Os Fundamentos de Mateus 28:19

Recentemente estive lendo um artigo de um esmerado Professor de Teologia do Unasp, notei que o mesmo defende a tese de que a alteração do texto de Mt. 28:19 é infundada, ou seja; com poucos fundamentos. Baseado neste fato, resolvi levar ao conhecimento dos leitores estes dados para a reflexão:

Eusébio de Cesareia (c. 275 — Cesareia, 30 de Maio de 339) (chamado também de Eusebius Pamphili, “Eusébio amigo de Pânfilo”) foi bispo de Cesareia e é referido como o pai da história da Igreja porque nos seus escritos estão os primeiros relatos quanto à história do Cristianismo primitivo. O seu nome está ligado a uma crença curiosa sobre uma suposta correspondência entre o rei de Edessa, Abgaro e Jesus Cristo. Eusébio teria encontrado as cartas e, inclusive, as copiado para a sua Historia Ecclesiae.
Dentro dos escritos de Eusébio de Cesaréia, contém 17 citações em seus trabalhos antes de Nicéia, Eusébio cita Mateus 28:19 como “ide fazei discípulos de todas as nações em meu nome” sem mencionar o comando do batismo da Trindade. Em seus escritos após o concílio de Nicéia, o formulário tradicional incluindo a fórmula do batismo da Trindade é encontrado 5 vezes. No quadro abaixo não foi identificado todas as citações, apenas as referências das 17 citações ora elucidado. Constata-se que Eusébio indica que a inclusão trinitariana de Mateus esteve alterado em algum ponto; ou seja, apartir do estabelecimento do dogma..
“‘“… o mestre resolveu suas dificuldades, pela adição de uma frase, devem triunfar em MEU NOME. ‘ Não os ordenou simplesmente e indefinidamente “fazer discípulos de todas as nações,”, mas com a adição necessária “em meu nome.” E o poder de seu nome que é assim tão grande, que o Apóstolo diz: O “Deus deu-lhe um nome que estivesse acima de cada nome, ao nome de Jesus todo joelho deve se curvar, tanto os que estão no céu, quanto os que estão na terra, e sob a terra.” Há virtude no poder de seu nome, oculto da multidão, quando disse a seus Discípulos: “Ide, e fazei discípulos de todas as nações em meu nome.” A prova do Gospel, Vol. 1, editado e traduzido por W.J. Ferrar, 1981, página 157
Segundo o Morê (Professor) de Judaísmo do Período do Segundo Templo, da Universidade Hebraica de Jerusalém, David Flüsser em seu livro Judaísmo e Origens do Cristianismo, Vol. 1, pág. 156, a expressão “em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” não foram mencionadas em todas as citações de Matityáhu 28:19 nos escritos de Eusébio ANTERIORES AO CONCÍLIO CRISTÃO DE NICÉIA (325 D.E.C.) sob a supervisão do imperador Constantino. O texto de Matityáhu (Mateus) 28:19 antes do referido Concílio era o seguinte: “Ide e tornai todos os gentios discípulos em Meu Nome , ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei”.
Ademais, Eusébio foi pressionado pelo bispo cristão Atanásio (que teve participação no Concílio de Nicéia) a fazer a “inserção” Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e, caso não a fizesse, seria exilado para a Espanha conforme as palavras do Rabino Joseph Shulam quando indagado ao mesmo sobre Matityáhu (Mateus) 28:19.
No Compêndio da História da Igreja de autoria de Frei Dagoberto Romag, I Volume, intitulado a Antigüidade Cristã, Editora Vozes pág. 90-93 e 143-145, diz que a ordem do batismo escrita em Mateus 28:19 (O Batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo), saiu da Pena de Tertuliano no ano 197.
Tertuliano era natural de Cartago, filiado à doutrina da trindade de Montano. Escreveu o primeiro catecismo sobre o batismo da trindade, e acompanhado com este batismo, o sinal da cruz, e chamava-se “A fé de Irineu e Tertuliano”.
Após sua morte no ano de 220, este dogma foi introduzido no ano 255 no primeiro sinódio dirigido por Cipriano. Tertuliano foi chamado de autor do batismo da idolatria (Dicionário Prático Ilustrado, edição, 1957., Lello & Irmãos-Editores pg. 1908).
O bispo de Roma, Estevão I, não aceitou esse batismo como nova doutrina na Igreja de Catargo, mas não o eliminou. Sisto II aceitou a comunhão com a Igreja de Catargo, e em 313 em outro sinódio foi confirmada a ordem do batismo em Nome do Pai, Filho e Espírito Santo, contrários aos donatistas que batizavam em nome de Jesus Cristo (Compêndio da História da Igreja, pág. 191-193, Essência do Catolicismo, segunda Edição, pág. 173).
Os Donatistas protestaram contra o batismo em nome da trindade, e Constantino tirou as suas Igrejas, e confiscou os seus bens. Ário bispo da Igreja Apostólica ensinou, que Cristo é o filho primogênito e unigênito criado pôr Deus, e que a salvação consiste em crer nas duas pessoas da divindade (João 3:16-18, 14:1, 17:3), negou a trindade ensinando que o batismo para perdão de pecados é somente aquele praticado em nome de Jesus Cristo.
Em 325, foi realizado o primeiro concílio em Nicéia, para confirmar a trindade e o batismo em seu nome, e esse concílio foram presididos por Constantino, o bispo Silvestre, Ozio e Atanásio, que negaram Cristo como princípio da criação de Deus (Provérbios 8:22-31, João 1:1-3, Colossenses 2:15-17) e sem prova desta verdade, estabeleceram o Dogma que em Deus há uma só pessoa que se manifestou como Pai, Filho e Espírito Santo em substância eterna (Compêndio da História da Igreja, pág. 165-166).
A negação da divindade como duas pessoas distintas é doutrina do Anticristo (I João 1: 2-4, 2: 18-26), a partir do estabelecimento da trindade como dogma, começou a perseguição para aqueles que não aceitavam esta apostasia (livro: História do Cristianismo por A. E. Knight e W. Anglin, terceira edição, pág. 192-210, livro: História da Inquisição por Antônio José Saraiva, publicações Europa Portuguesa América).
Teófilo no ano 190 d.C. emprega pela primeira vez a palavra Trindade e no ano de 197, Tertuliano emprega ela no batismo com o sinal da cruz.
Tertulliano escreveu,
“Nós realmente acreditamos que há só um Deus, mas nós acreditamos sob esta dispensação, ou, como dizemos oikonomia, também há um Filho deste um só Deus, sua Palavra a quem procedeu e por quem foram feitas todas as coisas e sem Ele nada foi feito”. (Contra Praxeas 2, 216 D.C ).
Irineu de Leão escreveu,
“Para a Igreja, embora dispersa ao longo do mundo inteiro até mesmo para os confins da terra, tem recebido dos apóstolos e dos seus discípulos a fé em um Deus , Pai Todo-poderoso, o criador do céu e da terra e do mar e tudo que neles há; e em Jesus Cristo , o Filho de Deus.” (Contra Heresias 1:10: 1, 189 D.C ).
Justino Mártir, citando Provérbios 8, refere- se a Cristo na seguinte declaração:
“O Senhor criou-me no começo de seus caminhos seus trabalhos”. Ele procriou-me antes de todas as colinas”.” Ele acrescenta”: Você percebe, meus ouvintes, se você dá atenção no que a Bíblia tem declarado que esta Descendência foi procriada pelo Pai antes de todas as coisas fossem criadas; e aquele que é procriado é numericamente distinto daquele que procria, qualquer um admitirá.” (Justino Mártir, Dialogue com Trypho, Capítulo CXXIX).
Os Cristãos Valdenses que guardaram o verdadeiro evangelho ao longo da Idade Média não acreditaram na doutrina da Trindade.
“Nenhuma maravilha que o Céltico, o Gótico, o Valdense, as Igrejas da Armênia, e a grande Igreja do Leste, como também outros corpos, diferiram profundamente do papado em suas concepções metafísicas da Trindade e conseqüentemente na importância dos Dez Mandamentos.” (Ibid., página 94).
ENCICLOPEDIA BRITÂNICA, 11a Edição, Vol.3 Pg. 365-366, “A fórmula batismal foi mudada do nome de Jesus Cristo para as palavras Pai, Filho e Espírito Santo pela Igreja Católica no 2º Século.” Volume 3 pág.82 “Sempre nas fontes antigas menciona que o batismo era em Nome de Jesus Cristo.”.
ENCICLOPEDIA DA RELIGIÃO – CANNEY, pg. 53 — “A religião primitiva sempre batizava em Nome do Senhor Jesus até o desenvolvimento de doutrina da trindade no 2° Século.”.
ENCICLOPÉDIA CATÓLICA DE 1913, Vol. 2, pg. 365, Aqui o Católico reconhece que o batismo foi mudado pela Igreja Católica.”.
ENCICLOPÉDIA DA RELIGIÃO – HASTINGS, Vol.2 pg. 377-378-389. “O batismo cristão era administrado usando o nome de Jesus. O uso da fórmula trinitariana de nenhuma forma foi sugerida pela história da igreja primitiva; o batismo foi sempre em NOME do Senhor Jesus até o tempo do mártir Justino quando a fórmula da trindade foi usada.” Na página 377, do Vol. 2, Hastings comentando Atos 3:28, diz: “NOME é o antigo sinônimo de pessoa. Pagamento foi sempre feito em nome de alguma pessoa, referindo-se a propriedade. Portanto alguém batizado em nome de Jesus torna-se sua propriedade pessoal.” Nova Enciclopédia Internacional, Vol. 22 pg. 477, “O termo “trindade” se originou com Tertuliano, padre da Igreja Católica Romana.”.
Tradução do Evangelho Hebraico de Mateus, publicada em 1995, pelo erudito George Howard.
Mateus 28:18-20 em Hebraico:
Em português, a tradução aproximada seria:
18 Jesus, aproximando-se deles, disse-lhes:
Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.
19 Ide
20 e ensinai-os a observar todas as coisas
que vos ordenei para sempre.
“Nossos oponentes (protestantes) às vezes reivindicam que nenhuma crença deveria ser dogmatizada que não é explicitamente declarada na Bíblia (ignorando que é somente na autoridade da Igreja que nós conhecemos a certeza dos evangelhos, e não outros como verdadeiros). Mas as igrejas protestantes por elas mesmas tem aceitado tais dogmas como a TRINDADE pela qual não há nenhuma autoridade precisa nos evangelhos.” Revista Vida, 30 de outubro de 1950.
“O MISTÉRIO DA TRINDADE é a doutrina central da fé católica. Sobre essa doutrina estão baseados todos os outros ensinos da Igreja.” Manual para o Católico de Hoje, pág. 16.
“Como erros fundamentais nós poderíamos classificar como este falso sábado [o domingo], outros erros que os protestantes trouxeram da Igreja Católica, como o batismo por aspersão, A TRINDADE, a consciência dos mortos, o tormento eterno. O grupo que abraçou estes erros fundamentais fez isso ignorantemente, mas poderia a Igreja de Cristo levar junto de si estes erros até as cenas do julgamento que há de vir sobre o mundo? Nós acreditamos que não.” Review and Herald, 12 de setembro de 1854. Ênfase acrescentada.
O Catecismo do Vaticano confessa que o texto foi mudado:
Tradução de trecho da pág. 164:
Em Cristo. Na Bíblia nos diz que os Cristãos foram batizados em Cristo. (n°6) Eles pertencem a Cristo. Em Atos dos Apóstolos (2:36–8:16–10:48–19:5) nos diz: “batizando em nome [pessoa] de Jesus”. Uma melhor tradução diria: “para o nome [pessoa] de Jesus.” Unicamente no 4° Século a fórmula “Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” tornou-se uma prática costumeira.
Tradução de trechos da pág. 166:
Em adição, nós vimos como a igreja primitiva batizava: Primeiro o anúncio do Evangelho… Posteriormente a Fé e o arrependimento, os quais eram selados (confirmados) e aperfeiçoados pelo batismo “em nome [pessoa] de Jesus Cristo”. É por isso que nos chamamos “Cristãos”, expressão que significa gente relacionada de forma especial com Cristo. Mais tarde, [o batismo] “no nome de Jesus” foi elaborado e tornou-se “no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
A mais recente edição da Bíblia de Jerusalém, Nova Edição, Revista e Ampliada, lançada em agosto de 2002 pela Igreja Católica, em nota de rodapé a Mateus 28:19, admite que a frase “batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, tenha sido acrescentada posteriormente ao Livro de Mateus:
“É possível que, em sua forma precisa, essa fórmula reflita influência do uso litúrgico posteriormente fixado na comunidade primitiva. Sabe-se que o livro dos Atos fala em batizar “no nome de Jesus” (Cf.at. 1,5+;2,38+). Mais tarde deve ter-se estabelecido a associação do batizado às três pessoas da Trindade…”.
Os apóstolos batizavam só em nome de Jesus. — Atos 2:38; Atos 8:12; Atos 8:16; Atos 10:47-48; Atos 19:5; Atos 22:16; Efésios 4:5; Romanos 6:3-4; Gálatas 3:27; Colossenses 2:11-12; Colossenses 3:17.
“Eles vos expulsarão das sinagogas; mas vem à hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus.Isto farão porque não conhecem o Pai, nem a mim.” João 16:2-3.
Artigo de Osvair Munhoz

Sobre Max Rangel

Servo do Eterno, Casado, Pai de 2 filhas, Analista de Sistemas, Fundador e Colunista do site www.religiaopura.com.br.

Além disso, veja também:

O “Porquê” Por Traz da Mentira

Jesus desceu ao mundo dos mortos! (Pr. Damázio)

3 comentários

  1. MARCELO VICTOR RODRIGUES DO NASCIMENTO

    OS SENHORES PODERIAM COMENTAR SOBRE O PRONUNCIAMENTO DO PAPA BENTO XVI SOBRE A FÓRMULA BATISMAL: https://books.google.pt/books?id=LJlkwvExekkC&pg=PA82&hl=pt-PT&source=gbs_toc_r#v=onepage&q&f=false

  2. MARCELO VICTOR RODRIGUES DO NASCIMENTO

    Alguns argumentos bíblicos sobre a provável adulteração de Mateus 28:19:
    1 – O Espírito Santo é derramado por invocar-se o nome do Senhor Jesus, por ocasião do batismo: “E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam” (Atos 19:5,6);
    2 – Pedro confirma as palavras de Lucas, o que não significa que, dependendo da situação, possa haver exceção a essa regra apostólica: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo”(Atos 2:38):
    3 – Até mesmo com relação à salvação, a Trindade, segundo a Bíblia, não possui qualquer efeito para perdoar pecados e salvar, pois, há um só nome pelo qual devemos ser salvos: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12);
    4 – Segundo a Bíblia Sagrada, são necessários pelo menos dois testemunhos para que algo seja considerado verdadeiro, o que não é o caso do batismo em nome da Trindade: “Uma só testemunha contra alguém não se levantará por qualquer iniquidade, ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado que cometeu; pela boca de duas testemunhas, ou pela boca de três testemunhas, se estabelecerá o fato” (Deuteronômio 19:15).
    5 – Jesus confirma a necessidade de dois testemunhos para validar uma questão: “E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me enviou” (João 8:17,18).
    6 – Com relação ao batismo EM NOME DO SENHOR JESUS CRISTO, há diversas passagens que comprovam tal fórmula batismal, quais sejam: Atos 2:38; Atos 8:16; Atos 10:24,48; Atos 19:5; Romanos 6:3; Colossenses 3:17.
    7 – É comum os trinitarianos dizerem que batizar em nome de Jesus significa “na autoridade de Jesus”, mas isso parece algo absurdo, pois ninguém faz oração em nome da Trindade, ninguém expulsa demônio em nome da Trindade e ninguém faz cura em nome da Trindade; ao contrário, tudo é feito EM NOME DO SENHOR JESUS CRISTO;
    8 – Conforme os conselhos do Mestre Jesus, a oração é feita EM SEU NOME: “Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vô-lo há de dar” (João 16:23).
    9 – Curas e expulsão de demônios eram feitos EM NOME DE JESUS, enfraquecendo a alegação de que o batismo EM NOME DO SENHOR JESUS CRISTO seja uma questão de autoridade apenas: “Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão” (Marcos 16:17,18).
    10 – Se os vários exemplos de batismo EM NOME DE JESUS podem ser considerados um símbolo de autoridade, por que o batismo em nome da Trindade não pode ser igualmente apenas uma questão de autoridade (se ele estiver no texto original)?
    11 – A recente correção feita em 1 João 5:7-8 traz indícios claros de que as interpolações são possíveis (e prováveis) de terem ocorrido no texto bíblico, lembrando que, assim como Mateus 28:19, a passagem supracitada (1 Jo 5:7-8) também diz respeito à Trindade. O texto adulterado, de 1 Jo 5:7-8, diz o seguinte: “7 Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. 8 E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num.” (Bíblia Almeida Corrigida Fiel – ACF). O texto original (sem a adulteração) diz o seguinte: “7 Há três que dão testemunho: 8 o Espírito, a água e o sangue; e os três são unânimes (ou concordam)” (Bíblia NVI).
    12 – É difícil acreditar que, ao receber a suposta ordem de batizar em nome da Trindade, os apóstolos a teriam ignorado e, por conta própria, teriam decidido batizar os cristãos EM NOME DO SENHOR JESUS CRISTO… não tem sentido isso.
    13 – O apóstolo Tiago parece confirmar tudo que foi dito anteriormente ao dizer, em seu Livro, o seguinte: “Porventura não blasfemam eles o bom nome que sobre vós foi invocado?” (Tiago 2:7). Esse verso parece comprovar cabalmente o nome de quem era invocado no batismo apostólico: JESUS CRISTO.
    14 – A Bíblia diz: “E quando o Senhor entendeu que os fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e batizava mais discípulos do que João (Ainda que Jesus mesmo não batizava, mas os seus discípulos), deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galiléia” (João 4:1-3). Nessa passagem, vemos que Jesus tinha, como doutrina, o batismo, sendo usada, certamente, uma fórmula. Se Ele determinou que as curas, expulsão de demônios e as orações fossem feitas EM SEU NOME, é de se esperar que o batismo, muito provavelmente, também fosse feito EM SEU NOME, pois as ovelhas eram Suas.
    15 – O fato de Jesus não batizar é mais um forte indício de que o batismo era realizado EM SEU NOME, pois ficaria inconsistente Jesus dizer: “Eu te batizo em meu próprio nome!”.
    16 – No livro de Gálatas, Paulo testifica algo a respeito do batismo: “Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em (nome de) Cristo já vos revestistes de Cristo” (Gálatas 3:26,27).
    17 – Tal verdade é muito evidente nas Escrituras e parece ficar mais clara quando Paulo fala o seguinte aos coríntios: “Está Cristo dividido? foi Paulo crucificado por vós? ou fostes vós batizados em nome de Paulo?” (1 Coríntios 1:13).

    Quanto à questão histórica, seria interessante perguntar aos escritores da Bíblia de Jerusalém a razão pela qual eles afirmam que Mateus 28:19 é um possível caso de adulteração: “A Bíblia de Jerusalém foi uma tradução composta por católicos e protestantes. Vejam o que ela diz: “É possível que, em sua forma precisa, essa fórmula (Pai, Filho e Espírito Santo) reflita influência do uso litúrgico POSTERIORMENTE fixado na comunidade primitiva. Sabe-se que o livro dos Atos fala em batizar `no nome de Jesus`… MAIS TARDE deve ter-se estabelecido a associação do batizado às três pessoas da Trindade” (comentário do rodapé da Bíblia de Jerusalém).

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