Estudo feito pela Organização Nazarena Americana
DEFININDO TERMOS
O Cristianismo capitaliza o uso das terminologias escriturísticas. Uma das claras passagens que cortam caminho no labirinto da semântica cristã é aprender como lhes mostrar o verdadeiro significado dos termos escriturais. Existem diversas formas hoje em dia que resgatam o “A Igreja do Novo Testamento”. Mas a verdade é que existem duas coisas que o “A Igreja do Novo Testamento” não possuía: – Um “Novo Testamento” e uma “Igreja” s crentes do “Igreja do Novo Testamento” encontravam-se em sinagogas (Atos 15:21; Tiago 1:1; 2:2) e não possuíam livro conhecido como o “Novo Testamento” pois ainda não havia sido escrito nem compilado. Desse modo, quando um crente da “Igreja do Novo Testamento” referia-se à Escrituras ele estava falando da Tanach (“Velho Testamento”) pois era a única escritura que possuíam. Então quando Rav. Shaul (Paulo) escreveu a Timóteo:
– Toda Escritura é inspirada pela Elohut (essência do Criador) e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Elohim seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra. (2Tim. 3:16-17)
Rav.Shaul estava referindo-se a Tanach, a única Escritura que tinham, além disso, quando ele falou aos bereanos em Atos 17:11, nós ouvimos deles:
– Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente o Tanach para ver de estas coisas eram assim. Paulo estava dizendo que os bereanos eram nobres porque não criam no que Shaul-Paulo falava simplesmente por sua autoridade. Eles conferiam se Paulo ensinava exatamente de acordo com as Escrituras. Lembrem-se, eles estavam conferindo na Tanach, a única Escritura que possuíam até então. Paulo disse que eram nobres aqueles que apenas aceitavam os ensinamentos se estivessem alinhados ao Tanach. Isso significa que todas as vezes que estudamos o Novo Testamento perguntamos a nós mesmos:
– “Podemos chegar neste ponto, partindo de lá?” (Lá se refere ao Tanach).
Se você pensa que algo novo “Novo Testamento” contradiz o Tanach, então você precisa ter consciência de que entendeu errado. Então vamos ao Tanach descobrir os termos chaves usados no “Novo Testamento”.
A PALAVRA DE ELOHIM
O que é “Palavra de Elohim” para o Tanach?
– … Porque a Torá sairá de Sião e a palavra de Elohim de Jerusalém. (Isaías 2:3)
Note que Sião e Jerusalém são sinônimos nesse poético paralelo, são também a “Torá” e a “Palavra de YAHUAH”.
Se nós diligentemente procuramos no tanach, iremos encontrar que a Torá é Sua “Palavra” (Is. 2:3; Deut. 17:19; 27:26; 31:12; 32:45-46; 2Kn. 23:24; Nee. 8:9).
VERDADE E MENTIRA
A tua justiça é justiça eterna, e a tua Torá é a própria verdade. Salmos 119: 142)
Tu estás perto, Ó YAHUAH, e todos os teus mandamentos são verdade. (Salomos 119: 151). As definições acima explicam muitos termos no Novo Testamento:
“Obedecer à verdade” (Gal. 3:1). “Mas ele que faz a verdade…” (Jo.. 3:20) E eu regozijo que encontrei seus filhos andando na verdade, como nós temos recebido os mandamentos do Pai. (2Jo.. 1:4). A definição do Tanach de verdade nos dá um novo significado das palavras de Yahushua: Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. (João 18:37).
Assim, fica bem claro que Yahushua veio para dar testemunho da Torá. Todos os que ouvem a Torá, ouvem sua voz. Isso leva-nos a outro importante dito de Yahushua: Dizia, pois, Yahushua aos moradores da região de Yehudá que nele creram: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente dois meus talmidim; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. (João 8:31-32). Paulo, entretanto, disse a eles “pois trocaram a verdade de Elohim pela mentira” (Rom. 1:25). Agora se o Mashiach-Messias vem a dar o testemunho da verdade, então o que tinha HaSatan a testemunhar? As Escrituras dizem: Ele (o Diabo) é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio;
– porque é mentiroso e pai da mentira. (João 8:44)…
- HaSatan, que ludibria a todo mundo … (Ver. 12:9)
Quanto HaSatan diz mentiras, ele está meramente falando sua língua materna.
LUZ e ESCURIDÃO
Por todo o Novo Testamento existem metáforas acerca da luz e da escuridão. Os crentes são chamados “filhos da luz” (Lc. 16:8; Jo. 12:36; Ef. 5:8, 1Tes. 5:5). As armas de Elohim são chamado “armas da luz” (Rom. 13:12). O Novo Testamento também fala daqueles “que caminham na escuridão” (Jo.. 8:12; 12:35). Mas o que significam os usos desses termos idiomáticos luz e escuridão? Para sabermos, vamos a Tanach:
– Porque o mandamento é lâmpada, é a instrução, luz… (Prov. 6:23)
– Lâmpada para os meus pés e a sua palavra, e luz para os meus caminhos. (Salmo 119:105).
À Torá e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira jamais verão a alva. (Isaías 8:20)
– … porque de mim sairá a Torá, e estabelecerei o meu direito como luz dos povos. (Isaías 51:4).
Então de acordo com o Tanach a Torá é a luz para nossos caminhos. Aqueles que caminham na Torá caminham na luz. Esse é o porquê do Novo Testamento falar daqueles que caminham na escuridão (Jo., 8:12; 12:35; 1Jo.. 1:6; 2:11). Eles não caminham pelas luzes da Torá. Deles João escreve:
– E se dizem que temos sociedade com eles, e andam na escuridão, somos mentirosos e não andamos na verdade. (1 Jo.. 1:6)
Note que o João compara “andando na verdade” com andar na luz. Como notamos previamente que a “Torá é a verdade” (Sm. 119:114). Assim se andarmos na luz significa “andar na verdade” ambos referem-se a andar na Tora. Isso nos retorna a passagem da Tanach que possui os dois termos. João também confirmou que são escritos em paralelo com os mandamentos.
…andando na verdade, …andando de acordo com seus mandamentos. (2 Jo..1:4, 6)
GRAÇA-FAVOR
Existem duas palavras para designar “graça” no tanach em hebraico. A primeira palavra é CHEN (Strong’s 2580/2581) que significa “graça ou encanto”. A outra palavra é CHESSED (Strong’s 2616/2617) que transmite o significado de “graça, misericórdia ou grande generosidade”. Essas palavras travam um paralelo com os significados de duas palavras gregas usadas na Bíblia Grega. Elas são CHARIS (Strong’s 2616/2617) que significa “graça ou encanto” e ELEOS (Strong’s 1651/1653) significando “graça, misericórdia e grande generosidade”. Obviamente no hebraico CHEN = no grego CHARIS e no hebraico CHESSED = no grego ELEOS. O KJV tende a traduzir CHEN/CHARIS como “graça” mas tende a traduzir CHESSED/ELEOS como “misericórdia”. Então quando pensamos em “graça” geralmente associamos a CHESSED/ELEOS como grande generosidade”.
Se seguirmos a tradução do KJV isso aparece muito mais o sentido de “graça” no Novo Testamento do que no tanach, e CHEN apenas aparece 70 vezes no tanach enquanto CHARIS aparece 233 vezes no Novo Testamento. Mas lembre-se, o conceito de “grande generosidade” realmente é CHESSED/ELEOS. CHESSED aparece 251 vezes no Tanach, enquanto ELEOS aparece apenas 50 vezes no Novo Testamento. De qualquer modo há muito mais “graça” no Tanach que no Novo Testamento. Agora voltaremos ao Tanach para o melhor entendimento do conceito de graça. De acordo com as Escrituras existe uma estreita conexão entre “graça” e o “temor de YAHUAH”:
– Pois quando o céu está acima da terra, assim é grande a sua graça (CHESSED) para os que o temem. (Salmo 103:11).
– Digam, pois, os que temem a YAHUAH: Sim, a sua graça dura para sempre. (Salmo 118:4) – Pela graça e pela verdade, se expia a culpa e pelo temor de YAHUAH os homens evitam o mal. (Provérbios 16:6)
– E o terá consigo e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer a YAHUAH, seu Elohim, a fim de guardar todas as palavras desta Torá e estes estatutos, para os cumprir. (Deut. 17:19)
– … para que ouçam, e aprendam e temas a YAHUAH, seu Elohim, e cuidem de cumprir todas as palavras desta Torá; (Deut. 31:12)
Então claramente não há conflito algum entre graça e a Torá. De fato a Tora possui uma estreita relação com a graça.
CONFIANÇA (FÉ) CRENÇA
A próxima palavra que iremos analisar é “fé-confiança”. Em hebraico é EMUNÁ. EMUNÁ pode significar “crença ou confiança” e é mais bem traduzido como “fidelidade confiante”. Quando falamos na “fé” em YAHUAH não é meramente falando de “crença” mas em “fidelidade confiante”. Se alguém lhe perguntou se é fiel ao seu conjugue, você não responde “Sim, eu acredito que ele existe”. Essa frase não faz sentido! Isso acontece porque claramente não é uma questão de crença, mas sim de fidelidade. Imagine um homem que passa altas horas da noite fora de casa, cometendo adultério com várias mulheres. Cada noite ele volta à sua casa e diz para sua mulher o quanto a ama e insiste que acredita na existência dela e que portanto foi fiel a ela. Será esse homem fiel à sua mulher? É claro que não! Esse entendimento é confirmado nas Escrituras como segue:
– Afasta de mim o caminho da falsidade e favorece-me com a tua Torá. Escolhi o caminho da fidelidade e decidime pelos teus juízos. (Salmo 119:29-30)
RETIDÃO
(NOTA: Sobre o material abaixo é importante sabermos que as palavras RETO e JUSTO (JUSTIFICAR E FAZER JUSTIÇA) representam o mesmo no hebraico).
Um líder messiânico recentemente criticou a SANJ (Sociedade para o Avanço do Judaismo Nazareno) dizendo:
-… algumas das fundamentais diferenças que vejo entre SANJ e <seu ministério messiânico>. Se não se importar, gostaria de discutir a respeito dessas diferenças. Gostaria de mostrar a filosofia que temos desenvolvido durante anos de ensino da Torá… Existe um princípio fundamental a respeito disso — e tudo se baseia nisso. O central princípio de tudo isso é primeiramente: nossa idetidade. Com nos vemos perante o Messias? Nos vemos como pessoas retas? Retas através do sangue do Messias? Somos? Essa é a questão. Sim – Não – Tenho respostas? Nós temos? Então existe alguma coisa que possamos fazer para sermos pessoas mais retas? Existe alguma quantidade de observância da Torá que podemos adotar em nossas vidas para nos tornarmos mais retos aos olhos do Aba? Existe? Não. Então somos fundamentalmente, constitucionalmente retos diante de Elohim. Amen? Então isso significa uma coisa. Que não existe o que possamos fazer para mudar nossa presença perante Ele. RESPOSTA:
A lógica acima parece boa superficialmente. Entretanto apresenta um errôneo fundamento lógico que faz toda a diferença no mundo. É um erro de SUBTERFÚGIO observado na página 23 do meu livro “Hermenêutica, Como Entender as Escrituras”. O erro de SUBTERFÚGIOO ocorre quando uma palavra ambígua é usada para significar algo aparentemente, mas outra coisa na conclusão. Dois exemplos retirados do meu livro:
A Record is an album of music. The criminal had a record. The refore the criminal had an album of music. (Tradução: Um disco é um álbum de músicas. O criminoso tem antecedentes criminais. Então o criminoso possui um álbum de músicas. – No inglês a palavra record possui diversos significados, entre eles os que foram usados no exemplo.) Todas as estrelas são energizadas por fusão. Tom Cruise é uma grande estrela. Logo Tom Cruise é energizado por fusão.
O conceito por trás das palavras “correto/justo/reto” nas Escrituras em hebraico é TSADIK. Há um mal-entendido muito comum que contrapõe Tiago 2:18 contra Rom. 4:1-5; Gal. 3:6-9. O problema aqui é a má-compreensão do texto semita. A palavra no hebraico e no aramaico (justo/correto) é ambígua com muitos significados. Pode significar “que revela retidão” e pode ser um sinônimo de “salvação”. Por exemplo, Lc. 7:29:
– “E todo o povo que o ouviu, e até os coletores de impostos, reconheceram a justiça de Elohim, recebendo o mikveh de Yochanan.” (Lucas 7:29)
Na passagem acima fica claro que TSEDAKA se refere a “mostrar retidão” e NÃO salvação, desde que as pessoas entendam claramente que não trazemos salvação a Elohim. Outro exemplo do mesmo uso da palavra se encontra em Isaías 32:17 “obra da justiça”. Quando Paulo diz Abraão foi justificado pela confiança (Rom. 4:1-5; Gal. 3:6- 9) fala do contexto da “salvação” e refere-se a Gen. 15:6. É o mesmo uso em Salmos 71:15 em que TZADAKA é um paralelo poético como um sinônimo de “Salvação” (YESHUAH). Quando Ya’akov (Tiago) diz que Abraão foi justificado pelas obras, é dito no contexto de “fazer justiça” (Tiago 2:18) e refere ao acontecido em Gen. 22 que ocorreu há muitos anos ANTES que quando foi Abraão justificado pela CONFIANÇA (em Ge. 15:6). No hebraico/aramaico não há nenhum conflito entre Ya’akov e Paulo. Agora, para que entendamos duas palavras ambíguas, e entendamos também o que Paulo e Ya’akov estavam dizendo propriamente, observemos o claro erro no relato que citei anteriormente. Na premissa, o falante usou “correto/justo/reto/íntegro” como sinônimo para Salvação: Nos vemos como pessoas retas? Retas através do sangue do Messias? Mas para concluir o falante usou a palavra “justiça” para se referir a “fazer justiça” ou “ações justas”:
– Então existe alguma coisa que possamos fazer para sermos mais retas? Existe alguma quantidade de observância da Torá que podemos adotar em nossas vidas para nos tornamos mais retos aos olhos do Aba? Existe? Não. Então somos fundamentalmente, constitucionalmente retos diante de Elohim. Amen? Então isso significa uma coisa. Que não existe o que possamos fazer para mudar nossa presença perante Ele. Agora essa é a verdade. Devemos nos ver como pessoas corretas. Contudo, podemos ser mais corretos (fazedores de boas ações) se formos bons observantes da Torá. Isso é CLARAMENTE ensinados nas Escrituras. Será por nós justiça, quando tivermos cuidado de cumprir todos estes mandamentos perante YAHUAH, nosso Elohim, como nos tem ordenado. (Deut. 6:25)
… andando nos meus estatutos, guardando os meus juízos e procedente retamente, o tal justo, certamente, viverá… (Ez. 18:9)
… pois não são justos diante de Elohim os que ouvem a Torá, mas serão justificados os que praticam a Tora. (Rom. 2:13 – Wow! Quer dizer que Paulo disse isso?!?!) Agora eu novamente pergunto:
Existe alguma quantidade de observância da Torá que podemos adotar em nossas vidas para nos tornamos mais íntegros aos olhos do Aba? Existe? SIM! O “princípio fundamental” da “filosofia” que muitos movimentos Messiânicos tem se baseado, é uma idéia totalmente falsa.
… pois o pecado é a violação da Torá… ninguém vos engane; quem pratica a justiça é justo, assim como ele é justo; quem comete pecado é de HaSatan. (1Jo. 3:4, 7-8). Não deixe homem algum ludibriá-lo.
INTELIGÊNCIA
Torá é inteligência. (Deut. 4:6)
LIBERDADE/ESCRAVIDÃO
A Torá é a Verdade. (Salmos 119:142)
E Yahushua disse:
– … se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus talmidim; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. (João 8:31-32).
Então a Torá traz liberdade. Isso é completamente ao contrário do que as pessoas têm ensinado. A compreensão comum é que a Torá é uma obrigação e que “liberdade em Cristo” significa estar livre da Torá. Como exemplo, um autor escreveu:
– Atualmente muitos cristãos têm desejado retornar a Sinai. Eles têm desejado colocar sob a igreja o jugo da escravidão, a Lei de Moisés. (O Plano de Elohim para as Épocas; Louis T. Tallbot; 1970; p.66)
Entretanto, como vemos os ensinamentos das Escrituras, é exatamente o oposto. A principal história do Judaísmo é o êxodo do Egito. Os filhos de Israel eram escravizados pelos egípcios. Elohim prometeu tirá-los da escravidão e dar-lhes a liberdade. Após tirar os filhos de Israel do Egito, YAHUAH levou-lhes ao Monte Sinai onde lhes entregou a Torá. Note que a principal história é que Elohim prometeu liberdade da escravidão e deu aos filhos de Israel a Torá. Agora, por que queria YAHUAH retirá-los do Egito, levá-los ao Monte Sinai, e escravizá-los novamente? E por que prometeria ao mesmo tempo a liberdade de todos? Elohim não é mentiroso. Ele prometeu liberdade a eles e lhes deu a Torá porque ela é a liberdade do cativeiro.
A Torá é a verdade (Salmos 119:142). E a verdade os libertará (João 8:31-32). Essa verdade é proclamada pelo Salmista:
– Assim, observarei de contínuo a tua lei, para todo o sempre. E andarei com largueza, pois me empenho pelos teus preceitos.
Assim como Ya’akov HaTsadik (Tiago o Justo) chamou a Torá de “A Torá da liberdade” (Tiago 1:25; 2:12). Entretanto o ANOMOS professor de hoje ensina que a Torá é escravidão e que a violação da Torá é liberdade. Trocam a verdade (Torá) de Elohim por uma mentira (violação da Torá) (Rom. 1:25). Em 2Pedro 2:19 é declarado:
– Prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção; porque de quem um homem é vencido, do mesmo é feito escravo.
De acordo com Kefa a esses homens, que “desviaram-se do puro mitsvá que lhes fora dada” (2 Pedro 2:21), é prometida liberdade, mas preferem a escravidão.
CORAÇÃO CIRCUNCIDADO
A “circuncisão do coração” é mencionada nos Ketuvim Netsarim (Novo Testamento) em Rom. 2:28-29 e Cl. 2:11. Muitos entendem erroneamente a questão da “circuncisão do coração” como substituto da “circuncisão física”. Entretanto a circuncisão do coração não é substituta da circuncisão física nem um substituto para a observância da Torá em geral. O contexto se refere à remoção da teimosia do coração e abri-lo à Torá. A Torá nos diz para circuncidarmos nossos corações, (Deut. 10:16) amar a Elohim com todo nosso coração e guardar seus mandamentos e plantar a Torá em nossos corações. Assim, a circuncisão de coração envolve amor a Elohim e que guardemos seus mandamentos e plantemos a Torá em nossos corações.
TENDO O ESPÍRITO
Ezequiel 18:29-32 fala sobre ter um novo espírito. Ezequiel 36:26-27 fala semelhantemente:
Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós novo espírito; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis em meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis. Como em Yochanan (João) foi dito:
– … o espírito da verdade… vos guiará a toda verdade. (Jô. 16:13) Cristãos têm suportado outro espírito. (2Cor. 11:4).
PECADO
– … pecado é a violação da Torá… … ninguém vos engane. Quem pratica a justiça é justo, assim como ele é justo. Quem comete pecado é de Satan. (1Yochanan 3:4, 7-8)
ARREPENDIMENTO
Retorno a Torá. (Jer. 8:4-6; Zac. 1:1-6)
O EVANGELHO
“O Evangelho” é a “palavra da verdade” (Col. 1:5) que quer dizer obediência (2Tess. 1:8). O Evangelho é a mensagem que Yahushua ensinou (Mt. 4:23) e de fato é uma mensagem que ele ensinou no Templo (Lc. 20:1). De acordo com Mt. 4:12-17 essa mensagem era a “luz” de Is. 8:23-9:1 e se olharmos Is. 8:20, veremos que sua “luz” é a Torá. Ainda em Mateus 12:17-21, essa mensagem é a Torá, como citada em Is. 42:1-4. (Note que no grego o texto de Mt. 12:21 termina a citação de Is. 42:2 antes da frase a respeito da Torá, entretanto O manuscrito hebraico DuTillet contém a citação completa. Se nós diligentemente procuramos no Tanach iremos achar que a Torá é sua “Palavra” (Is. 2:3; Deut. 17:19; 27:1-3; 27:26; 32-12; 32:45-46; 2Kn. 23:24; Nee 8:9) e a Torá é a verdade (Salmos 119:142,151).Obviamente que a “palavra da verdade” tem de ser obedecer a Torá. Assim a
Torá é o Evangelho!
Muitos cristãos apontarão as “definições” de Evangelho em 1Cor. 15:1-4 e Rom. 1:16. 1Cor. 15:1-4 dizendo que quando Paulo ensinou “o Evangelho” ele ensinou a “morte, funeral e ressurreição” DE ACORDO COM AS ESCRITURAS. Que “Escrituras”? Não havia ainda nada semelhante ao Novo Testamento. Quando Paulo ensinou essas coisas “de acordo com as Escrituras”, ensinou de acordo com o tanach. A morte, o funeral e a ressurreição do Messias são prefigurados na Torá, tanto na vida de José quanto na cerimônia de Yom Kippur de outros. Rom. 1:16 diz que o Evangelho é o poder de Elohim para salvar aqueles que “acreditam” (KJV) que obviamente se refere a Torá de Gen. 15:6. Agora há pelo menos três “outros evangelhos” mencionados no tanach. Esses são as mensagens “Abaixo da Lei”; as “Obras da Lei” e ANOMIA (Sem a Torá).
A Torá é a luz. (Prov. 6:23).
A Torá é a Palavra de D’us (Is. 2:3).
A Torá é a verdade. (Sl. 119:142, 151).
A Torá é o caminho da fidelidade (Sl. 119:29-30).
A Torá é o Evangelho. (Col. 1:5 & Sl. 119:142, 151).
Cristãos têm outro Espírito. (2Cor. 11:4).
O REINO DE ELOHIM E O REINO DO CÉU
Para entender o Reino, precisamos primeiramente entender os termos “Reino do Céu” e ”Reino de YAHUAH”. Esses termos são usados de modo passível de mudança (ver Mt. 4:12-19 = Mc. 1:14-17; Mt.5:3 = Lc. 6:20; Mt. 10:7 = Lc. 9:2; Mt. 13:31 = Mc. 4:30; Mt.13:11 = Mc. 4:11; Mt. 19:14 = Mc. 10:14-15; Mt. 19:21-24 = Lc.18:22-25).
Ambos referem-se ao Reino de YAHUAH. Isso porque no hebraico e no aramaico, é comum substituir a palavra “céu” pela palavra “Elohim”, de forma que não é comum o uso da palavra para o nome de “YAHUAH”. Um exemplo disso podemos achar em 1Enoque 6:1 [4QEnoque(b)] = Gen. 6:1-2 em que “filhos” de Elohim (Gen. 6:2) aparece como “filhos” do Céu (1En. 6:1-2). Enquanto o termos “Reino de YAHUAH” não aparece no Tanach (O.T), o termo “Reino do YAHUAH” aparece duas vezes (1Cr. 28:5; 2Cr. 13:8) e certamente não possui diferença entre esses dois Reinos. É importante notar que em ambos os usos do termo “Reino do YAHUAH”, o Reino referese claramente ao literal Reino de Israel. Outra passagem determina a identidade do Reino de Elohim/ YAHUAH é em Mt. 5:13 = Lc. 20. Nessa passagem a frase “pobre de espírito” é citada de forma abreviada da “pobre e contrito de espírito” (Is. 66:2) em que os Reinos que herdarão será o Reino de Israel restaurado (Is. 66:2, 7-9).
Além do mais Mt. 5:3 é parte do poema hebraico conhecido atualmente como o Sermão da Montanha, expressa a qualidade da poesia hebraica chamada “paralelismo sinônimo” em que sucessivas linhas são repetidas com o mesmo significado em diferentes palavras. Em Mt. 5:5 (uma passagem que paralela com Mt. 5:3) é lida que o “obediente herdará a terra” citando Sl. 37:11. Agora, a palavra hebraica para terra é “erets”, melhor traduzida como “pátria” em Sl. 37:11.
Ora, o termo “obediente” (de Sl. 37:11) e “pobre de espírito” (de Is. 66:2) é quase idêntico, muito parecido com o relatado nas palavras hebraicas. O termo Reino do Céu (em Mt. 5:3) é então um paralelo a “pátria” (em Mt. 5:5 = Sl. 37:11). Significa que o Reino do Céu e a Terra de Israel fazendo referência a Sl. 37:11. Então levando em consideração que Reino de Israel, nós podemos considerar que se as afirmações feitas pelos teólogos são corretas, a Igreja substituiu Israel como o Reino? Uma dessas passagens em que fica claro que a Igreja não pode ser o Reino do qual fala o Novo Testamento pode ser encontrada em Cor. 15:50-55 em que é declarado que “carne e osso não podem herdar o Reino de Elohim” (1Cor. 15:50) e que como resultado quando o Messias retornar (1Cor. 15:52; 1Tess. 4:16-17; Mt. 24:30-31) mortais serão imortais (1Cor. 15:50-55). Se a passagem refere-se à Igreja, então nem mortais, nem nenhum homem de carne e osso pode fazer parte da Igreja. Isso não faz nenhum sentido. Outra passagem que deixa claro que o Reino não pode ser a Igreja, está no primeiro capítulo de Atos, imediatamente depois que da ressurreição de Yahushua. Nesse texto lemos que os emissários passaram quarenta dias estudando “as coisas relativas ao Reino de Elohim” com Yahushua (Atos 1:3).
Após esses inacreditáveis dias de estudo com Yahushua, os emissários perguntaram-lhe: “Senhor, é nesse tempo que restaurarás o Reino de Israel?” (Atos 1:6). Depois de quarenta dias de estudo com Yahushua, os emissários sempre acreditaram que esse Reino é o Reino de Israel restaurado, e só pode mesmo o ser porque é o que estudaram e lhes foram ensinados durante quarenta dias. Se Yahushua tivesse ensinado a eles, durante esses quatro dias, que a Igreja seria o Reino, então eles jamais teriam perguntado o que perguntaram, nem Yahushua haveria respondido como respondeu: “A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, que o Pai reservou è sua própria autoridade”. (Atos 1:7) especialmente “Você não tem prestado atenção durante os quarenta dias?!”
O ELEITO
Um termo chave que é o centro do Calvinismo é “o Eleito”. Mas qual é a diferença entre o “Eleito” e o “Escolhido”? Não há. A tradução dos KJV é a mesma que a hebraica e a grega para as palavras “eleito” e “escolhido” dependendo do humor do tradutor, ou provavelmente se implica que o “eleito” é a “Igreja”. Por exemplo, se compararmos 1Pe. 2:9 com Is. 43:20 e Deut. 10:15 veremos que o “eleito” de 1Pe. 2:9 é extraído da passagem do tanach sobre o povo escolhido de Israel em Is. 43:20f e Deut. 10:15. Agora, se é grande bereu (Atos 17) irá checar as Escrituras, o Tanach, para ver o que Paulo e os outros “Escritores do Novo Testamento” estavam dizendo. Se observarmos com atenção, veremos claramente que os termos “eleito/escolhido” não se referem à “Igreja Cristã” mas a Israel (Deut. 7:6; 10-15; 14:2; Is. 41:8-9; 42:1; 43:20f; 45:4; 65:9, 22 & Sl. 135:4). Ora, o grande mal-entendido do “eleito” como a Igreja Cristã criou um problema na lógica, erro esse que deu margem para o Calvinismo.
Para a grande maioria das teologias cristãs, a Igreja Cristã é composta de todos os crentes em “Jesus Cristo”. Mas isso incita um conflito. Se o termo “eleito” refere-se à Igreja Cristã, isso não implica que eles escolheram Elohim, mas que Elohim os escolheram. A Resolução Calvinista é que Elohim escolheu uma certa classe de pessoas porque estavam predestinadas a isso. Dessa forma eles são os eleitos porque Elohim os escolheu para serem os escolhidos por Ele. A resolução real é que a teologia da substituição é errônea. O termo “eleito/escolhido” é um eufemismo para Israel e de jeito nenhum referente à Igreja Cristã.
A IGREJA e o CORPO DO MESSIAS
O termo “Igreja” nunca aparece no NT. Na realidade a palavra traduzida como “Igreja” vem do grego “EKKLESIA”, uma palavra que realmente significa “assembléia” e pode significar muitas coisas. EKKLESIA é a palavra da Septuaginta para a “assembléia” de Israel. Atos 7:38 usa EKKLESIA nesse caso também. Mt. 18:17 usa EKKLESIA como referência ao beit-din. Em Atos 19:39, 41 EKKLESIA refere-se a uma multidão. Teria a EKKLESIA nascida em 32 AD (do Latim – Anno Domini – D.C)?
Em Atos 2:41, 47 pessoas foram adicionadas a EKKLESIA, o que parece ter acontecido naquele mesmo momento. E o que foi a EKKLESIA de Atos 7:38? O termo “Igreja” é imaginário, não existe no grego (ou no aramaico), e o equivalente grego não é uma única palavra, mas justamente uma palavra significando “assembléia” (o que também é verdade no aramaico). É isso mesmo, nas línguas originais da Bíblia, a palavra “Igreja” nem mesmo existiu! Em Ef. 1:22-23 & Cl. 1:18, o termo EKKLESIA é usado para descrever uma instituição chamada “O Corpo do Messias”. Leitura Mateus 2:14 e Oséias 11:1.
Agora pergunte a si mesmo: O que é “Corpo do Messias?” É uma nova religião como o Cristianismo? É Am-Yisrael (O Povo de Israel), a assembléia de Israel? ETC. Por sobre os séculos o Cristianismo tem redefinido todos os termos de forma que suporte suas Teorias Cristãs de Desobediência à Torá.