeito. Para prevenir a poliomielite, por exemplo, são necessárias três aplicações e mais um reforço. Entretanto, só estão previstas duas doses da CoronaVac. Segundo Wong, isso tem relação com o encurtamento das etapas de estudo da vacina chinesa. “Eles não completaram a Fase II. Então, não sabem se será necessária ou não uma terceira dose. E garanto que precisa. Não existe uma única vacina de vírus inativo que não exija três doses. A única explicação para oferecer apenas duas doses é a pressa.” Por mais que os órgãos regulatórios desfrutem de credibilidade, a Anvisa informou que poderá liberar um imunizante que atinja 50% de eficácia mínima, mesmo que o padrão aceitável seja acima de 70%. “Para considerar uma imunização eficaz da população, não se aceitam números inferiores a 90%”, rebate Wong. Nessa disputa feroz para ver quem assume primeiro a paternidade de uma vacina, empresas farmacêuticas estão forçando países a firmar acordos de isenção de responsabilidade sobre potenciais efeitos adversos. Foi o que fez a AstraZeneca — o laboratório não responderá por quaisquer danos que apareçam meses, anos ou décadas depois. Até mesmo a indústria parece reconhecer que o tempo é insuficiente para garantir a qualidade, uma vez que os efeitos colaterais não são necessariamente imediatos.
Disputa política e STF
A despeito de tantas interrogações, o fato é que em setembro o governador João Doria assinou um termo de compromisso no valor de US$ 90 milhões com a Sinovac para o fornecimento de 46 milhões de doses do produto. Doria também formalizou a transferência de tecnologia para produção da vacina pelo Butantan. O governador chegou a dizer que a vacinação contra a covid-19 será iniciada em dezembro deste ano, prazo considerado irreal para muitos especialistas. A chegada à reta final da CoronaVac azedou ainda mais a relação entre João Doria e o presidente da República, Jair Bolsonaro. Como no caso da cloroquina, a discussão escanteou a ciência e virou guerra política. Na terça-feira 20, depois de o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informar que compraria 46 milhões de doses da vacina chinesa ao custo de R$ 1,9 bilhão, o Ministério da Saúde recuou e negou a intenção. “Não há razão para exigir que o governo pague por algo que ainda está em desenvolvimento. Normalmente, o ônus da produção é da indústria que está desenvolvendo o produto. Não é hora de entrar em todas as etapas”, defendeu a médica oncologista Nise Yamaguchi. Nise faz uma ressalva quanto à compra, por parte do governo, de 100 milhões de doses da vacina da Oxford: “Houve participação no desenvolvimento”.
Para complicar o estresse político, entrou na pauta a discussão sobre a obrigatoriedade de vacinação, numa espécie de Revolta da Vacina Parte II, quase 120 anos depois do maior motim da História do Rio de Janeiro. Doria defende a ideia de tornar a vacina anticovid obrigatória. E Bolsonaro afirmou que não vai obrigar o brasileiro a se vacinar. Até mesmo a Organização Mundial da Saúde, que pecou em tantas recomendações durante a pandemia, é contra a compulsoriedade da vacina. Já que não há nada ruim que não possa piorar, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve entrar no circuito em breve para tomar a decisão final sobre esse tema de saúde pública. Caso o STF inclua a CoronaVac no Programa Nacional de Imunização, a vacina chinesa será distribuída por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e o custo ficaria com a União.
Não há garantia de que surgirá um imunizante perfeito
Entre tantas candidatas, é possível que uma vacina em algum momento se mostre efetiva para frear o número de contágios. Mesmo assim, os primeiros imunizantes que ficarão prontos provavelmente não serão os melhores. Por enquanto, não há ainda no mundo inteiro uma vacina segura e eficaz contra a covid-19 comprovada cientificamente. É preciso encarar o fato de que o novo coronavírus veio para ficar. A falsa esperança de que haverá vacina até o final deste ano pode suscitar desconfiança na população, que já está de orelha em pé ao acompanhar as discussões sobre uma solução que nem sequer existe. Ainda que surja um imunizante, um dos principais desafios será organizar a produção em larga escala. Estamos falando de bilhões de doses. E mais, além de produzir, será preciso criar uma logística de entrega e armazenamento refrigerado para não quebrar a cadeia de frio. Algumas vacinas requerem uma cadeia ultrafria com temperaturas próximas a 70 graus negativos.
Outra realidade para a qual não podemos fechar os olhos é que o desenvolvimento de vacinas nem sempre compensa. A humanidade convive com doenças causadas por vírus como a aids e a dengue em que, não importa quanto você pesquise, não se consegue encontrar uma maneira de desenvolver uma vacina eficaz. Na gripe suína, a vacina gerou reações piores do que a própria doença. Ninguém garante que haverá um imunizante perfeito para erradicar de vez o coronavírus. Entretanto, não há dúvida de que as vacinas são um dos grandes avanços da humanidade e a melhor forma de prevenir e reduzir doenças infecciosas. A Organização Mundial da Saúde estima que vacinas evitem de 2 milhões a 3 milhões de mortes por ano.
A Europa enfrenta hoje uma segunda onda de contaminação mas, embora o número de casos da covid-19 tenha aumentado, as mortes diminuíram. Já no Brasil há uma desaceleração tanto no número de casos quanto de óbitos. Estudo recente publicado neste mês de outubro por um dos principais especialistas em epidemiologia e em medicina baseada em evidências, o professor de Stanford John Ioannidis, registra que, na média, morre 0,23% dos que contraem a covid-19, com grande variação em relação à idade: para os que têm menos de 70 anos, a letalidade é de 0,05% dos infectados. São números comparáveis às taxas de letalidade da gripe sazonal e da pneumonia: 0,13% e 0,2%, respectivamente, em países de alta renda. O que leva alguns especialistas a questionar: vale a pena realizar a vacinação em massa contra uma doença com índices de morte como esses? Além da baixa letalidade, a redução no número de mortes está diretamente ligada ao fato de que os médicos aprenderam a tratar a doença. Para o clínico geral e doutor em imunologia Roberto Zeballos, o primeiro médico do país a recomendar o uso de corticoide no tratamento — procedimento que meses depois foi alardeado no mundo —, não há como desenvolver uma vacina segura em tão pouco tempo. “A urgência das vacinas é para suprir a ansiedade dos leigos por uma solução.” Segundo Zeballos, já está em curso uma estratégia formatada para tratar a covid-19 e não faz sentido vacinar a população em massa. Diz ele: “É mais fácil ter estratégias de tratamento do que sair vacinando todo mundo. Essa epidemia está mostrando que existe começo, meio e fim”. Sim, existe fim.
Fonte: https://revistaoeste.com/a-verdade-sobre-a-coronavac/