#AcordaMichelson! — Quem comemora o Natal não pode criticar o Jesus da DC Comics

O primeiro volume da nova revista em quadrinhos da DC Comics (Selo Vertigo) em que um personagem identificado como Jesus Cristo retorna à Terra para viver aventuras ao lado de Sun-Man, só sera lançado em março de 2019. Mas Michelson Borges que só viu a capa do novo gibi, já postou vídeo condenando o projeto!

O que se sabe oficialmente até o momento é apenas o que foi divulgado como informação para criação de expectativa pela editora:

“Um dos personagens mais populares da Marvel é um deus, Thor, representante da mitologia nórdica, e tanto na Casa das Ideais quanto na DC são comuns personagens oriundos da mitologia grega, como Hércules, Ares e a Mulher-Maravilha, mas como seria criar um novo super-herói a partir da principal figura da maior religião do mundo?

“Vamos saber a partir de março, quando chegar às lojas de quadrinhos a primeira edição de SECOND COMING (Segunda Vinda), nova HQ do selo Vertigo da DC Comics. Na história da nova série o Filho de Deus retorna à Terra e passa a dividir uma residência com o Sun-Man, uma espécie de Superman. Em sua Segunda Vinda, o Messias fica chocado com a forma como suas palavras foram subvertidas pela humanidade e passa a tentar consertar o erro.

“Testemunhe o retorno de Jesus Cristo, que é enviado por Deus na mais sagrada missão, aprender o que significa ser o verdadeiro Messias da humanidade tornando-se colega do salvador preferido do mundo: o todo poderoso super-herói Sun-Man, o Último Filho de Krispex. Mas quando Cristo retorna à Terra ele fica chocado ao descobrir o que foi feito de seu evangelho – e agora ele pretende colocar as coisas no caminho certo.”

“Second Coming #1 tem roteiro de Mark Russell e ilustração de Richard Pace. A arte da capa é de Amanda Conner. A DC Comics revelou a HQ Second Coming para o março de 2019. Na HQ Jesus Cristo é enviado para a Terra com o objetivo de aprender como se tornar o salvador da humanidade ao lado de Sun-Man. Confira a capa abaixo:”

1. A avaliação negativa de Michelson Borges, portanto, é apressada, inoportuna e injusta. Como podemos condenar de antemão um projeto do qual temos tão poucas informações e do qual mal conhecemos somente capa, que pode até não ser a definitiva?

2. Além disso, quem aceita a comemoração do Natal, como Michelson Borges, não pode se atrever a criticar o Jesus da DC Comics. Primeiro porque, a volta de Jesus Cristo a um mundo esférico é também pura ficção antibíblica, porque as Escrituras descrevem o retorno de Cristo ao Céu e sua segunda vinda com linguagem e cosmologia terraplanista.

Contrariando a Lei da Gravidade e teses da Nasa, Jesus subiu ao Céu, foi envolto pelas nuvens e assentou-se à direita do Trono de Deus, onde nos defende, julga e pôde ser visto por Estevão e o irmão Hiram Edson, quando os Céus se abriram. Anjos prometeram que irá retornar do mesmo modo, sendo visto simultaneamente por todo olho, como um relâmpago que vai do Oriente ao Ocidente, enquanto os Céus se enrolarão como um pergaminho.

Um pouco antes, o Sol se apagará e a Lua deixará de emitir sua própria luz. Então, novamente, Jesus Cristo desafiará a suposta gravidade, pairando no ar, enquanto também subiremos ao encontro do Senhor nas nuvens. Assim, enquanto os terraplanistas aguardam o retorno literal de Nosso Senhor Jesus Cristo, globalistas esperam as “voltas de Jesus”… ao redor do Globo!

3. O “novo Evangelho” da DC, ao qual Michelson Borges se refere, inclui parceria (ou sincretismo) do Filho de Deus com o Sun-Man (Homem-Sol), exatamente como aconteceu com o deus Mitra e o verdadeiro Filho de Deus, Jesus Crisyto, na justificativa histórica da inclusão do Natal no calendário cristão, aceita por Michelson Borges, Leandro Quadros e outros infiltrados.

“Mitra” ou “Amigo” é o deus do Sol, da sabedoria e da guerra na mitologia persa. Ao longo dos séculos, foi incorporado à mitologia hindu e à mitologia romana. Era identificado com o sol, viajando todos os dias pelo céu com sua carruagem para espantar as forças das trevas. Com sua adoção pelos romanos, tornou-se especialmente popular entre os soldados, que lhe ofereciam touros.”

Posteriormente, o imperador Constantino “cristianizou” a data, comemorando supostamente o nascimento de Jesus pela primeira vez no ano 354, mas homenageando, de fato, ao deus Mitra. Quem comemora o Natal, homenageia o Deus-Sol, como fazem semanalmente os devotos católicos que guardam o domingo.

4. A comemoração do Natal, aceita e defendida por Michelson Borges, é a celebração dessa parceria que ele diz rejeitar, entre o Sun-Man e Jesus Cristo. Apoiar o Natal, como festa do Advento, em 25 de dezembro, é tão incoerente quanto a guarda do domingo e a celebração das festas católicas, contrariando o quarto mandamento bíblico e assimilando o mandamento imposto pela Igreja-Império de Roma.

Quem estabeleceu a comemoração do nascimento de Jesus Cristo foi o imperador romano Constantino que reinou de 312 d.C. até a sua morte em 337 d.C. Antes de assumir o poder em 312, Constantino disse que teria sonhado com uma cruz luminosa que era usada pelos cristãos. Ele ordenou então que todos os escudos dos soldados tivessem o desenho dessa cruz luminosa. Constantino ganhou a batalha de Maxêncio e daí a religião cristã passou a ser a religião oficial do governo romano embora as outras ainda continuavam a existir.

O interessante é que Constantino só teria optado, de fato, pelo cristianismo pouco antes de morrer. Antes disso Constantino adorava o deus Sol que era chamado de “Sol invictus”, ou seja o “Sol invencível”. O Sol Invictus misturava-se também com antiga religião de Zoroastro que era o culto de Mitra. O Mitraismo estava na época tão próximo do culto ao Sol Invictus que os dois freqüentemente se confundiam. O Mitraismo tinha a sua grande festa no dia 25 de dezembro assim como o culto ao Sol Invictus.

Nessa época, mesmo os cristãos romanos comemoravam o dia sagrado da semana no sábado; Era o shabat do descanso judaico e bíblico no sétimo dia da semana. A partir de um edito promulgado por Constantino em 312 d.C., foi adotado o domingo o dia do sol como o dia sagrado. Em inglês domingo é sunday, isto é, o dia do sol e a palavra “domingo” em português vem de “Deus Domenicus” que significa o “dia do senhor”, que era logicamente o sol.

5. Michelson Borges ignora (ou faz de conta que ingnora) que 25 de Dezembro foi a data da inauguração da maior estátua ao Deus do Sol Hélios da Antiguidade Clássica, o Colosso de Rodes, cuja altura era de 66 côvados (33 a 34 metros), e foi destruído por um terremoto.

A festa pagã chamada de Natalis Solis Invicti era uma homenagem ao deus persa Mitra e ao deus Hélio, populares em Roma. As comemorações aconteciam durante o solstício de inverno, o dia mais curto do ano. No hemisfério norte, o solstício não tem data fixa. Costuma ser próximo de 22 de dezembro, mas pode cair até no dia 25.

E o culto ao Sol Invictus era comemorado anualmente no dia 25 de dezembro que para os pagãos era o nascimento ou seja o renascimento do Sol, pois os dias começavam neste dia a se tornar perceptivelmente mais longos. Foi Constantino quem adotou o nascimento de Jesus Cristo como sendo o dia 25 de dezembro. Assim o que se comemora em 25 de dezembro é o renascimento do Sol, ou o renascimento de Jesus. Para que, comemora o Natal, Jesus renasce como um bebê todos os anos.

A data de 25 de dezembro foi escolhida para celebrar o Natal de Jesus porque os romanos celebravam o deus Sol Invictus, neste dia. Com a conversão do Império romano ao cristianismo, com o imperador Constantino em 313 e Teodósio em 385, a Igreja fixou esta data para celebrar o Natal para indicar ao povo cristão que o verdadeiro Deus é Jesus Cristo e não o Sol Invictus até então cultuado.

Constantino acreditava que o deus romano do Sol, Hélios, e Cristo eram virtualmente a mesma coisa, e 25 de Dezembro tinha sido decretado com o dia do nascimento do Sol 50 anos antes por um dos seus antecessores – o imperador Aurélio.

Aurélio, por sua vez, parece ter escolhido 25 de Dezembro porque desde a reforma do calendário romano, feita pelo imperador Júlio César em 46 a. C., esse dia foi fixado oficialmente como a data do solstício de Inverno e marcava realmente o renascimento anual do sol – o dia em que o sol começa de novo a ficar mais alto no céu e os dias a tornarem-se mais compridos.

De acordo com uma recente investigação, um acontecimento-chave pode ter provocado toda a tradição do 25 de Dezembro. Esse evento foi a consagração da maior estátua ao Deus do Sol Hélios da Antiguidade Clássica — o Colosso de Rodes –, com 34 metros de altura e 200 toneladas. Considerada uma das sete maravilhas do mundo, foi destruída por um terramoto e não chegou até nós nenhuma representação da estátua.

A provável data da consagração foi 283 a. C.. E nesse ano o solstício ocorreu em Rodes por volta do nascer do Sol do dia 25 de Dezembro. A data da construção do Colosso — ou outro acontecimento na primeira metade do terceiro século a. C. — foi sem dúvida preservada pelos académicos em Rodes ou Alexandria e parece ter passado para César através dos cientistas do Egipto, no período helenístico, que aconselharam o imperador com as suas reformas do calendário.

6. Alguém precisa lançar a hashtag #AcordaMichelson e mostrar a ele que adorar ao Deus Sol, através de Jesus Cristo (“Sol da Justiça”) no Natal, equivale a substituior IWHW, o Deus Todo-Poderoso dos judeus, por um outro deus: O Deus da Luz! Lúcifer.

No final do século III, o Sol Invictus (o Sol Invencível) começou a ser visto quase em termos monoteístas, como o Deus Todo-Poderoso, sendo os outros deuses olhados como subservientes da divindade solar ou como diferentes facetas dele. O salto seguinte em direcção ao proto-Natal chegou em 274 d. C., quando o imperador Aurélio declarou que o Sol Invictus era “Senhor do Império Romano”.

A promoção do Deus do Sol a esta posição suprema deu-se porque Aurélio acreditava que o Sol Invictus o tinha ajudado a derrotar os rebeldes do Médio Oriente que ameaçavam a unidade do império. Em honra da vitória, o imperador construiu um enorme templo ao Sol. Foi aí que Aurélio instalou duas enormes estátuas saqueadas da cidade revoltosa, Palmira, actualmente uma ruína no deserto da Síria. Uma representava o deus do Sol oriental, Shamash-Hélios. A outro o deus chefe dos rebeldes, Bel, ou mais provavelmente o seu associado, a divindade Yarhibol, em parte solar e completada com os raios solares que emanam da sua cabeça. O novo templo foi consagrado a 25 de Dezembro – o dia que o imperador Aurélio pensava ser o do nascimento do Deus do Sol.

Cerca de meio século depois da consagração do templo, o primeiro imperador romano que se dizia “cristão”!, Constantino, fundiu o culto do Sol com a cristandade, dando a entender que Cristo era, de facto, a manifestação terrena do Sol Invictus. O dia 25 de Dezembro tornou-se o Natal. O homem-deus cristão era também referido como o Sol da Justiça e num mosaico na cripta da Catedral de S. Pedro, no Vaticano, Jesus era — e ainda é — adornado com raios solares e guiava um carro, tal como o Sol Invictus.

7. Para encerrar, reforçamos que Michelson Borges não pode reclamar do uso da expressão “Segunda Vinda” pela DC Comics, quando aceita a comemoração católica de um Advento que se repete todos os anos, há séculos. No Natal, o que se comemora anualmente é o “novo advento” de Jesus Cristo ao mundo como bebezinho. Não faz, portanto, nenhum sentido que Adventistas do Sétimo Dia comemorem um advento anual de Jesus Cristo. Por que esperar pela segunda vinda, se o Advento de Jesus bebê ocorre novamente todos os anos em 25 de dezembro?

Por que esperar pela segunda vinda de Jesus Cristo, se o Deus Espírito da Santíssima Trindade já veio e supostamente está entre nós? Essa é uma outra pergunta que Michelson Borges e outros crentes precisam responder. Mas esse j[a é um outro assunto.

Aprenda mais:

Fontes:

http://www.heroisdateve.com.br/jesus-cristo-e-o-novo-super-heroi-da-dc/

https://www.cbr.com/jesus-christ-dc-comics-superhero/

https://www.alternativanerd.com.br/hqs-livros/second-coming-jesus-cristo-e-o-novo-herois-da-dc-comics/

https://www.publico.pt/2003/12/24/sociedade/noticia/o-natal-nasceu-300-anos-antes-de-cristo-1179214

https://www.recantodasletras.com.br/ensaios/231889

Sobre Max Rangel

Servo do Eterno, Casado, Pai de 2 filhas, Analista de Sistemas, Fundador e Colunista do site www.religiaopura.com.br.

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